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Movimentos resistem ao avanço da soja

11/02/2005

Por Daniel Antiquera
Fonte Jornal Brasil de Fato
O Rio Grande do Sul foi o berço, na década de 70, da expansão da soja para o resto do país. Mais de 30 anos depois, nesse mesmo estado começa a se estruturar o movimento de resistência aos efeitos danosos do crescimento descontrolado da produção da semente. Durante o 5º Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, organizações dos quatro cantos do país se reuniram para compartilhar experiências e traçar estratégias comuns para resistir ao poder do agronegócio.

Mais de 60 movimentos sociais e entidades se juntaram no grupo Articulação Soja Brasil, para tentar conter a devastação ambiental que a trilha da soja deixa para trás. O grupo é fruto de movimentos antigos, que combateram projetos de transposição de rios, implantados para reforçar a infra-estrutura para a produção da semente, mas que representavam sérios danos naturais.

A articulação dos movimentos pretende estabelecer pautas comuns, como a luta contra os transgênicos, pela contenção do desmatamento, contra a concentração da atividade por grandes aglomerados econômicos, em proteção dos pequenos produtores, pela manutenção da biodiversidade e em respeito à legislação vigente, já que boa parte da produção se sustenta em práticas ilegais.

São trágicas as conseqüências do crescimento sem controle da soja no país. Rony Silveira, estudante de Belterra (PA), foi a Porto Alegre procurar reforços para a luta contra a força das empresas produtoras. "A produção de soja na minha cidade trouxe impactos ambientais tão fortes que o clima da região já mudou bastante: está mais quente e seco", diz. "O problema é que não conseguimos influenciar as autoridades locais, vinculadas aos grandes grupos econômicos", complementa, preocupado.

Risco em área indígena

Segundo Judson Barros, presidente da Fundação Águas do Piauí, a chegada ao Estado da maior empresa do setor, a multinacional Bunge, foi responsável pelo desmatamento de 50% da cobertura vegetal original. A empresa também usa, para secagem da soja, a lenha do cerrado, com graves impactos ambientais e superexploração da mão-de-obra. O cortador de lenha ganha entre R$ 0,50 e R$ 0,80 centavos por estéreo (feixe de madeira com um metro cúbico), enquanto a mesma quantidade é vendida a R$ 27. Há ainda diversas denúncias de trabalho escravo sendo apuradas em duas ações promovidas pelo Ministério Público. "No Piauí, 12 ou 13 produtores são responsáveis por 600 mil toneladas de soja. Aqui não existe agricultura familiar", denuncia.

O Parque Indígena do Xingu (MT) sofre as conseqüências mesmo sem produção em seu interior. O Instituto Socioambiental (ISA) trabalha há 10 anos na região, fazendo o monitoramento das fronteiras do parque. A agricultura no entorno, desrespeitando a legislação ambiental, prejudica as nascentes dos rios que atravessam as terras indígenas.

"O desmatamento acelerado está gerando perda na qualidade da água, levando sujeira e agrotóxicos para dentro do Parque do Xingu e assoreamento das margens dos rios. Estes problemas acabam por afetar, também, a fauna e a flora da região", descreve Adriana Ramos, coordenadora de políticas públicas do ISA.

Diante da gravidade da situação, entidades locais e movimentos sociais se uniram para realizar, dias 25 a 27 de outubro de 2004, o Encontro Nascentes do Rio Xingu, em Canarana (MT). Na ocasião, foi lançada campanha pela proteção e recuperação das matas ciliares e dos recursos hídricos de toda a bacia do rio Xingu. A idéia é criar um grupo envolvendo todos os setores afetados pelos problemas ambientais causados pela expansão da agricultura na região: índios (kaiapó, paraná e xavante), assentados e até mesmo fazendeiros. Agora eles se juntam na articulação contra a soja.

Poder do agronegócio

O combate, porém, não é fácil. O Brasil é o maior exportador de soja do mundo. Segundo Maurício Galinkin, da Fundação Centro Brasileiro de Referência e Apoio Cultural (Cebrac), a produção, que ocupava 10 milhões de hectares em 1993, hoje está em cerca de 22 milhões de hectares, o que equivale a cinco vezes o tamanho do Rio Janeiro.

"O agronegócio brasileiro, incluindo produção, agrotóxicos e maquinaria, é responsável por 42% das exportações brasileiras e por cerca de um terço do PIB nacional, mas emprega menos de um terço dos trabalhadores na agricultura", acusa Galinkin. Os outros dois terços dos 17,7 milhões de trabalhadores se encontram em empreen-dimentos de agricultura familiar. Para se ter uma idéia, em 2003, enquanto o PIB brasileiro decresceu 0,2%, o PIB do agronegócio cresceu 5%.

Dívida versus fome

Com essas estatísticas, a soja se tornou heroína nacional do modelo econômico brasileiro, voltado quase que inteiramente para as ex-portações, com o objetivo de gerar divisas e pagar dívidas. Em 2001, o presidente FHC bradou "exportar ou morrer". E parece que o governo Lula segue os mesmos passos de seu antecessor. "O governo Lula elegeu três prioridades: crescer, crescer e crescer. Mas é preciso entender que o crescimento não pode ser um valor. Deve ser um instrumento do desenvolvimento", defende o economista Ricardo Abramovay, da USP.

Abramovay critica o modelo econômico brasileiro. Ele cita pesquisas que demonstram que, quanto maior a concentração de renda, menor a capacidade de o crescimento funcionar como fator de combate à pobreza. "Além disso, os recursos naturais estão sendo apropriados de maneira ilegal. O setor de ponta do agronegócio apóia-se em relações de trabalho incompatíveis com uma sociedade civilizada. Os movimentos sociais precisam interferir", complementa o professor. (Colaborou Luís Brasilino)

Opinando diverso

Esta sección está abierta a cualquier contenido y cualquier persona quedesde el respeto a los derechos humanos tenga a bien expresar lo quesiente, padece y sobre todo piense

Trangénicos no Mato Grosso

Por Marcondes Maciel
Fonte Diário de Cuiabá

Mato Grosso tem 14 mil hectares de plantação transgênica

A Delegacia Federal da Agricultura em Mato Grosso (DFA) divulgou ontem pela manhã o primeiro balanço do plantio de soja transgênica no Estado, na safra 2004/05. De acordo com o relatório, até o último dia 17, a área declarada de plantio de soja geneticamente modificada era de 14.137 hectares, um crescimento de 723% em relação ao total plantado na safra passada (1.716 hectares). O município com a maior área de transgênicos em Mato Grosso, até agora, é Pedra Preta (região Sul), com 5.908 hectares. Rondonópolis, Campo Verde, Tapurah, Tesouro, Campo Novo, Santo Antônio do Leste e Primavera são outros municípios que também estão desenvolvendo a experiência com a soja transgênica em Mato Grosso. As 14.137 hectares de transgênicos declaradas à DFA pertencem a 10 produtores que fizeram o plantio até 31 de dezembro de 2004.

O delegado federal da Agricultura, Paulo Bilego, lembra que os produtores que já plantaram soja transgênica devem fazer o comunicado ao órgão através do Termo de Compromisso, Responsabilidade e Ajustamento de Conduta (Tcrac) no prazo estabelecido pelo governo.

"A Lei dos Transgênicos não é o elixir que parece ser", disse o secretário de Agricultura do Estado, Otaviano Pivetta, para quem o produtor deve ter muita cautela e analisar as vantagens de se optar pela transgenia.

Na safra passada, 11 produtores de Mato Grosso fizeram experiência com a soja transgênica nos municípios de Santo Antônio do Leste (650 hectares), General Carneiro (400 hectares), Primavera (165 hectares) Água Boa (186 hectares), Alto (145 hectares), Campo Verde (100 hectares) e, Alto Araguai, 35 hectares.

Lula necesitará mucho coraje

MST Informa
Año II – Nº 30
Viernes, 10 de enero del 2003
Lula necesitará mucho coraje

 

La coyuntura actual sobre Reforma agraria y gobierno de Lula es tratada en esta entrevista* por el miembro de la direción nacional del MST, João Pedro Stedile. A continuación, algunos párrafos:

¿Cómo ve Ud. estas primeras horas del gobierno de Lula?
El gobierno de Lula se va a enfrentar a muchos desafíos. El primero consiste en no dejarse doblegar a voluntad del llamado mercado, que esconde en verdad la voluntad de los grandes capitalistas. El gobierno de Lula precisará referenciarse siempre en la sociedad brasileña. Para eso, va a necesitar mucho coraje, que vendrá de la participación popular. Sin la organización del pueblo, sin que la sociedad como un todo se movilice, no tendremos los cambios esperados.

En su opinión, ¿cuál es la fórmula para que se realice una reforma agraria pacífica y eficaz en Brasil?
En cualquier proceso social no existen fórmulas sino condiciones, correlaciones de fuerzas. En este período histórico, podemos crear las condiciones ideales para esta reforma si el MST y los otros movimientos conseguimos masificar la organización de los pobres del campo y si el gobierno mantiene su compromiso de eliminar la concentración de propiedades de tierra en nuestra sociedad. Tendremos, así, las condiciones favorables para una refroma agraria verdadera, en el sentido de democratizar la propiedad de la tierra, reorganizar la producción de alimentos para el mercado interno, garantizar mejoras de rentas y de condiciones de vida para la población rural.

¿Cómo imagina el MST hacer frente a movimientos de extrema derecha, que proponen el enfrentamiento armado en el campo?
Aunque el latifundio no esté derrotado es una minoría en nuestra sociedad. Tenemos apenas 27 mil fazendeiros dueños cada uno de propiedades superiores a 2 mil hectáreas, que controlan en total más de 178 millones de éstas. Aplicando la Constitución y la Ley agraria con coraje y sin burocracia, el Estado brasileño podrá expropiar más de 100 millones de hectáreas. Es mucha tierra.

¿La presencia de Miguel Rosetto en el Ministerio es un punto positivo para estas reformas en el campo?
Es un signo positivo. El ministro Rosseto es una persona con tradición histórica de compromiso con la izquierda brasileña. Pero preferimos no juzgar a las personas o sus declaraciones. Nos corresponde a nosotros organizar al pueblo para conseguir el nivel de presión necesario para cualquier proceso de cambio.

¿Hay alguna regla establecida para la reforma agraria en Brasil?
La distribución de la tierra no es sólo una cuestión de justicia social, sino que debe ser vista también como fuente de trabajo para los pobres del campo. Se precisa reorganizar la producción para el mercado interno y para producir alimentos, y juntamente con la agroindustria, llevarla para el interior. La reforma agraria tiene que venir como coopertivismo. También precisamos promover y combinar técnicas agrícolas que respeten el medio ambiente y que rompan con la dependencia de las multinacionales.

La división de la tierra parece ser la gran traba en este proceso. ¿Cuántas hectáreas tienen los latifundios y cómo, en la práctica, será posible dividirlos?
En el proceso de distribución de tierras tenemos experiencia suficiente para adoptar formas diferenciadas y complementarias como lotes individuales, organización de comunidades colectivas, empresas autogestionarias, cooperativas, etc. Pero el problema no está en el tamaño del lote o en la forma de la propiedad. El problema está en tener un estímulo en la organización social de la producción para que los pobres puedan organizar agroindustrias y formas avanzadas de producción de alimentos. Eso es lo que va a permitir un aumento rápido de la producción de alimentos, de la renta de los asentados, de sus condiciones de vida, de su nivel cultural y social.

¿Y las ocupaciones?
Mientras haya de un lado grandes propietarios, latifundarios, con tierras ociosas; y , de otro, millones de "sin tierra", obviamente habrá ocupaciones de tierra. Por nuestra parte seguiremos concienciando a los trabajadores y estimulando la lucha por sus derechos.

La entrevista completa fue publicada en el Jornal do Brasil el 5/1/2003 por el periodista Gilberto de Souza.

 
 

BREVES

Sin tierra son liberados en Mato Grosso

Nos alegra comunicar que el 26 de diciembre del 2002, los ocho compañeros/a que estaban presos injustamente hace más de 130 días en Mirassol D'Oeste, en Mato Grosso, fueron liberados. La liberación se debe a la solidaridad recibida de centenas de personas y entidades que presionaron al Juez local para desistir de esa arbitrariedad. ¡Agradecemos la solidaridad recibida!

Asentados ocupan un banco en Sergipe

Cerca de 150 trabajadores rurales sin tierra de los Asentamientos Curralinho y Bom Sucesso, en Poço Redondo, ocuparon, en la mañana del 9 de enero, la agencia del banco do Nordeste, en Nossa Sehora da Glória. Los asentados reivindican la contratación de los planes aprobados y la puesta en marcha de los ya contratados. Ellos permanecen en el local por tiempo indeterminado.
En 2001, Sergipe perdió cerca de R$ 5 millones en proyectos aprobados y no liberados por el banco do Nordeste. La situación se puede repetir en el 2002. Existe la posibilidad de que estos recursos retornen al gobierno federal.

Familias sin techo son desalojadas en São Paulo

El 6 de enero más de mil familias fueron desalojadas de forma deshumana y violenta: las máquinas derrumbaron barrancos y destrozaron las pertenencias de las familias. Dos compañeros fueron heridos. La acción, ejecutada por cerca de mil policias militares, ocurrió en el campamento urbano Carlos Lamarca, en Garulhos-SP.
En este momento las familias están en otro campamento – el Anita Garibaldi- también localizado en Garulhos y reciben la ayuda solidaria de otras familias que también decidieron luchar colectivamente por su derecho a la vivienda y a la justicia social.
Las familias precisan de apoyo para proseguir la lucha. Se están solicitando: alimentos, remedios, ropas, pañales, material escolar y otras cosas .Enviar al Acampamento Anita Garibaldi- Estrada do mato das cobras, s/n- Barrio Ponte alta- Guarulhos- SP (cerca de la salida do Trevo de Bom Sucesso- Via Dutra). Teléfonos de contacto: (19) 97313103 (Jota o Patricia)- (11) 95682364- (Zezito) (11) 98628677 (Cristina)- 96658543 (João).

CARTAS

Estas líneas son para agradeceros el envío regular del MST Informa y decir que el contenido es excelente, pues muestra claramente la lucha del Movimiento por un nuevo Brasil, sin "grileiros" ni latifundarios, sin explotadores ni explotados. J
oaquim Lisboa Neto- Coordenador da Casa de Cultura "Antonio Lisboa de Morais".

Muchas gracias por los votos y por las acciones concienciadoras (MST Informa nº29). Debemos despertar ahora mismo para vivir bien el Año Nuevo que nos espera.
Ivo Poletto.

¡Es una vergüenza lo que el país hace con sus hijos! ¡Es indignante! ¡Qué bien que me enviaron noticias! Espero continuar recibiéndolas siempre. Me gustaría ayudar.
Paulo André Oliveira.

 

¿Hasta cuándo?

MST Informa
Año II – Nº 29
Jueves, 19 de diciembre del 2002
¿Hasta cuándo?

 

Las celebraciones del fin de año, por la tradición cristiano occidental o por el cambio del calendario anual, siempre nos remiten al pensamiento positivo y al deseo de cambios. Cambios para mejor. Para que se pueda tener justicia, igualdad y felicidad. Pero los cambios necesarios en el 2003 dependerán de los desafíos que heredamos.

  • Hasta cuándo seremos capaces de soportar que la ganancia belicista de los Estados Unidos invada Irak y después se vuelva contra algún otro país del tercer mundo?
  • ¿Hasta cuándo la opinión pública internacional y la ONU contemplarán la estúpida guerra de Palestina, que diariamente mata a inocentes de los dos lados, mientras la industria bélica norteamericana celebra sus ventas por más de 5 billones de dólares por año al señor Sharon?
  • ¿Hasta cuándo nos callaremos por el genocidio perpetrado en el África negra, que está condenando a todo el pueblo a la miseria absoluta, el hambre, la generalización del SIDA, mientras las multinacionales continúan extorsionando sus riquezas naturales para llenar los cofres de Europa y Estados Unidos?
  • ¿Tendremos fuerza para seguir denunciando que el ALCA no es un simple acuerdo comercial, sino un plan estratégico de dominación de las empresas estadounidenses sobre todo el continente americano?
  • ¿Hasta cuándo la humanidad continuará rehén de media docena de medios de comunicación que monopolizan las informaciones y transforman mentiras en verdades absolutas?
  • ¿Hasta cuándo la humanidad será rehén del dólar como moneda única, que se transformó en un mecanismo de expoliación mundial, para mantener el elevado patrón de consumo del 5% de los ciudadanos que viven en el territorio de los Estados Unidos ?
  • ¿Hasta cuándo asistiremos inertes a que las empresas y los intereses económicos sitúen en riesgo la supervivencia de nuestro planeta, sin respetar los recursos naturales, el necesario equilibrio, la reproducción del agua y de los bienes que son colectivos?
  • Y aquí en Brasil

  • ¿Tendremos el coraje de luchar para que nuestro pueblo no continúe siendo expoliado con la continua transferencia de riquezas nacionales, a través del pago de la deuda externa, del envío de los beneficios, intereses, transferencias del ahorro nacional vía CC-5?
  • ¿Tendremos el coraje de combatir la expoliación del capital financiero, que obliga a todos los brasileños a pagar impuestos, para que después se transformen en ganancias de los bancos, recogidos bajo forma de intereses de la deuda interna?
  • Tendremos el coraje de erradicar (eliminar de raíz) realmente el hambre que pasan 52 millones de brasileños ?
  • ¿Tendremos el coraje de luchar para que todos podamos tener trabajo, vivienda digna, lugar en la escuela, tierra para trabajar y derecho al acceso a la cultura y el ocio?
  • ¿Tendremos el coraje de denunciar que el 10 % de los brasileños se quedan con la mayor parte de toda la riqueza y consume la gran parte de toda la producción realizada por el otro 90 %?
  • ¿Tendremos el coraje de luchar para que cambie realmente la práctica de la política en el país o cambiarán sólo los nombres y la práctica continuará siendo la misma?
  • ¿Tendremos el coraje de combatir la concentración de la propiedad de la tierra, por la que un 1% de los terratenientes y empresas son dueños del 46% de todas las tierras, eliminando el latifundio de nuestra sociedad?
  • ¿Tendremos el coraje de luchar para que la violencia social se combata con soluciones verdaderas y no únicamente con más represión policial ?
Equipo de redacción de Letraviva/MST Informa

 
 

BREVES


Ocho sin tierra pasarán la Navidades en la prisión en Mato Grosso

Están presos en Mato Grosso hace más de 160 días sin ningún elemento jurídico que pruebe el motivo de la prisión. Ni los testigos de la acusación los reconoció.
El juez de Mirassol do Oeste pasará seguramente las vacaciones en alguna playa del nordeste del país.
Por esto, apelamos a toda la sociedad a que continúe enviando mensajes exigiendo la libertad de estos trabajadores/ras rurales inocentes.
Fórum da Comarca de Mirassol D'Oeste
Juez: Luís Augusto Veras Gadelha
Fax: (65) 241-1391
mirassol@tj.mt.gov.br

Sin techo necesitan ayuda en São Paulo

Bajo un enorme temporal, las familias del campamento Carlos Lamarca fueron expulsadas por el gobernador Geraldo Alckmin de Osasco hacia Guarulhos.
Los habitantes perdieron gran parte de sus pertenencias, destruidas por causa de la represión y la lluvia.
Ahora necesitan, urgentemente, toda la ayuda posible: alimentos básicos, ropa, calzado, mantas, colchones, lonas, medicamentos, material quirúrgico, material de limpieza (jabón, detergente,etc), de higiene (jabón, papel higiénico, compresas, cepillos y pasta de dientes, etc) y de construcción (clavos, alambres, maderas,etc).
Además de estas urgencias, los niños y niñas necesitan material escolar (cuadernos, lápices ,bolígrafos, gomas, libros,etc).
Hay que recordar que las Navidades se aproximan y que ellos/as también están esperando regalos para jugar. Contamos con todas las formas de ayuda.
También es muy importante hacer una visita al nuevo acampamento para que los acampados sientan que no están solos.
Cómo llegar allí : por la vía Dutra , sentido São Paulo – Rio de Janeiro , del lado derecho, km 206 – Guarulhos, Barrio Jardim Aracília.
Punto de referencia : pasando por la comisaría de la Policia Rodoviaria y la fábrica de la Ypiranga, entrar en la 1ª a la derecha – fábrica de la Panco.
Lugares para entrega de donaciones: Sindicato de los Trabajadores de la USP (3091-4380 o 3815-2660) e Instituto Mario Alves (3159-0233 o 3159-2532).

El MST reocupa fazendas en el extremo sur de bahía

Cerca de 180 familias de trabajadores y trabajadoras rurales sin tierra reocuparon el 18 de diciembre la fazenda Canadá, de 1649 hectáreas, localizada en el municipio de Mucuri. La reocupación ocurrió tres meses después del séptimo desalojo de las familias del lugar que viene siendo ocupado desde 1998.
Estas familias se sustentan con los productos que cultivan en esta región.
La situación es muy tensa. Pistoleros de los terratenientes recibieron a tiros a las familias durante la reocupación. Hay informaciones de muchos heridos en el área. Pero, de momento, aún no se conoce la gravedad del conflicto. A pesar de que la fazenda ha sido inspeccionada y declarada improductiva por el INCRA, la propietaria recorrió a la justicia, pidiendo una orden de seguridad.
La dirección regional del MST reafirma la determinación de retomar las áreas de cultivo de los trabajadores que hace casi cinco años que sobreviven en la región.
También fue ocupada, la noche del día 17, la fazenda Boa Esperança, en el municipio de Mucuri, por casi 60 familias sin tierra. La fazenda está constituida por mas de 300 hectáreas de áreas retornadas al Estado que vienen siendo griladas* por los terratenientes de la región.
El MST reivindica que esta área retornada sea regularizada y entregada a las familias sin tierra.

*Grilar = Tomar posesión de tierras u otros bienes mediante documentos de "dudosa" legalidad.

 

Jueces visitan MST en Rio Grande do Sul

MST Informa
Año II – Nº 28
Miércoles, 6 de diciembre del 2002
Jueces visitan MST en Rio Grande do Sul

 

El 20 de julio del 2002, un grupo de doce jueces, integrantes del Núcleo de Estudios Críticos, realizó una visita a un asentamiento y a un acampamento del MST en Rio Grande do Sul.
De acuerdo con el relato del núcleo, la visita fue importante por ser una oportunidad de conocer la realidad distante de los gabinetes. "Aunque se tenga conciencia de las dificultades que amargan a millones de brasileños, el contacto directo con la realidad viabiliza una dimensión más exacta de la demanda social y fuerza a formular una infinidad de cuestionamientos sobre la actividad jurisdiccional".
A continuación, fragmentos del informe y de las conclusiones de los jueces:

El asentamiento

El asentamiento de Charqueadas tiene 11 años de existencia y funciona por mediación de una cooperativa creada por los asentados. No hubo división de lotes. Las casas fueron construidas en un único lugar, donde están la escuela, la guardería, el centro comunitario, el puesto de salud y una pequeña estructura urbana.
La tierra es trabajada por todos, atendiendo a proyectos de producción de la EMATER (Empresa de Asistencia Técnica y Extensión Rural) y con acompañamiento de técnicos del propio MST, que desenvuelven actividades sin la utilización de transgénicos o productos químicos, tanto en la labor como en la crianza de animales.
El pienso de los animales es hecho con los productos del propio cultivo. La leche se produce de forma enteramente mecanizada. Enl la labranza, se utiliza poca mecanización y se repudia el monocultivo. Los alimentos consumidos por los asentados son todos producidos en el lugar. El excedente se coloca en el mercado, con buena aceptación en virtud de los medios naturales de producción. En total, son 28 familias asentadas, que trabajan de forma compartida. Cada familia recibe una remuneración de acuerdo con la producción del asentamiento.

El acampamento

El acampamento visitado fue formado en el 2001, con seiscientas familias. Durante el periodo en que están acampados, el grupo establece debates sobre género, educación, salud y ciudadanía. Dividen las tareas en grupos (salud, educación, limpieza, seguridad, alimentación, etc.).
Las criaturas tienen actividades educativas y recreativas diariamente. Hay también programas de alfabetización de adultos y una farmacia que funciona las 24 horas dentro del acampamento. Todo medicamento es producido con manipulación de hierbas medicinales plantadas en el lugar. Existe abastecimiento de agua y recogida de basura.
El lugar destaca por la organización, que no existe en muchos aglomerados urbanos. Los acampados no tienen problemas de violencia, excepto en el caso de los que consideran también violencia la precariedad de la estructura en la que viven, sin saneamiento básico, agua canalizada -corriente-, sistema eléctrico o pavimentación. La ausencia de violencia entre los acampados puede ser justificada por el trabajo comunitario desarrollado.
Todos los días un grupo de trabajadores usa un autobús para ir a las frentes de trabajo, ejerciendo actividades remuneradas y revirtiendo el fruto del trabajo al colectivo.

Conclusiones

La convivencia con las poblaciones carentes posibilita la observación de la forma en que las personas se organizan para buscar la superación de la miseria, al mismo tiempo que ayuda a desmentir los engaños que corren sobre esos grupos. La conducta organizada de actuación demuestra que la lucha por la reforma agraria atiende a una estrategia pacífica de reivindicación.
Es importante un debate sobre la exclusión social en el seno de la magistratura. La falta de informaciones sobre las condiciones socio-económicas de las poblaciones miserables y las opciones que éstas eligen para alcanzar inclusión social afectan a la libre convicción del juez.
La determinación de aquellos que buscan el conocimiento por el contacto con poblaciones que están por debajo de la línea de pobreza debe contar con el apoyo o, por lo menos, tolerancia de sus iguales, proponiendo un análisis más fidedigno del fenómeno social. El ideal sería incorporar en la formación del magistrado la posibilidad de contacto directo con la realidad social antes del ingreso en la carrera, buscando una mayor percepción del efecto colectivo y difusión de la decisión judicial.
La lógica del liberalismo del siglo XVIII que justificaba el trabajo esclavo también fundamenta el latifundio del tercer milenio. Hoy, así como en los tiempos de la abolición, el Poder Judicial aparece como la vía de absorción de las demandas resultantes de las contradicciones sociales.
La comprensión de ese papel del Poder Judicial en la cuestión agraria es uno de los grandes desafíos de nuestro tiempo. La justicia distributiva es una utopía a ser realizada que no puede caer en la desesperanza.

Todos los datos de este artículo fueron extraídos del texto elaborado por el Núcleo de Estudios Críticos del Derecho: "Relato y conclusiones de la visita al asentamiento de Charqueadas y a un acampamento del MST", de 8/11/2002.

 
 

BREVES

Los posseiros* son amenazados de muerte en Paraná

Las familias agricultoras que viven en la comunidad de Rasgadinho, a 80km de Guaratuba, litoral paranaense, han sido víctimas de la violencia y del terror desde 1995. Los propietarios de una hacienda que queda a 3km del lugar vienen ejecutando estas acciones.
El último 27 de noviembre, el hacendado José Cavalcante (conocido como Zeca), acompañado por tres pistoleros, invadieron la casa de Mário Rita, quien fue amenazado de muerte. En seguida, se dirigieron a la casa de Elias Miranda. Como él no estaba, dispararon varios tiros y derrumbaron la casa por completo. Fueron por toda la comunidad, haciendo fotos y amenazando con destruir todo. La policía civil fue avisada, pero hasta el momento, no tomaron ninguna medida.
La comunidad está formada por 20 familias que viven allí desde 1907. Desde 1995, quema de casas, destrucción de la labranza, amenazas y lesiones corporales son lo cotidiano de esas familias.
Así, la CPT (Comisión Pastoral de la Tierra) de Paraná pide que sean enviados mensajes exigiendo que la Secretaría de Seguridad Pública de Paraná tome las medidas necesarias para garantizar la integridad física y los derechos de los posseiros de Guaratuba:
Secretário de Estado José Tavares da Silva Neto
sesp@pr.gov.br
fax: (41) 352-3070, extensión 2305
(41) 313-
5060 (41) 254-5838.
*Posseiro: campesino o habitante de una tierra sin título oficial la misma (ver el libro Brava Gente)

Esclavitud en el Brasil del Siglo XXI

Según datos de la CPT en los Estados de Pará, Maranhão, Mato Grosso y Tocantins, cerca de 130 haciendas fueron denunciadas en el 2002 por utilizar trabajo esclavo, afectando a 5.000 trabajadores, 4.300 solamente en Pará.
De ese total, las inspecciones de la Secretaría de Inspección del Trabajo (SIT) no alcanzó ni el 40%. ¿Qué faltó? ¿Planificación, recursos, voluntad? ¿Sin inspecciones, cómo se pretende erradicar el trabajo esclavo?

Sin tierra denuncian descaso com Reforma Agrária en São Paulo

Los días 4 y 5 de deciembre, las familias acampadas y asentadas en Pontal de Paranapanema, en São Paulo, realizaron un acto pacífico para denunciar la falta de entendimiento entre el ITESP (Instituto de Terras de São Paulo) y el Gobierno del Estado de São Paulo para hacer avanzar la Reforma Agraria en la región.
De acuerdo con el manifiesto divulgado en el acto, en los últimos cuatro años, de las más de 1500 familias acampadas, apenas 65 fueron asentadas. Los asentados, se hunden ya en deudas, las producciones están sin precio y las condiciones de vida son precarias. El ITESP, además de no prestar asistencia técnica adequada, de incentivar la venta de lotes y el monocultivo de caña de azúcar, permite que retornen a los cofres públicos 29 millones de reales destinados a la compra de tierras en la región, que pertenecían al Estado, con el objetivo de implementar la Reforma Agraria.
Todavía de acuerdo con el documento, el Gobernador del Estado, Geraldo Alckmin, estuvo en la región hace un año y medio anunciando la compra de 13 áreas para la Reforma Agraria. Hasta el momento, ninguna familia fue asentada.

 

El hambre: las cifras de una vergüenza mundial

MST Informa
Año II – Nº 27
Viernes, 22 de noviembre de 2002
El hambre: las cifras de una vergüenza mundial
*Cristian Selles

 

Existen hoy en el mundo 840 millones de personas subnutridas, 95% de ellas viven en países identificados como en desarrollo. Este número fue revelado por la Organización de las Naciones Unidas para la Agricultura y Alimentación (FAO) durante la presentación del informe anual, el 16 de octubre. Según los datos, 30 millones de personas mueren al año debido a la mala distribución mundial de alimentos. Una vergüenza colectiva.
La Cúpula Mundial de Alimentación, que aconteció en Roma en 1996, se concluyó con el objetivo de reducir a la mitad el número de personas que sufren de malnutrición hasta 2015. Lo que indigna no es que esto tendrá que ser retrasado al 2050 (si todo continúa como está ahora), sino que el objetivo será alcanzado en la fecha prevista porque las personas se están muriendo.
La pobreza es la mayor responsable del hambre en un mundo de abundancias. No existe escasez de alimentos; existe escasez de voluntad para solucionar el problema. Otras causas del hambre son las sequías y las inundaciones (cada vez más extremas y frecuentes por el cambio climático) y las turbulencias políticas, sociales y económicas.
Los conflictos armados son una de las causas más comunes de inseguridad alimentaria. Entre 2001 y el inicio de 2002, fueron provocadas situaciones de emergencia alimentaria en 15 países. En la República Democrática del Congo, martirizada por la guerra, el número de personas subnutridas se triplicó en un año. En Afganistán, desde que los Estados Unidos iniciaron su cruzada el número de personas que pasan hambre aumentó en más de dos millones.
Desde el punto de vista económico, las guerra en África representaron pérdidas de casi 52 millones de dólares en producción agraria entre 1970 y 1997; una cifra equivalente a 75% de toda la ayuda oficial al desarrollo recibido por los países afectados por los conflictos. Los intereses económicos de los países ricos y de ciertas multinacionales son muy grandes para enterrar el hacha de guerra. La inestabilidad facilita la obtención de determinados recursos, como los diamantes de Sierra Leona o el petróleo de Sudán.
El acceso a la tierra es otro factor clave para la seguridad alimentaria. Los países pobres que recurrieron a divisiones más equitativas progresaron rápidamente en la reducción del hambre. En la actualidad, cerca de 30 países hacen frente a situaciones de emergencia alimentaria: 67 millones de personas necesitan de ayuda urgente. Estos países no desarrollaron cultivos adecuados, tienen grandes extensiones de tierra en manos de unos pocos y los terrenos de los pequeños agricultores son tan reducidos que no cubren sus propias necesidades.
La expectativa de vida de un recién nacido en los países más pobres es de 38 años. Una de cada siete criaturas nacidas en los países donde el hambre es extrema morirá antes de cumplir los cinco años. Por año, seis millones de niños menores de cinco años mueren por falta de alimentos y nutrientes esenciales. La sensación de hambre es tan cruel que llegan a comer tierra para intentar llenar el vacío del estómago.
La FAO calcula una inversión adicional de 24 millones de dólares por año para acelerar el progreso en la reducción del hambre y conseguir el objetivo de la Cúpula Mundial de Alimentación. Después de los atentados del 11 de septiembre, los Estados Unidos aprobaron un presupuesto récord en armamento: 379 mil millones de dólares. Cada día mueren más de 25 mil personas de hambre y las ayudas no crecen, se reducen.
No se puede decir que no hay soluciones o que no se pueden producir más alimentos. Los gobiernos- del Norte y del Sur -deben probar que las demostraciones de preocupaciones en las cúpulas internacionales son más que meras palabras, que importa el destino de 840 millones de personas que pasan hambre.
 
 

BREVES

Libertad para los presos/as políticos en Mato Grosso

El 7 de noviembre, el MST se reunió con el presidente del PT, José Dirceu, y con el coordinador del proyecto "Hambre Cero" José Graciano. En ese acto, Dirceu recibió la carta del MST "Al pueblo Brasileño y al Presidente Lula".
Según Dirceu, el presidente Lula "ya nos indicó para que ella ( la reforma agraria) sea una de las prioridades del gobierno, al lado de otras reformas necesarias, como la tributaria y la política ". El diputado también elogió al movimiento, diciendo que, con sus acciones, "desarrolló la esperanza a centenas de millares de familias, que han vuelto a tener dignidad ".
José Graciano invitó al MST a formar parte del Proyecto Hambre Cero. Según él, el MST puede contribuir como proveedor de alimentos y también como uno de los agentes de organización social. El proyecto también beneficiará a las familias acampadas del MST, a través de la distribución de recursos para combatir el hambre, especialmente en las áreas de acampamentos y en las regiones nordestinas afectadas por la seca.

Trabajadores victimas de la violencia policial en Sao Paulo.

Siete trabajadores/as rurales están presos en Mato Grosso desde hace más de 160 días sin ningún elemento jurídico que pruebe el motivo de la prisión. Ni siquiera los testigos de la acusación los reconocieron.
Las familias del Campamento Silvio Rodrigues, en situación de total miseria, realizaron una recuperación de alimentos en junio de este año. En los días siguientes, la policía, que conoce a los líderes del MST, MPA (Movimiento de los Pequeños Agricultores) y STB (Sindicato de los Trabajadores Rurales), prendió a los compañeros/as que pasaron por el campamento.
Por eso hacemos una apelación a toda la sociedad que envíe mensajes exigiendo la libertad de esos trabajadores/as rurales inocentes.
– Desembargador Dr. Donato Fortunato Ojeda, STJ/ MT
(responsable de analizar el habeas-corpus nº 38796/2002)
Fax: (+ 55 65) 617-3000
– Dr. Rogério Salles Governador do Estado de Mato Grosso
Fax: (+ 55 65) 613-4120/613-4130
rogerio.salles@cepromat.com.br

Definidos nuevos pasos de la Campaña Nacional Contra el Alca

La coordinación de la Campaña Nacional Contra el Alca (Área de Libre Comercio de las Américas) divulgó, el 20 de noviembre, un comunicado reforzando el posicionamiento en relación al acuerdo.
Ya está marcada para el 27 de enero, durante el Foro Social Mundial, en Porto Alegre, una gran conferencia con la participación de representantes internacionales, entre ellos Evo Morales, Líder Campesino de Bolivia. Durante la conferencia será iniciada la recogida de un millón de firmas para que el plebiscito sobre el Alca se convierta en un proyecto de iniciativa popular y sea votado en el Congreso Nacional.

 

LOS OBISPOS DE LA CPT SE MANIFIESTAN CONTRA EL USO DE TRANSGÉNICOS

MST Informa
Año II – Nº 39
Viernes, 16 de mayo de 2003
LOS OBISPOS DE LA CPT SE MANIFIESTAN CONTRA EL USO DE TRANSGÉNICOS

 

Preocupados con los últimos acontecimientos con relación a los transgénicos, los Obispos de la Conferencia Nacional de Obispos de Brasil (CNBB por su sigla en portugués), acompañados de la Comisión Pastoral de la Tierra (CPT), escribieron una carta informando sobre los daños a la salud causados por tales productos. Llaman la atención también por la pérdida de soberanía alimentaria que implica el uso de semillas transgénicas. El documento fue entregado al Presidente de la Cámara, João Paulo Cunha, en la ceremonia que conmemoró el archivo de la propuesta de acuerdo de la base estadounidense en Alcántara.

A continuación el texto íntegro del documento:

DECLARACIÓN SOBRE LOS TRANSGÉNICOS

Nosotros, Obispos acompañantes de la Comisión Pastoral de la Tierra -CPT-, en las diversas regiones de la Conferencia Nacional de Obispos del Brasil (CNBB), frente a la grave problemática de los transgénicos en nuestros país y respaldados en las disposiciones legales vigentes, tomamos la iniciativa de manifestarnos al respecto.

Los transgénicos son resultado de la manipulación genética que permite producir, alterar y transferir genes entre los seres vivos, rompiendo la barrera del cruce natural entre las especies, creando, alterando y transfiriendo material genético entre vegetales, animales, bacterias, virus y humanos.

En todo el mundo y aquí en Brasil muchos investigadores y también líderes sociales han formulado, oportunamente, serias preocupaciones en relación con este asunto. Estas preocupaciones giran en torno a los siguientes riesgos:
1º.- Con relación a la salud humana, la ingestión de los granos genéticamente modificados pueden provocar aumento de alergias, resistencia a antibióticos y aumento del índice de substancias tóxicas en los alimentos.
2º.- En el medio ambiente hay el riesgo de erosión genética, afectando irreversiblemente la biodiversidad, por la contaminación de los bancos naturales de semillas (bancos de germoplasma). Añadiéndose a ésto el aumento alarmante del monocultivo y la consecuente pérdida de la riquísima variedad y cualidad de las semillas.
3º.- Es también una amenaza a la soberanía alimentaria de nuestro país, en razón de la pérdida del control de las semillas y de los seres vivos por el patentado de los mismos, convertidos en propiedad exclusiva y legal de grupos transnacionales que sólo apuntan a fines comerciales.
4º.- El riesgo mayor, sin embargo, a nuestro modo de entender, está en la total dependencia, en la destrucción y, finalmente, en la desaparición de la pequeña y hasta de la mediana agricultura por causa del inexorable monopolio mundial de la producción y comercialización de las semillas, que se convierten en dominio de un pequeño grupo de gigantescas y poderosas empresas transnacionales.

En relación con estas cuestiones, por otro lado, no podemos ignorar o dejar de cumplir las exigencias éticas como la beneficencia, la justicia social, la justicia ecológica y la precaución.

El principio de beneficencia implica nuestro deber de evitar o impedir el mal o daño a los otros. En el caso de la introducción masiva de nuevas tecnologías que impliquen riesgos potenciales a la salud, este principio debe estar plenamente garantizado por medio de informaciones claras y confiables.

El principio de justicia social, en casos de innovaciones tecnológicas masivas y de alto impacto social, nos lleva a preguntar quién va a ser beneficiado y quién va a ser perjudicado. Ahora, en el caso concreto de los transgénicos es claro que un pequeño grupo de grandes empresas será el mayor beneficiado, con grave daño para la agricultura familiar.

El principio de justicia ecológica impone el deber de preservar el medio ambiente para las generaciones actuales y futuras. Los transgénicos pueden representar un serio riesgo ecológico.

El principio de precaución exige que antes de la liberación de cualquier producto para el consumo humano, sean adoptadas severas normas de bioseguridad. No trata de detener la ciencia o la investigación, ni de provocar miedo paranoico frente a lo nuevo. Por el contrario, se defiende el más amplio espacio para la ciencia y la investigación, orientadas, no obstante, para el bien común. Las aplicaciones tecnológicas que impliquen riesgos potenciales de gran envergadura, sean decididas, aprobadas, negadas o perfeccionadas a partir de decisiones democráticas y bajo el control del pueblo.

Apoyando la heroica lucha de las organizaciones populares del campo y haciendo eco a una de las grandes reivindicaciones del Foro Social Mundial de Porto Alegre, con agrado defendemos que las semillas sean declaradas patrimonio de la humanidad y conservadas en su integridad genética por las comunidades campesinas.

En esta misma línea, nos tomamos la libertad de recomendar al Poder Público, al Ministerio Público, al Legislativo, al Judicial y al Ejecutivo que, al tratar estas graves cuestiones, se orienten por estas nuevas y justas reivindicaciones, así como por los principios éticos que las rigen.

Itaici, 6 de mayo de 2003

Los Obispos acompañantes de la CPT. Mons. Tomás Balduino, Presidente; Mons. Xavier Gilles, Vice-Presidente; Mons. Orlando Dotti; Mons. Ladislau Biernaski; Mons. Pedro Casaldáliga; Mons. André de Witte; Mons. José Alberto Moura; Mons. Guilherme Werlang; Mons. Heriberto Hermes; Mons. José Mario Streher; Mons. Moacir Grecchi; Mons. José Agusto da Rocha; Mons. Maurício Grotto; Mons. Apparecido José Dias

 
 

BREVES

"Conmemorar Alcántara es preparar nuestro ejército contra el ALCA"

Cerca de 300 personas, representantes de las diversas entidades que componen la Campaña Brasileña contra el ALCA, ocuparon la tarde del lunes 12 de mayo el Auditorio Nereu Ramos, en Brasilia/DF, para conmemorar la decisión gubernamental de archivar el Acuerdo que preveía la instalación de una Base Militar de Estados Unidos en Alcántara, Estado de Maranhão. El acto, denominado "Consolidación de la Victoria", contó con la presencia del presidente de la Comisión de Constitución y Justicia (CCJ), el diputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh y João Pedro Stedile, coordinador del MST, entre otros. Para Stedile, "constituyó una gran victoria para el pueblo brasileño y latinoamericano el hecho de que el presidente Lula haya tomado la decisión política de retirar este acuerdo".

"Fuera Monsanto. Queremos un mundo y un Brasil libre de transgénicos"

Con esas palabras concluyó el 9 de mayo la 2da. Jornada de Agroecología, en Ponta Grossa, Paraná. El evento, que contó con conferencias de personalidades como Plínio de Arruda Sampaio y Peter Rosset, terminó con la destrucción de una plantación de 10 hectáreas de maíz transgénico RR, de Monsanto. Para más información acceda a http://www.jornadadeagroecologia.com.br/

Brasil de Fato: una nueva edición en los quioscos de todo el país

El periódico Brasil de Fato circula desde el sábado, día 17 de mayo, en su edición número 11. Puede adquirir su ejemplar, con informaciones sobre Brasil y el mundo, en los quioscos por R$2,00 o hacer su subscripción a través de la dirección de correo electrónico assinaturas@brasildefato.com.br . Más informaciones en el teléfono 2131-0808.

CARTAS

Estoy muy contento por haber recibido la carta dirigida al Presidente Lula. Sin duda, el MST está en la vanguardia de la lucha por la Liberación de la Clase Trabajadora, por eso reafirmo cada vez más mi compromiso con esa batalla. esarate@bol.com.br

Compañeros, es admirable la postura firme del MST en la defensa de los valores que siempre defendió. Su persistente cobrança al Gobierno Lula sobre temas que considera innegociables refleja su coherencia y nos transmite la certeza y confianza en que somos una gran nación y tenemos muchos hermanos dedicados a defender los intereses mayores del país. José de Ribamar, jrpereira21@hotmail.com

Felicidades por la combatividad y la lucha del MST, que con su color rojo denuncia el olvido histórico de las elites brasileñas de nuestro pueblo trabajador, al mismo tiempo que coloca cotidianamente a labuta por la necesaria transformación social. Felicidades por el último boletín con la carta dirigida a nuestro Presidente. Estoy plenamente de acuerdo con su contenido, en la defensa de nuestra soberanía y en la lucha concreta contra a ALCA. Elza. elzamari@ig.com.br

 

LA VOZ DE LA IZQUIERDA DEL PT

São Paulo, junho de 2002
LA VOZ DE LA IZQUIERDA DEL PT
Manifesto aos militantes do Partido dos Trabalhadores

 

Lutar para mudar a vida: nas eleições e nas ruas!
Oito anos de FHC em Brasília destroçaram o país.

A tão falada "estabilidade" da economia simplesmente não existe. Desemprego recorde desde 1985, fuga de capitais, concentração de renda acentuada, falta de investimentos em áreas vitais como infra-estrutura, saúde e educação mostram que, mantido o atual rumo, o país caminha em marcha acelerada rumo à mais completa desagregação social, prenunciada pela verdadeira calamidade na área da segurança pública, com a violência inaudita que vitima em primeiro lugar a população pobre dos grandes centros urbanos.

O governo atual cortou fundo em áreas sociais, para obter um superávit primário de R$ 8,97 bilhões, destinado ao pagamento de juros aos credores da dívida pública. Aumentam as remessas de lucros, caem os investimentos produtivos e o fluxo de capitais. Os juros aumentam para atrair capitais, a dívida interna cresce e novos empréstimos são contraídos com o FMI.

Nos próximos meses, a crise decorrente deste modelo econômico assumirá formas cada vez mais agudas e colocará nosso partido frente ao seu desafio histórico. O país está mergulhado numa luta de classes colossal, pela importância do Brasil na economia mundial e pelo papel de completa subordinação que os EUA querem nos reservar na nova ordem mundial que vêm tentando impor ao mundo à força dos dólares e dos canhões.

Basta ver a situação de polarização econômica, política e social da América Latina. Temos visto a bancarrota Argentina e a resistência de seu povo. Ao lado, no Uruguai, a tendência é a mesma. No Peru, por sua vez, o povo que tomou as ruas para derrubar Fujimori, agora toma as ruas novamente contra as privatizações defendidas por Toledo, o novo presidente que em menos de um ano tem 80% de rejeição popular. Na Colômbia e na Venezuela, a burguesia e os EUA tratam de derrotar as lutas do povo e manter estes países sob sua tutela, alimentando o militarismo do Plano Colômbia e as tentativas golpistas.

Para romper com este círculo de ferro, é preciso vencer as eleições 2002 e realizar um governo de "ruptura com o atual modelo econômico, fundado na abertura e na desregulação radical da economia nacional e na conseqüente subordinação de sua dinâmica aos interesses e humores do capital financeiro globalizado", palavras iniciais do documento "Concepção e Diretrizes do Programa de Governo do PT para o Brasil", resolução do último encontro nacional.

Neste cenário, o PT deve forjar uma firme unidade com os movimentos sociais, com os lutadores do campo e da cidade, com os partidos que têm claro e inequívoco compromisso com as nossas mais caras tradições e com o nosso passado histórico: o socialismo, a democracia, a honestidade e a retidão no exercício do poder público.

Não é por acaso que a base do PT rechaça com veemência a coligação do PT com o Partido Liberal, partido de direita, abrigo de setores ideologicamente reacionários, corruptos e também do que há de mais retrógrado no movimento sindical brasileiro acantonado naquele partido ao lado de grandes empresários como o senador José de Alencar, que defendeu a participação do Brasil na ALCA e a continuidade da atual gestão do Banco Central.

Partido de direita, surgido de uma ruptura do PFL, o PL é composto por Deputados fisiológicos, aliados de inimigos históricos da classe trabalhadora em inúmeros Estados, como Collor em Alagoas, ACM na Bahia, Paulo Maluf em SP, Almir Gabriel no Pará, entre tantos outros.

O PT nas ruas, com um programa claro de ruptura com a ordem que impõe a fome e o desemprego a milhões de trabalhadores é a principal ferramenta que os trabalhadores e o povo têm para mudar a vida! De nossa parte seguiremos defendendo todas as bandeiras históricas de nosso Partido. Continuaremos chamando as coisas por seu nome: os inimigos de inimigos; Luis Antônio Medeiros e a Força Sindical de arqui-pelegos; José de Alencar de empresário defensor das mudanças na CLT e contrário aos interesses dos trabalhadores; o PL de partido de direita. Continuamos, portanto, rejeitando esta aliança.

A adaptação à lógica eleitoral que a maioria da direção do partido vem impondo, conduz nosso partido a uma situação insustentável. Queremos ganhar as eleições, mas não a qualquer custo nem abdicando de posições fundamentais que nos constituíram enquanto sujeito histórico nestas últimas duas décadas.

Queremos ganhar para mudar de verdade, para impulsionar grandes transformações em que os trabalhadores e o povo sejam sujeitos do processo, porque esta é uma necessidade histórica da hora que vivemos.

Entendemos, pois, que esta aliança atenta contra o patrimônio político construído pelo partido, os valores e a sua coerência reconhecida pela sociedade brasileira. Por isso, continuaremos a disputar a direção desse projeto histórico dos trabalhadores. Apesar de todos estes atropelos e políticas incorretas seguiremos com Lula construindo uma campanha de massas e combativa para derrotar a política neoliberal de FHC. Mas somos defensores da ruptura com ele, do enfrentamento ao latifúndio, ao FMI, aos banqueiros, às grandes corporações capitalistas. Para isso lutamos e para isso seguiremos. Por isso nos dirigimos a você: para que se junte a nós.

 

LULA: SUS AMIGOS RICOS NO SE FÍAN DE ÉL

2 de septiembre de 2002
LULA: SUS AMIGOS RICOS NO SE FÍAN DE ÉL
Jorge Velázquez Blanco. LA VANGUARDIA.

 

Por "mérito" de Brasil, se ha recrudecido la crisis en América Latina. Cuando muchos analistas creían que el acuerdo con el FMI había sido un bálsamo suficiente para contener el derrumbe financiero de la mayor economía del Cono Sur, el panorama regional volvió a complicarse. Ni los amigos del entorno del candidato Lula (probable vencedor de las inminentes elecciones presidenciales) confían en el futuro financiero de Brasil. Así, los inversores aumentaron su aversión al riesgo emergente, castigando el precio de los bonos y generando una fuerte corriente de compra de dólares. El fenómeno se observó no sólo en Brasil, sino también en Argentina, Chile, Venezuela y Colombia. El repentino cambio de humor en el escenario brasileño estuvo dado por el crecimiento del caudal electoral del candidato izquierdista Inazio Lula Da Silva, quien cuenta con 41% de intención de voto y se encamina a ser electo presidente en la primera vuelta del comicio del 7 de octubre.

Brasil recibió del FMI el compromiso de préstamos por 30.000 millones de dólares, uno de los más grandes de su historia. Sin embargo, eso no evitó que crecieran los rumores sobre una posible suspensión de pagos de la deuda, que suma unos 260.000 millones de dólares. Ahora, la zozobra financiera ha generado un verdadero descalabro de las principales variables macroeconómicas. Y la consecuencia directa de esto es que peligra el mantenimiento del acuerdo, ya que el empeoramiento de las condiciones hace improbable que el próximo presidente pueda cumplir con las pautas de ahorro fiscal, inflación, emisión monetaria y preservación de las reservas. Este problema fue admitido en Washington por el director gerente del FMI, Horst Köhler, quien dijo que considera que el convenio firmado se mantendrá vigente aun cuando gane Lula las elecciones. Este panorama se combinó con el anuncio del Gobierno argentino de que proyecta declarar la suspensión de pagos de unos 32.000 millones de dólares que adeuda a los organismos multilaterales de crédito (FMI, Banco Mundial y Banco Interamericano de Desarrollo) si el FMI no habilita un acuerdo con el país antes de que termine octubre. En noviembre, el presidente Eduardo Duhalde tendrá el último plazo para pagar más de 1.000 millones de dólares al Banco Mundial. De no hacerlo, el "default" (fallido) sería una realidad que se sumaría a los otros 50.000 millones de dólares en bonos públicos que Argentina dejó impagados en diciembre del 2001. La situación está siendo objeto de discusión y análisis en Washington, donde este fin de semana se desarrolla la asamblea anual del FMI. Precisamente, este organismo ha sido quien expuso con toda crudeza los problemas económicos regionales, al presentar su último informe.

"El panorama se ha deteriorado seriamente y está previsto que el PIB retroceda en 2002. Argentina registra un colapso casi sin precedentes de la actividad económica. Uruguay está enfrentando dificultades serias y el panorama de Brasil, Venezuela y un número de países más pequeños se ha deteriorado en forma muy marcada", afirmó. Las perspectivas que vislumbran los analistas son sombrías y están atadas a la evolución de los acontecimientos electorales en Brasil. "Estamos en un terreno nuevo y el dólar podría llegar muy fácilmente a 4 reales (la moneda brasileña) en poco tiempo", sostuvo Douglas Smith, economista jefe para las Américas del Standard Chartered Bank, desde Nueva York. El viernes, la cotización estuvo en 3,78 reales. Un dato que contribuyó a amplificar el miedo de los ahorradores e inversionistas fue la confesión de Lula, quien reveló que si es elegido presidente destituirá de su cargo al actual titular del Banco Central, Arminio Fraga, un ex colaborador del financiero húngaro 2 / 2 www.observatoriodeuda.org

George Soros. Asimismo, la concesión de un estatuto de independencia al banco central parece muy improbable.

La decisión de Lula acrecentó entre los operadores financieros la sospecha de que avanza un cambio de reglas de juego de alcance imprevisible, a pesar de que el líder del Partido de los Trabajadores siempre ha dicho que garantizará la economía liberal de mercado. La reticencia de Lula a revelar quién será su ministro de Economía también contribuye al mal clima financiero. En círculos muy próximos al candidato, una fuente reveló a "La Vanguardia" que quien tiene mayores chances de ocupar ese cargo es Joan Saiad, actual secretario de Hacienda de Sao Paulo, el distrito con mayor peso económico de Brasil. Saiad es un rico empresario paulista, que se ha ganado la confianza de la alcaldesa Marta Suplicy, una de las personas con mayor influencia en el entorno de Lula. Pero el aparente éxito electoral está muy lejos de generar euforia en el equipo de campaña del líder izquierdista. Existe una razonable preocupación por la evolución negativa que están mostrando los indicadores financieros, que revelan una sostenida fuga de capitales, lo que amenaza con colocar al sistema bancario al borde de la bancarrota, o de forzar un "corralito" sobre los depósitos, similar al que se aplicó en la Argentina.

Miembros del equipo de Lula han corroborado esta realidad con desencanto: hasta sus mejores amigos, dueños de fortunas importantes, les han confesado que desean la mejor suerte para el candidato, pero prefieren esperar los resultados electorales con su dinero colocado en alguna plaza financiera internacional que los ponga a resguardo de la amenaza de expropiación.