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Campanha pela desapropriação da fazenda Coqureiros-RS

Para enviar mejor contactar con www.planalto.gov.br e ir a fale conosco.

Companheiros e companheiras,
 o MST deu início hoje à campanha pela desapropriação do latifúndio Guerra, uma área de 7 mil hectares que fica no município de Coqueiros do Sul. O MST defende que o latifúndio pertencente à família Guerra, que ocupa 30% da área do município e gera empregos para apenas 15 funcionários temporários, seja transformado em um assentamento para 450 famílias, gerando 950 empregos diretos e desenvolvendo uma produção diversificada, que vai movimentar a economia da região.

Um bom argumento a favor das famílias Sem Terra fica bem próximo à Fazenda Guerra. Trata-se da antiga Fazenda Anonni, área de 9 mil hectares que foi desapropriada em 1986, onde foram assentadas 420 famílias. O assentamento da Anonni produz hoje, por ano, cerca de 20 mil sacas de trigo, 6 milhões de litros de leite, 150 mil sacas de soja, 35 mil sacas de milho, 45 toneladas de frutas, 800 cabeças de gado, 5 mil cabeças de suínos e 10 mil quilos de hortaliças.
 A desapropriação da Fazenda Guerra é apoiada também pelos prefeitos, que pensam no fim dos conflitos e no desenvolvimento da região. Pedimos a todos e a todas que enviem correspondências – seja por e-mail, fax ou carta – ao presidente Lula e à presidência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
 Contamos com o seu apoio.
 ESCREVA PARA O PRESIDENTE DA REPUBLICA
 Reforma Agrária! Por um Brasil sem Latifúndios!

Sr. Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva
 Pedimos atenção para o que está ocorrendo no município de Coqueiros do Sul, na região norte do Rio Grande do Sul.
 Lá, cerca de 1,5 mil famílias de trabalhadores rurais Sem Terra estão acampadas desde fevereiro, denunciando à sociedade a existência de um latifúndio de mais de 7 mil hectares, a Fazenda Guerra. As famílias Sem Terra estão sofrendo a perseguição do Governo do Estado, da Polícia Militar, da Justiça, do latifúndio da terra e do latifúndio da mídia do Rio Grande do Sul.
 A Fazenda Guerra abrange 30% da área do município e representa um atraso para a região. Um assentamento nesta área poderia abrigar 450 famílias de agricultores, gerando 950 empregos diretos e desenvolvendo uma produção diversificada, que vai gerar renda pra a região.
 Diante das constantes violações aos direitos humanos que as famílias Sem Terra têm sofrido nessa região e do descompromisso do Governo do Estado com a Reforma Agrária, solicitamos que o Governo Federal faça a desapropriação deste latifúndio.
 EU APÓIO A DESAPROPRIAÇÃO DA FAZENDA GUERRA!
 Enviar e-mail para presidente@planalto.gov.br, gabpr@planalto.gov.br, presidencia@incra.gov.br
 Endereços postais

Presidência da República Federativa do Brasil
Palácio do Planalto
Praça dos 3 Poderes
Brasília – DF / 70150-900
 Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
SBN – Edifício Palácio do Desenvolvimento
CEP: 70057-900 – Brasília – DF
PABX: 3411-7474

Pará: fazendeiros querem a cabeça de frei francês

*Rogério Almeida

Carta de fazendeiros do sul do Pará sugere a expulsão da região, da Igreja e da CPT, do reconhecido nacional e internacionalmente, defensor dos direitos humanos e da reforma agrária na Amazônia, frei Henri des Roziers, militante da Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Xinguara, e não comandante, como sugere o desagravo assinado pelo Sindicato Rural de Xinguara, e endossado por outras instituições, como Lions e Rotary Club e a associação comercial.

Ao melhor estilo Casa Grande, embotada de toda arrogância, empáfia, a carta de indisfarçável tom ameaçador, datada de 25 de abril, foi endereçada ao bispo Dom Dominique You, da Diocese de Conceição do Araguaia, sul doPará.

A carta foi publicizada através da reportagem de Beatriz Camargo, vinculada no dia 9 de abril, no site que se dedica a denunciar o trabalho escravo, Repórter Brasil, www.reporterbrasil.com. O estopim da bomba reside na ação desencadeada pelo MST, quando ocupou a fazenda do Grupo Quagliatos, em Sapucaia, em março. Com base em grilagens de terras e registro de uso de mão de obra escrava na fazenda RioVermelho, o MST, realizou a ocupação. Se a ocupação do latifúndio, ganhou os quatro cantos da grande mídia, a carta ameaçadora não teve a mesma repercussão.

Nem mesmo a ação da PM na reintegração de posse. Os sem terra  permanecem acampados na região. O acampamento homenageia o dirigente sindical João Canuto, morto em Rio Maria. Os fazendeiros acusam o frei de radicalismo, e de constrangimento aos católicos de forma geral, e que tal atitude, estaria afugentado o rebanho da Igreja Católica. A singeleza da ameaça pode ser verifica no trecho da carta: "O radicalismo da CPT de Xinguara, está conduzindo os produtores rurais a uma situação delicada, de revolta e insatisfação, e caso não ocorra mudanças naquele comportamento poderá advir confrontos de dimensões desagradáveis."

Uma outra pérola de sutileza, e espelho de como o que se chama de elite, percebe os sem terra está revelado no trecho: "que a sombra da CPT, lá permanecem praticando jogatinas, prostituição, consumindo drogas e bebidas alcoólicas, etc."

Na reportagem de Camargo, consta que o bispo Dominique se solidariza com a militância do frei Henri, que trabalha na região desde 1979. O município de Xinguara, sul do Pará, tem funcionado como um ponto de arregimentação de trabalhadores rurais, que acabam sob condições análogas a de escravidão nas fazendas. A atuação do frei Henri, tem sido nos últimos anos a de denunciar a situação. O clima é de tensão.

Na década de 1980, os fazendeiros, madeireiros, grileiros, protagonizaram o período mais sangrento de luta pela terra na fronteira amazônica, no sudeste e sul do Pará. Sob a legenda da UDR, fomentaram bingos de gado, com vistas a angariar recursos que pudessem honrar os serviços da pistolagem. Assim foram mortos os Canuto, Expedito Ribeiro, Gringo. Assim pipocaram chacinas como nas fazendas Dois Irmãos, Xinguara, saldo de seis mortos; Chacina de Ingá, 13 mortos, em Conceição do Araguaia; e a Surubim, em Xinguara, com saldo de 17 mortos. Nenhuma possui nemprocesso em tramitação. Todas ocorreram no ano de 1985. Será essa a inspiração dos ruralistas?

 Rogério Almeida é colaborador da rede www.forumcarajas.org.br

Pedro Casaldáliga: Hay que repartir la tierra, acabar con las armas, con la OTAN y similares…

La Teología de la Liberación nació por el clamor del pueblo oprimido y del
propio Evangelio que nos habla de fraternidad, de libertad y de vida.
Mientras haya pobres y oprimidos, habrá Teología de la Liberación.

[Casaldaliga] El obispo de los pobres acaba de conseguir el Premi
Internacional Catalunya en su XVIII edición. Y, como buen profeta, no se
anda con paños calientes, sino que apuesta por la esperanza. (…)

Asegura que “en la Iglesia también hayespacio para la libertad” y que “a los cristianos nos toca esperanzar aun mundo desesperanzado”. Y asegura que “el imperio USA se estátambaleando”.

Español de nacimiento, brasileño deadopción, latinoamericano de honor, africano de corazón, PedroCasaldáliga es ya un mito. El obispo de los sin voz. Un referentesocial y eclesial. Santo y seña de la Iglesia levadura en la masa,despojada de poder, que huele a Evangelio y rezuma amor y esperanza. Unsimple obispo del Mato Grosso brasileño que con sus poemas, sus libros,sus gestos y su vida ejerce de profeta. Los católicos progresistas leadoran. Los conservadores le temen. Y la sociedad civil le haconvertido en un icono mundial de la solidaridad. Un santo laico.

-Un premio más. El mundo sabe reconocer a los profetas.

-  Esun premio a la causa de los derechos de los indígenas, de la liberaciónde los pobres, de la justicia y de la paz para todos. Causas que creosagradas, por humanas.Cada vez quedan menos defensores de esas causas.

-¿El presidente de Brasil, Lula da Silva, ha traicionado a los pobres de Brasil y de Latinoamérica?

-El gobierno de Lula ciertamente hatraicionado las expectativas de los pobres reales de Brasil, sobretodode aquellos pobres más conscientes, que no pueden conformarse con lasmigajas que el neoliberalismo sabe echar a los lázaros tumbados a lapuerta de un progreso que excluye sistemáticamente. Era de esperar queLula no pudiera transformar Brasil de la noche a la mañana. Ningún paísvive hoy autónomamente independiente de ese mundo globalizado. Sinembargo, se le podía exigir un cambio de rumbo, una atención realmenteeficaz a grandes reformas sociales, como la Reforma Agraria, el combateal desempleo, una relativa contestación al FMI y al Banco Mundial y queevitara alianzas corruptas y corruptoras.

-¿Le ha decepcionado Lula?

-  Sí.El gobierno de Lula ha hecho del poder, de la re-elección, el granobjetivo del gobierno… Un fin proclamado electoralmente -que sería elpueblo de las mayorías pobres- ha justificado unos mediosinjustificables. Y se ha desmoralizado el Presidente, su gobierno, elpartido que lo eligió y en buena parte la misma política democrática.Lula hace demasiado caso a las multinacionales. Necesitamos unaverdadera reforma.

-¿Evo Morales, en cambio, es un símbolo del renacer indígena?

-Que un indígena como Evo Moralesllegue a presidente de Bolivia es un paso histórico, como, en sumomento, el que un obrero como Lula lo consiguiese en Brasil. Sialguien tiene derecho a mandar en estos países son los pueblosindígenas, con los que tenemos una deuda de 500 años.

-¿Juan Pablo II, santo súbito y monseñor Romero, también?

-  Labeatificación y canonización deberían ser reestudiadas. Primero,suprimiendo de un tajo los gastos fabulosos que ellas suponen. Segundo,presentando públicamente figuras ejemplares en las respectivas regioneso sectores de la sociedad. Algunas figuras serían presentadas, por sumismo peso simbólico, en un nivel más universal. Desde luego,convendría examinar la santidad integralmente: un testimonio de vidapersonal, familiar, social, político. Y sin miedo de presentar aquellossantos y santas que escandalizan a los poderosos, como nuestro sanRomero, por ejemplo.

-¿El futuro de la Iglesia está en los pobres?

-  Evidentemente,el futuro de la Iglesia está en los pobres, porque el mismísimo Jesúsde Nazaret proclamó a todos los vientos que de los pobres es el Reino;y ya sabemos que la Iglesia sólo existe por el Reino. A los católicos,como a Pilatos, habría que recordarnos siempre la palabra contundentede Van der Meersch: "La verdad, Pilatos, es estar del lado de lospobres".

-¿Le sigue doliendo la más que pobre África?

-  Africaes el calabozo del mundo, un Holocausto continental. Sigo conservandoen mi capilla una talla de madera con el mapa de África crucificada. Esel mayor desafío de la humanidad. Y su pecado más grande. Ni el mundoni la Iglesia pueden abandonar a este continente condenado. Fue misueño morir en África. Pero, enfermo y débil, no me atreví a irme allápara convertirme en una carga para los demás.

-Ellacuría decía que “hay que ir a una civilización de la pobreza que se enfrente a la de la riqueza”.

-  Hayque repartir la tierra, la ciencia, la comunicación, acabar con lasarmas, con la OTAN y similares, transformar la onU. Hay que caminarhacia la intersolidaridad, porque sólo habrá justicia y democracia,cuando haya igualdad entre las personas y los pueblos. Elneoliberalismo capitalista es la marginación fría de la mayoríasobrante. Hoy, para algunos, ser explotados es un privilegio. Elneoliberalismo es la negación de la utopía y la mentirainstitucionalizada.

-El Papa denuncia continuamente la dictadura del relativismo.

-  Y está bien que lo haga, pero también habría que rechazar la dictadura del dogmatismo.

-¿Es el Papa de la continuidad que esperaba?

-Como no podía ser de otra manera.Durante 20 años fue el principal teórico de Juan Pablo II. Es menospublicitario, pero más intelectual que el Papa Wojtyla.

-¿Cómo se lleva con Roma?

-  Estamosen paz y me dejan en paz. En la Iglesia también hay espacio para lalibertad, aunque debería crecer más el respeto al pluralismo.

-El Papa acaba de negar el acceso de la mujer al sacerdocio. Es increíble.

-  ¿Cómopuede hablar de derechos humanos la Iglesia, cuando es la únicainstitución que sigue discriminando a la mujer? Con esta actitud, laIglesia corre el riesgo de perder a la mujer, como ya perdió la claseobrera.

-¿Hay demasiados miedos en la Iglesia?

-  Sí.La Iglesia tiene miedo de tener miedo. Le falta confianza en elEspíritu. Hay miedo al marxismo, al mundo moderno, al diálogoecuménico, a la colegialidad episcopal, a los laicos, a la mujer y alos teólogos. A las comunidades de base, a las sectas, a la vidareligiosa y a la Teología de la Liberación.

-¿Sigue siendo válida para hoy la Teología de la Liberación?

-  Escada día más necesaria. La Teología de la Liberación nació por elclamor del pueblo oprimido y del propio Evangelio que nos habla defraternidad, de libertad y de vida. Mientras haya pobres y oprimidos,habrá Teología de la Liberación.

-¿Qué aprendió de los pobres?

-  Aser agradecido por el don diario de la vida y sus pequeñas sorpresas, ano dramatizar los supuestamente grandes problemas personales, a confiarmás en Dios, a tomarme más en serio las Bienaventuranzas y a vivir enuna cierta pobreza.

-¿Valió la pena tanta lucha?

-  Paradespertar las conciencias, sí. Ahora los indígenas saben que puedenluchar. Por lo demás, nadie borrará nuestra palabra. Soy una criaturade esperanza.

-¿El presidente de Estados Unidos, George Bush, es un peligro para la paz?

-  Bushno es sólo un peligro para la paz, está siendo el artífice y promotorde una guerra y un belicismo ciego y universal. Tristemente, en nombrede Dios.

-¿Sigue creyendo que, como todos los imperios, también el de USA caerá?

-  Vamoshacia ello. Se está ya tambaleando. En gran parte por su culpa, hoy haymás pobreza en el mundo, pero también más conciencia, más agitación ymás solidaridad. La Humanidad siempre camina hacia delante.

-¿Y el capitalismo, también fracasará?

-  No puede triunfar, porque es imposible que triunfe la muerte, la exclusión, la opresión y el imperio del dinero.

-Le recriminan que sea amigo de Fidel Castro.

-  Soyamigo de Fidel y de Cuba, cuyo bloqueo tenemos que condenarabiertamente. Es algo totalmente injusto e inicuo. Un gesto deprepotencia y de orgullo imperial de Estados Unidos. Pero Castro y supueblo también tienen que ir abriéndose a la democracia.

-También le reprochan que admire al Ché.

-  Le tengo un gran respeto y un enorme cariño. Tanto es así que creo que debe estar codeándose con san Pedro.

-Vuelve a renacer la posibilidad de paz en Euskadi por una solución negociada al conflicto. ¿Qué debería hacer la Iglesia?

-  Claroestá que en Euskadi o en Catalunya o en cualquier región, nación o paísdel mundo, la Iglesia y cualquier religión deben respaldar la paz, eldiálogo, la identidad étnico-cultural, la solidaridad y ayudar a hacerde las diferencias una riqueza complementaria de la radical condiciónhumana. En muchas ocasiones la Iglesia, la religión, podrá hacer denegociadora intermediaria.

-¿Es partidario de que se enseñe la religión en las escuelas públicas?

-  Elrespectivo catecismo, la respectiva religión, se debe aprendersobretodo en la familia, en la propia Iglesia y en sus organizaciones.Yo pienso, con muchísimos, que en la escuela pública se debería enseñarcultura religiosa, la historia de las religiones… bienmacroecuménicamente, sin radicalismos ni a favor ni en contra.

-¿Cómo vive su jubilación?

-  Comoen una planicie de discreción, de humor escarmentado, de relativizaciónsapiencial. Experimentando la pobreza biológica con sus limitaciones.

-¿Le asusta la muerte?

-  Enabsoluto. La sentí muy cerca en varias ocasiones. Ha sido la compañerade toda mi vida. Desde mi infancia. Vi cómo los comunistas asesinaban ami tío Luis Plá, un sacerdote de 33 años. Y en Latinoamérica, estamosya acostumbrados al martirio. He vivido tensiones fuertes, pero nuncaodié, aunque sí sentí una rabia fuerte y profunda ante muchasinjusticias.

-¿Dónde quiere descansar para siempre?

-  En el cementerio de los indios karajás, donde enterramos a los peones sin nombre, a los asesinados.

-¿La poesía es su refugio?

-  Mesirve para respirar y para poner alegría en la vida. Es el fondomusical de mi trabajo diario. Me ayuda a realizar mejor la síntesis demi vida. Es mi pan de cada día.

-¿Quiere dedicar a nuestros lectores una pequeña estrofa sobre la esperanza?

-  Sobrela esperanza, como cristiano, claro, el mejor poema es una palabrasola: PASCUA. Hablando de la esperanza a los que tengan fe religiosa nocristiana, les recordaría que Dios es el Dios de la vida. Y a los queno tengan ninguna fe, les recuerdo, con un abrazo fraterno, que vamoshacia la vida, que venceremos hasta a la muerte. A nosotros nos tocaesperanzar a ese mundo desesperanzado.

Acciones y movilizaciones para el 17 de abril, día de la lucha campesina

El 17 de abril conmemoremos el día internacional de la lucha campesina. Los miembros de la Via Campesina tienen actividades para este evento. Este ano, La Via Campesina llama a sus miembros y a sus aliados en el mondo de organizar movilizaciones y acciones sobre la implementación de la reforma agraria genuina, el descarrilamiento de la OMC y de los otros tratados de libre mercado, la oposición a los OGMs y las tecnologías relacionadas y la denuncia de la criminalización de organizaciones campesinas y la violencia usada contra ellas organización.


Basados en la información que la secretaria operativa ha recibido todavía, miembros de La Via Campesina en América latina, Europa y Asia organizaran acciones, movilizaciones y fiestas. Por ejemplo, en Brasil, el MST organizara actividades especiales conmemorando los 10 anos de la matanza de Eldorado do Carajas donde 19 campesinos sin tierras fueron asesinados (este evento fue al origen del día internacional de la lucha campesina el 17 de abril). En India, los miembros de La Via Campesina inauguraron un banco de semillas manejado por los campesinos y un Carnaval de semillas. En Indonesia, campesinos celebraron esta fecha en un arrozal celebrando el festival de la cosecha de
arroz.

Movilizaciones para el día de la lucha campesina, 17 de abril 2006

1. Brasil: MST esta llamando a sus amigos a fuera de Brasil para que se movilizan frente a las embajadas de Brasil para
A/ Entregar documentos protestando sobre la masacre de Eldorado dos Carajas donde 19 campesinos fueron asesinados y contra la impunidad.

B/ Juntar a esta protesta acciones de solidaridad con las mujeres campesinas de La Via Campesina Brasil que ocuparon a la empresa Aracruz (monocultivos de eucaliptos) durante la conferencia de la FAO en Porto Alegre. Ahora sufren de criminalisacion y persecución policial.  (Dulcineia Pavan:
2. USA: The Border Agricultural Worker Project in Texas’ organiza esta movilizaciones: 10 de abril: Movilización de migrantes en varias ciudades de EEUU. (También tienen una marcha en Juarez, México, vinculada con estas movilizaciones, pero  también conmemorando la muerte de Emiliano Zapata en 1991).
17 de abril: Trabajadores rurales y estudiantes protestan a la frontera, respondiendo al llamado de La Vía Campesina y continuando las movilizaciones de migrantes.
1 de mayo: Movilización nacional (“Un día sin migrantes”). (Carlos Marentes:
3. Argentina: MOCASE (Movimiento Campesino de Santiago de Montero) organiza un día de fiesta y debates con la radio 88.7 FM del Monte el 17 de abril. El día anterior, estarán desarrollando en las comunidades campesinas actividades comunautarias como jornada de educación popular, resistencia a las topadoras… por la soberanía alimentaría y la reforma agraria integral. (
4. Catalunya: El Comité de Apoyo al MST de Barcelona, esta organizando diferentes actividades entorno el 17 de abril. El día 17 es festivo en Cataluña, por lo que las actividades serán  el Sábado día 22, y la semana siguiente, aprovechando la estancia en Barcelona de varios miembros de Via Campesina.
(Gloria casaldaliga:

5. Ecuador: La Coordinadora Nacional Campesina "CNC" en el marco de las jornadas de Movilización y Reflexión Continental, por conmemorar el 17 de abril el día Internacional de la Lucha Campesina", organiza la Feria de Semillas en defensa de la Seguridad y Soberanía Alimentaría", y el Foro Debate "Los Desafíos del Movimiento Campesino, frente a la Globalización". Los eventos se realizaran en la ciudad de Cuenca.(

6. España: El comité de apoyo al MST de Madrid esta juntando se a una manifestación de varios colectivos y organizaciones. La idea para el día de la Tierra es hacer una mani de manis en la que cada una de las partes convocantes haga su propio cartel con su reivindicación propia y con el lema común de "frenemos el cambio climático" El grupo estará llevando las revendicaciones del MST en este evento. Se llevara a cabo el día 22 de abril porque el día 17 es día de fiesta.  (

7. Brazil (Para): Entre los dias 1º e 17 de abril, el Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) organiza no Pará um grande acampamento pedagógico. El objetivo de la movilização, que conta inicialmente con 200 jovenes acampados e assentados, es recordar los 10 años del massacre de Eldorado dos Carajás, donde 19 trabalhadores Sem Terra foram brutalmente assassinados pela polícia militar. (Dulcineia Pavan:

8. Indonesia: El 17th de abril, FSPI estará organizando la ceremonia nacional de la cosecha de arroz. La celebración se llevara a cabo en un arrozal y los campesinos van a tener sus actividades culturales y sus discursos antes de la cosecha. Estarán mostrando que la producción nacional de arroz es suficiente y que no se necesita importar arroz como lo impone la OMC. (<mailto:
y website http://www.fspi.or.id/)

9. India: KRRS organiza el Carnaval internacional de las semillas el 17 de abril, con la inauguración de un banco de semillas mantenido por los campesinos. El 18-19 de Abril, habrá un Simposio internacional  sobre semillas y biotecnologías en la agricultura – en Mysore, India (<mailto: Ph:0091-80-28604737 y Fax:0091-80-28604640. http://www.amritabhoomi.org/)

atentamente,

Tejo Pramono Staff  IOS Via Campesina

Eldorado dos Carajás, diez años de impunidad

Eldorado dos Carajás, diez años de impunidad
http://www.gara.net/idatzia/20060418/art160552.php

El Movimiento de los Sin Tierra (MST) recordó ayer el décimo aniversario de
la matanza de Eldorado dos Carajás, la localidad amazónica en la que el 17
de abril de 1996, la Policía militar disolvió a tiros un corte de carretera
matando a 19 personas e hiriendo de bala a otras 69.

Hace diez años el conflicto entre los campesinos y la Policía militar comenzó cuando los uniformados intentaron abrir paso en la carretera PA-150, que comunica a la capital de Pará, Belem, con la zona sur del estado.

Alrededor de 1.500 personas habían obstruido el paso sobre el camino, a la altura de la localidad de Eldorado dos Carajás, en protesta por el retraso en la delimitación de tierras susceptibles de ser repartidas a los trabajadores del campo.

Los 142 policías militares, comandados por el coronel Mario Colares Pantoja y el mayor José María Pereira de Oliveira, llegaron al punto del bloqueo sin insignias de identificación y, después de perpetrar la matanza retiraron los cuerpos de la escena del crimen.

La masacre policial dejó un saldo de 19 muertos y 69 heridos de bala.

Localizada en la región amazónica de Brasil, con un área equivalente al 16% del territorio del país, Pará es el estado con la mayor cantidad de casos de violencia en el campo, según informes de la Comisión Pastoral de la Tierra de Brasil.

En los últimos 30 años, más de 700 trabajadores rurales han muerto por conflictos derivados de la disputa de tierras, generalmente en manos de grandes terratenientes. Las autoridades, sin embargo, han investigado sólo 11 de los casos, incluida la masacre de Eldorado dos Carajás.

Todos los esfuerzos oficiales estuvieron encaminados desde el principio a lograr la eliminación de «pruebas técnicas» sobre la masacre, encubrimiento en el que estuvieron involucrados el Gobierno de Pará y los aparatos de seguridad pública del estado y de la Federación brasileña, ambos gobernados entonces por el Partido Socialdemócrata de Brasil (PSDB) del entonces presidente Fernando Henrique Cardoso.

 

 

Un tortuoso camino judicial

Tras una primera sentencia absolutoria, en 1999, el Tribunal de Justicia de Pará decidió anular ese juicio por sospecha de parcialidad del jurado, pero después la resolución del asunto se complicó más, cuando 17 de los 18 jueces de la jurisdicción de Belem se negaron a asumir el caso, alegando «simpatía» por los policías militares y aversión hacia el MST.

Un nuevo juicio fue abierto en junio de 2001. Como resultado, el mayor Pereira Oliveira fue condenado a 154 años de prisión y el coronel Colares Pantoja recibió como castigo 228 años de cárcel.

Sin embargo, desde 2005, los dos comandantes fueron beneficiados por las autoridades judiciales de Pará con «sentencias en libertad» y los otros policías militares involucrados fueron absueltos. «¿Justicia? ¿Para quién se hizo justicia? Quien murió está debajo de la tierra y la justicia pasa por encima de ellos», denuncia Dalgisa Dias de Souza, testigo de los hechos en 1996.

Para los supervivientes de la matanza, lo peor es que los dos principales responsables de la matanza nunca fueron llevados al banquillo de los acusados: el gobernador Almir Gabriel y el secretario de Seguridad Pública, Paulo Sette Cámara.

 

 

Total impunidad

El MST considera que la absolución de la mayoría de acusados y la libertad de que disfrutan los dos únicos condenados muestra la impunidad que gozan en Brasil los ataques a los campesinos. Según estadísticas de una comisión del Episcopado brasileño, apenas ha «merecido» ir a juicio el 7% de los 1.043 crímenes en disputas por la tierra ocurridos en el país entre 1985 y 2004 y que han dejado 1.399 muertos, en su gran mayoría campesinos.

Muchos de los heridos tienen ahora que hacer viajes continuos a los hospitales para recibir tratamientos médicos por las balas que se alojaron en sus cuerpos. Algunos han quedado incapacitados. «No puedo trabajar. Me duele el cuello», narra Rubenita Justiniano da Silva, de 36 años, una de las sobrevivientes con una bala alojada en el cuerpo, que vive en la periferia de Belem.



El mejor homenaje, otra ocupación

BRASILIA

El principal acto conmemorativo tuvo lugar en el sitio de la matanza y el MST congregó a miles de campesinos en la ceremonia, que incluyó un corte simbólico de la misma carretera que fue escenario de la masacre policial.

El domingo, unos 3.000 integrantes de la organización campesina invadieron una hacienda que pertenece a la empresa Suzano Papel y Celulosa, en Teixeira de Freitas, estado de Bahía. Otro tanto hicieron el sábado cientos de integrantes del MST que ocuparon un ingenio azucarero en el estado brasileño de Pernambuco.

Tan sólo en lo que va de año, y con estas dos nuevas acciones, el Movimiento ha realizado 31 ocupaciones de haciendas supuestamente improductivas para forzar avances en la reforma agraria.

Diversas ciudades brasileñas fueron escenario ayer de manifestaciones de recuerdo y de protesta contra la masacre. En Sao Paulo, grupos de derechos humanos, sindicatos y comunidades cristianas de base protestaron frente a los juzgados.

La Cámara de Diputados de Brasil albergó un acto solemne de recuerdo.

Manifesto dos homens em solidariedade às mulheres do RS

Manifesto de homens e mulheres em solidariedade às camponesas da Via Campesina
17 abril de 2006       Dia Internacional da Luta Camponesa

AS  MUDAS ROMPERAM O SILÊNCIO

Havia um silêncio, sepulcral
sobre dezoito mil hectares roubados
dos povos tupi-guarani
sobre dez mil famílias quilombolas
expulsas de seus territórios
sobre milhões de litros de herbicidas
derramados nas plantações

Havia um silêncio promíscuo
sobre o cloro utilizado
no branqueamento do papel
a produzir toxinas cancerígenas que agridem
plantas, bichos e gentes
sobre o desaparecimento
de mais de quatrocentas espécies de aves
e quarenta de mamíferos
do norte do Espírito Santo

Havia um silêncio intransponível
sobre a natureza de uma planta
que consome trinta litros de água-dia
e não dá flores nem sementes
sobre uma plantação que produzia bilhões
e mais bilhões de dólares
para apenas meia dúzia de senhores

Havia um silêncio espesso
sobre milhares de hectares acumulados
no Espírito Santo, Minas, Bahia
e Rio Grande do Sul

Havia um silêncio cúmplice
sobre a destruição da Mata Atlântica e dos pampas
pelo cultivo homogêneo de uma só árvore:
o eucalipto.

Havia um silêncio denso… 
sobre a volúpia do lucro

Sim, havia um silêncio global
sobre os capitais suecos
sobre as empresas norueguesas
sobre a grande banca nacional

Por fim
havia um imenso deserto verde
em concerto com o silêncio.

II
De repente
milhares de mulheres se juntaram
e destruíram mudas
a opressão e a mentira

As mudas gritaram
de repente
e não mais que de repente
o riso da burguesia fez-se espanto
tornou-se esgar, desconcerto.

III
A ordem levantou-se incrédula
clamando progresso e ciência
imprecando em termos chulos
obscenidades e calão

Jornais, rádios, revistas,
a internet e a TV,
as empresas anunciantes
executivos bem-falantes
assessores rastejantes
técnicos bem-pensantes
os governos vacilantes
a direita vociferante
e todos os extremistas de centro
fizeram coro, eco,
comício e declarações
defendendo o capital:
“Elas não podem romper o silêncio!”
E clamaram por degola !

 
IV
De repente
não mais que de repente
milhares de mulheres
destruíram o silêncio

Naquele dia
nas terras ditas da Aracruz
as mulheres da Via Campesina
foram o nosso gesto
foram a nossa fala.

Entrevista a João Pedro Stedile: Un largo período de acumulación de fuerzas

Entrevista a João Pedro Stedile
Por Claudia Korol

Entrevista al portavoz del Movimiento Sin Tierra de Brasil :: Analiza la
situación sociopolítica de su país, el gobierno de Lula y las tareas,
expectativas y desafíos que se abren a partir de ahora para los movimientos
sociales. "De aquí en adelante es necesario poner nuestras energías para
recomenzar un nuevo período histórico de acumulación de fuerzas, que no
tenga en las elecciones su prioridad estratégica"


-¿Cómo analizás, en este momento, cuál es el carácter del gobierno de Lula?

-El gobierno de Lula fue electo para hacer cambios. El pueblo lo votó como una
forma de protestar contra el neoliberalismo. Sin embargo, resultó un gobierno
de compromisos con sectores neoliberales brasileños. Un gobierno de
composición. Y por eso se ha caracterizado, a lo largo de los 3 años y medio,
por ser un gobierno de disputa en primer lugar. Después, de tensiones. Y ahora,
como un gobierno que asumió la política económica neoliberal. Porque Lula ha
defendido públicamente varias veces que esta política económica es la suya y
que no va a cambiar.

Entonces, nosotros esperamos que en el proceso de este año haya manifestaciones
de la gente, de las organizaciones, de los movimientos, para que se produzca un
proceso de presión por cambios en la política económica. Porque con esta
política no es posible avanzar en ninguna conquista social.

-En este contexto, ¿Qué significa la decisión del gobierno brasileño del
pago de la deuda al FMI?

-Primero, es una tontería, incluso desde el punto de vista de la contabilidad
nacional. Porque era una deuda que vencería recién en 24 meses. Entonces, el
gobierno podría utilizar esos recursos para hacer inversiones en el país,
para aplicar en educación, o en cualquier cosa. En Brasil fue mucha plata,
fueron casi 15.000 millones de dólares de pago al FMI. Segundo, que el
gobierno quiso hacer eso como un hecho de propaganda, como que su política
económica estaba consolidada. Pero fue una tontería, porque al mismo tiempo,
a la otra semana, el gobierno necesitó dólares, y tuvo que lanzar bonos del
tesoro nacional, pagando una tasa de interés del 17 % anual, mientras que en
la deuda con el FMI estaba pagando sólo el 5 % anual.

Entonces, es una tontería, porque pagas una deuda que tenía incluso una tasa
de interés menor. Es por eso que los movimientos nos hemos manifestado en
contra de esta decisión. Hubiera sido más importante usar esos 30.000
millones de reales para tratar de saldar la deuda social que viene
acumulándose a lo largo de las dictaduras, y con estos 15 años de
neoliberalismo en Brasil.

-El triunfo de Lula, en su momento, tuvo que ver con una acumulación de muchos
años del movimiento popular, y en particular de las organizaciones sociales.
¿Qué balance hacen, a esta altura, de los logros y de las dificultades, desde
el punto de vista de los intereses de estos movimientos?

-La victoria de Lula, y luego su gobierno, representó el cierre de un ciclo
histórico. De una izquierda que luchó por la redemocratización, derribó a
la dictadura militar, pero a la vez siguió 20 años con una única estrategia:
sólo acumular en el plano electoral institucional. Lula encierra esa
estrategia. Ahora la gente entró en crisis, precisamente porque la izquierda
no logró acumular fuerza en los otros campos: de la organización social, del
proyecto, de la ideología, de influencia ideológica en la sociedad. Entonces,
la izquierda en Brasil está como confusa. Pero, por suerte, el gobierno de Lula
tampoco representó un proyecto alternativo para las clases dominantes.

Entonces, sigue también teniendo contradicciones con la clase dominante. Eso
nos hace reflexionar en que de aquí en adelante es necesario poner nuestras
energías para recomenzar un nuevo período histórico de acumulación de
fuerzas, que no tenga en las elecciones su prioridad estratégica. Que trate,
en cambio, de acumular fuerzas en el partido, en los movimientos sociales, en
la lucha social. Que trate de barrer el neoliberalismo con la lucha de masas,
de formar cuadros para un largo período de acumulación, pero que buscará
cambios estructurales en nuestro país.

-¿Cuáles son, a su entender, las dificultades principales con que se encuentra
la izquierda y los movimientos populares brasileños, para esta nueva etapa de
acumulación de fuerzas, y cuáles son sus potencialidades?

-Las dificultades principales son que nosotros todavía estamos en un período
de reflujo del movimiento de masas. Estamos con dificultades, porque la
izquierda no tiene unidad entre sí, alrededor de un nuevo proyecto. O sea, hay
que construir esta unidad que resultaría de un gran debate. Y tenemos
dificultades, porque como en estos últimos 15 años la estrategia fue
electoral institucional, la mayoría de los militantes y cuadros se fueron para
eso, y ahí fueron absorbidos para la máquina administrativa, o fueron
cooptados ideológicamente por la ilusión de estar en el gobierno y de poder
hacer algo.

Pero nosotros, en el movimiento social, estamos optimistas. Porque ya estamos,
en nuestra opinión, llegando al final de ese período histórico del reflujo
del movimiento de masas. Porque en rigor, la continuidad del modelo neoliberal,
que Lula no tuvo fuerza ni proyecto para contraponerse, no solamente no
resolvió los problemas del pueblo -de trabajo, sueldo, tierra, vivienda,
educación-, sino que los problemas sociales se agravaron. Eso lleva a una
contradicción positiva. Hay una tensión permanente en el medio del pueblo, de
querer cambios. Y a la vez, todas las encuestas demuestran que el pueblo no cree
más en esta forma de políticos, no cree en los políticos brasileños.

Entonces, nosotros creemos que es posible en los próximos años, generar un
nuevo movimiento de masas que tenga otra agenda, que enfrente al
neoliberalismo, y que logre acumular para un proyecto histórico de
liberación. Por ese camino es que vamos andando. La crisis es grave, pero ya
sabemos cuál es la salida. Sólo que tenemos que tener un poquito de paciencia
histórica porque ingresaremos a un largo período de acumulación de fuerzas, y
es en eso en lo que estamos trabajando.

* Prensa de Frente, Boletín quincenal Nº37 / Remite Correspondencia de Prensa.

ANP: ESPECIAL – Massacre de Eldorado dos Carajás: 10 anos depois

Boletin especial de la Agência Notícias do Planalto informando sobre
la impunidad de la masacre del Eldorado Dos Carajas 10 años despues.
Audios de entrevistas a familiares y compañeros que vivieron aquella matanza.
8 programas de radio para escuchar por la web:
http://www.noticiasdoplanalto.net/index.php?option=com_content&task=view&id=1089&Itemid=43

ANP completa dois anos e lança especial sobre 10 anos do Massacre de Carajás

Na próxima segunda-feira (17), o Massacre de Eldorado dos Carajás completa uma década. Ninguém está preso pelo assasssinato dos 19 agricultores sem-terra na cidade de Eldorado dos Carajás, no Pará, durante operação da Polícia Militar para desobstrução da rodovia PA-150. Outras 69 pessoas ficaram feridas na chacina.

Para marcar o aniversário de dois anos da Agência Notícias do Planalto, lançamos uma série especial de reportagens sobre o tema. NOSSOS JORNALISTAS FORAM ENVIADOS ESPECIALMENTE AO LOCAL DO CRIME QUE CHOCOU O BRASIL E O MUNDO. Conversamos com os sobreviventes, especialistas em direito e na questão agrária e de violência.

Do material colhido, a ANP produziu uma série de 8 programas de rádio, que já podem ser ouvidos em nossa página na internet. Há também a versão impressa das reportagens.
As reportagens com cerca de 10 minutos cada trazem informações EXCLUSIVAS sobre o crime e as repercussões hoje a partir de entrevistas com os sobreviventes, advogados do caso, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) etc.
1) O dia 17 de abril
2)  Impunidade no caso
3) O massacre continua: mutilados e famílias das vítimas
4) A vida dos sem-terra: Assentamento 17 de Abril
5) Estado e latifúndio como patrocinadores da violência
6) Vergonha para o Brasil
7) Agronegócio: progresso ou destruição?
8) A polêmica reforma agrária na Amazônia

 

10 anos de impunidade em Eldorado dos Carajás!


Especial sobre la matanza hace diez años de 19 trabajador@s Sem Terra. 

Em 17 de abril de 1996, 19 trabalhadores rurais SemTerra foram brutalmente assassinados por policiais militares no chamadomassacre de Eldorado dos Carajás, no Pará. Nesse dia, três mil famílias SemTerra ocuparam a rodovia PA – 150 para exigir ação urgente do Incra nadesapropriação de um latifúndio improdutivo onde o MST montou o acampamentoMacaxeira. No entanto, as famílias foram surpreendidas e cercadas por duastropas de militares que abriram fogo contra eles, a fim de cumprir a ordem de“desobstruir a pista a qualquer custo”.

  

Dez anos após esse episódio, a única conclusão aque se chegou foi a impunidade dos 155 soldados envolvidos no caso. Trêsjulgamentos já foram realizados e devido a irregularidades, o processo searrasta e ainda não foi concluído.

Os dois comandantes responsáveis pela operação(coronel Pantoja e major Oliveira), apesar de condenados, aguardam em liberdadeo julgamento de recursos no Supremo Tribunal de Justiça. Além dos 19 mortos nomassacre, mais três pessoas morreram posteriormente em decorrência dosferimentos, totalizando 22 mortos. Sem contar os estão para sempre marcados,tanto física como psicologicamente pela violência.

A chacina é um marco na luta pela terra, não sópela crueldade dos fatos, mas também pela grande repercussão internacional, jáque as cenas do crime foram gravadas e divulgadas por uma emissora de televisãolocal. Em homenagem aos mártires dessa violência, a Via Campesina (organizaçãointernacional que reúne centenas de movimentos sociais, inclusive o MST)declarou o 17 de abril como o Dia Internacional da Luta Camponesa. Em 2002, ogoverno brasileiro assinou um decreto – de autoria da então senadora MarinaSilva – estabelecendo a data como Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.

Fusquinha e Doutor

Emmarço de 1998, o MST ocupou a fazenda Goiás II, em Parauapebas, Pará, com cercade 500 famílias. A propriedade era considerada grilada e possuía mais de 1.400hectares. Os acampados logo receberam ordem de oficiais da justiça para deixara fazenda. Temendo a violência da Polícia Militar, as famílias deixaram a área,e acamparam a 5 quilômetros do local de onde haviam sido expulsas.

Um grupo de pistoleiros acompanhou a desocupaçãodos agricultores, e quando perceberam que outro acampamento seria erguido pertoda fazenda, perseguiram e assassinaram Doutor e Fusquinha, militantes do MST.

Mas información en:

http://www.mst.org.br/informativos/especiais/carajas10anos/inicial.htm


Brigada Educación Sao Paulo-Espiritu Santo 2005

La componíamos tres personas: Sagra, Karla y Pedro.

Nuestro objetivo era doble: por un lado acercarnos al funcionamiento, luchas e ideas presentes en el MST, por otro conocer de primera mano la experiencia educativa que en estos 21 años de existencia han desarrollado en todos los ámbitos educativos. Quisimos acercarnos a la educación formal y no formal, desde las cirandas para los más pequeños hasta la educación de adultos.

    La visita fue diseñada para profundizar en cada uno de estos sectores. Así, comenzamos por ir a la Escuela Nacional Florestan Fernández (Sao Paulo), donde pudimos compartir con los alumnos de tres cursos (agroecología, gestión de cooperativas y sociología rural) sus tiempos de formación. Esta escuela construida por el Movimiento es un orgullo para ellos y allí van los futuros cuadros de las comunidades. Continuamos rumbo a Itapeva (Sao Paulo)  donde vimos diferentes Agrovilas, asentamientos en movimiento que van configurándose poco a poco tras muchas luchas como referentes del MST en su estado y en otros. Allí experimentamos la lucha bajo la lona que el acampamento “Nuestra Señora María Aparecida” tiene planteada. Sin duda, el acampamento es el mejor ejemplo de Escuela en su más amplio sentido.

    A continuación, marchamos a San Mateos (Estado de Espíritu Santo,) concretamente al CIDAP, un centro de formación donde se desarrollaba un curso de agroecología. En este estado, el sector de educación está muy desarrollado y pudimos compartir con muchos educandos y educadores, las dudas, los logros y desafíos en cerca de 10 escuelas de enseñanza primaria, media, centros afines al MST como las Escuelas Familia Agrícola (EFA) y Centros de formación propios del Movimiento. Vimos distintos asentamientos cercanos a las escuelas y el acampamento “Madre Cristina”, con más de 5 años de lucha a sus espaldas y una situación ciertamente insegura. Después continuamos hacia Montes Claros (Estado de Minas Gerais), donde estuvimos en el asentamiento “Estrella do Norte”, un acampamento recién “estrenado” donde aún andaban decidiendo cómo organizarse. En este estado, tuvimos ocasión de compartir unos días en una Quilombola que, a pesar de no integrar el MST, compartía maneras, organización y objetivos con éste. Otra gran experiencia.

    Para finalizar nos dirigimos a Salvador de Bahía donde, además de relajarnos entre sus playas y sus gentes, fuimos invitados por los responsables del MST a un proyecto urbano que merece en ese lugar todas las simpatías del MST. Se trataba del CRIA, y constituía una experiencia donde los jóvenes, a través del teatro, la literatura y la música lograban acceder a niveles de conciencia crítica que los hacía menos vulnerables al sistema que los mantenía oprimidos.

    Pero las vivencias,  emociones y aprendizajes que experimentamos allí, nos los dieron las gentes de esos lugares, a las que seguimos admirando por su fuerza para atreverse a plantar cara a la dictadura del capital que en cada sitio muestra rostros diferentes, y que en el Brasil actual toma forma de desigualdad abismal e injusto reparto de las riquezas.