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El MST y la otra humanidad posible

 

 
Leonardo Boff

Alai

Que el Movimiento de los Sin Tierra (MST) lucha por la reforma agrariatodos sabemos. Que para el Movimiento, la Tierra no es solo, comoquiere la cultura capitalista, un medio de producción, sino que esmucho más, es nuestra Casa Común, está viva, con una comunidad de vidaúnica y que nosotros somos sus hijos e hijas con la misión de cuidar deella y de liberarla de un sistema social consumista que la devasta,esto es lo sorprendente. Este es su mayor sueño, expresión del nuevoparadigma civilizatorio y emergente.

El Movimiento deja atrás el discurso académico que se orientaexclusivamente por la razón instrumental-analítica, funcional al modode producción actual que está amenazando el futuro común de la Tierra yde la Humanidad. Captar esta novedad del MST y de Vía Campesina escaptar su fuerza de convocatoria para Brasil y para toda la sociedadmundial.

Ellos se encuentran a la cabeza de la visión alternativa de que otrahumanidad es posible. Con sus prácticas, no obstante aquí y allá, lascontradicciones inherentes al proceso histórico, está mostrando suviabilidad. Basta observar, con ojo atento, lo que dicen, cómo seorganizan y lo que hacen.

Las víctimas del orden vigente dan sustento a un sueño nuevo. Hacedías, yo y mi compañera Marcia, que apoya al MST desde su fundación enel campamento Ronda Alta-.RS, pudimos participar en la marcha deGoiania a Brasilia. Fueron dos días de convivencia y de marcha con los12.272 caminantes. Se precisa mucha acumulación de concienciasolidaria, de disciplina y de sentido de bien común para hacerfuncionar ese proceso popular multitudinario con más perfección que unaescuela de samba carioca.

No hablemos de la comida puntualísima, del montaje y desmontaje de lascarpas, del agua potable abundante y del servicio sanitario. Lapreocupación ecológica era casi obsesiva. Si alguien, al día siguiente,quisiese saber dónde acamparon aquellas miles de personas, no lo sabríaporque la limpieza era tan minuciosa que ni siquiera un trozo de papelquedaba atrás.

Entre los objetivos explícitos de la caminata, más allá de la reformaagraria y de la discusión de un proyecto popular para Brasil, había elde “desarrollar actividades de solidaridad para fortalecer la lucha ylos sueños del pueblo”. En función de eso, por más de dos horas, a latarde, se promovían exposiciones transmitidas por la radio interna,seguidas de grupos de discusión. A mí se me solicitó hablar sobre lanueva visión de la Tierra y cómo cuidar de ella, a la luz de lassugerencias de la Carta de la Tierra. Pasando por los grupos vi laseriedad con la que se discutía. Pero no solo eso. La marcha se propuso“rescatar y promover la cultura brasileña a través de canciones,poemas, teatro y otras manifestaciones típicas del pueblo”. Al seracogidos en su carpa por el grupo de Paraná (más de 800 personas),oímos canciones y poemas de rara belleza. Una estrofa decía: “oigan laarmonía de igualdad del hombre pobre”. Si el sistema nos aturde, portodos los medios, con palabras “acumulación, consumo, riqueza, placer”,aquí, lo que más se oía era “solidaridad, cooperación, justicia, hombrey mujer nuevos, nueva Tierra”. ¿Quién está en el mejor camino?

Yo reflexionaba conmigo mismo: seguramente Marx, Lenin y Mao jamáspensaron en un tipo de revolución que hiciera esta síntesis tan felizentre lucha y estudio, caminata y fiesta. Un movimiento que incorporapoesía y música será invencible. El MST nos señales que otro mundo estáa punto de emerger. (Traducción de ALAI)

* Leonardo Boff es teólogo.

Esta noticia ha sido recogida de www.rebelion.org

Finaliza la Marcha por la Reforma Agraria

Síntese do que saiu na grande imprensa sobre o final da Marcha dos Sem Terra a Brasília.
 
"O governo federal acertou os ponteiros com o MST e a Marcha Nacional Pela Reforma Agrária terminou da mesma forma que começou: em paz. Não há quase menção nos jornais de hoje ao desentendimento ocorrido, na segunda-feira, entre marchantes e policiais militares. Na visão da imprensa, o MST atingiu os principais objetivos da Marcha. Depois de longa reunião com representantes do Movimento na madrugada de ontem, com interferência pessoal do presidente Lula, o Planalto anunciou um pacote de medidas que teria agradado aos sem-terra. O acordo prevê o assentamento de 400 mil famílias até 2006; o desbloqueio de parte do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário; a atualização do índice de produtividade; novas contratações no Incra; a entrega de cestas básicas para cada família de
sem-terra; e a ampliação e aumento das linhas de crédito para assentados. 

Como alguns dos pontos acordados entre as duas partes esbarram nos ministério da Fazenda e do Planejamento, as lideranças do MST teriam pedido ao ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) garantias do governo no cumprimento das promessas. O ministro assegurou o cumprimento dos acordos, mesmo salientando as _limitações orçamentárias_. Em suma, tem-se a promessa, e não a garantia. A Folha corrobora com essa teoria ao resgatar antigos acordos do governo com o MST que não foram cumpridos integralmente.

Gilmar Mauro, coordenador nacional, diz que o Movimento _voltará (à Brasília) para cobrar_ o governo, caso as promessas não sejam cumpridas, informa o Correio Braziliense. De qualquer maneira, o MST comemorou bastante o acordo que prevê a mudança no índice de produtividade de imóveis rurais, destacam Estadão e Correio Braziliense. Apesar disso, o ministro Roberto Rodrigues(Agricultura) volta à cena e afirma desconhecer qualquer tipo de acerto em torno do tema.  

A luta continua _ Apesar de demonstrar satisfação com os avanços conquistados durante a Marcha, o MST não pretende abrir mão de um dos principais instrumentos de pressão: a ocupação de terra. Gilmar Mauro, da direção do MST, reafirma a autonomia do Movimento em relação ao governo federal e garante que o MST irá _continuar lutando contra o poder econômico e o latifúndio_, relata o Estadão. A edição de ontem do Correio Braziliense já havia destacado o pedido de João Pedro Stédile, coordenador do MST, para que os sem-terra tomassem consciência da importância de se realizarem ocupações de terra na luta pela reforma agrária. Seguindo essa perspectiva, os jornais atentam hoje para a ocupação da fazenda São Bento (BA), realizada por cerca de 550 famílias do MST.
 
MST e Democracia
Demétrio Magnoli (Folha) define o MST como um Movimento apoiado nas tradições do _Cristiano original_ e do _comunismo extirpado da cidade_, ressaltando para a luta da entidade contra o capitalismo e em favor da reforma agrária. O colunista enaltece o papel _crucial (do MST) para a estabilidade de nossa democracia incompleta_ e comenta a _implacável malevolência de quase toda a imprensa_ na cobertura do noticiário do MST. 

Despedida
Com o fim da Marcha, os sem-terra desarmaram as barracas para voltar a seus Estados. Mas antes aconteceu a despedida. O Correio Braziliense relata o depoimento de sem-terra que fizeram amizades durante a caminhada rumo à Brasília. O adeus foi marcado de baixo de muita emoção. 

Goiás
O governo terá que se empenhar para melhorar a média de assentamentos no Distrito Federal e nos municípios do entorno e do Estado de Goiás. O Correio Brzaziliense informa que apenas 2,2 mil famílias foram assentadas nessas regiões durante os dois primeiros anos do governo do presidente Lula. O MST afirma que nenhuma família foi assentada nesse período. O Incra pretende assentar 4,8 mil famílias só nesse ano.

Todas estas noticias han sido extraídas de diferentes medios brasileños

Análise de Conjuntura Política: Notas para o MST

2005

Plínio de arruda Sampaio

1. A Revolução de 1930marcou a entrada das massas populares na política brasileira.O sistema político, que aí teve início,fundou-se no que os cientistas políticos denominaram “pactopopulista de poder”. A mudança não significou que asmassas passassem a participar diretamente das decisões doEstado. A política continuava sendo territórioexclusivo das elites, somente que o governo do Estado passava a serentregue à facção que contasse com o apoio dasmassas populares urbanas. Getúlio, Jânio, Jango sãotodos membros e representantes de facções da elite egovernaram enquanto detiveram o apoio das massas.

2. A dinâmica da políticapopulista gerou a crise dos anos 60 e a contra-revoluçãode 1964. Romperam-se então o pacto populista e ainstitucionalidade democrática que o legitimava. Narecomposição desta – um processo que vai de 1974 a1984 – surge um elemento novo no quadro político brasileiro: as massas populares, que até então participavam napolítica como clientela das lideranças populistas,conseguiram estabelecer uma “cabeça de ponte” nesseterritório. O PT foi o autor desse feito. O PT não éum partido de uma facção da elite mas representativo demovimentos genuínos da massa, que se unificaram no bojo daslutas pela volta da legalidade (CUT, MST, CEBs, Pastorais Sociais daIgreja). Esta constatação não desmerece astentativas anteriores, mas assinala apenas que foi a partir dacriação do PT que o processo político mudou dequalidade: deixou de ser uma disputa entre facções deelite para se tornar um confronto direto entre uma vanguarda popular(representada pela coligação de partidos de esquerdaliderados pelo PT) e as elites dominantes. Pela primeira vez, emquinhentos anos de história, a luta de classes polarizou-se:partidos do povo versus partidos das elites.

3.Este formidável saltoapresentou dois momentos em sua evolução: do final dosanos 70 até a primeira candidatura de Lula em 1989; e destadata até a Carta aos Brasileiros, escrita por Lula em 2.002.

O primeiro momento foi de avanço(campanhas da reforma agrária e da anistia, Constituinte de88; fundação da CUT, MST, PT; explosão das CEBs;vitórias eleitorais em São Paulo, Porto Alegre,Vitoria; campanha eleitoral do Lula)

O segundo momento foi dedesaceleração. Motivaram esse recuo: o impacto davirada neoliberal do capitalismo internacional no Brasil e aunificação das elites em torno da renuncia ao projetode construção nacional que havia marcado a Era Vargas.

Durante a década de 90, asforças populares sofreram derrotas importantes: a CUT perdeu acombatividade; os movimentos da Igreja foram desmobilizados; o PTenveredou pela via eleitoralista. Sem condições deavançar, tiveram as forças populares foram tendodificuldades cada vez maiores para sustentar a “cabeça deponte” que haviam conseguido fincar no território dapolítica.

A pá de cal nessa involuçãoveio com a campanha eleitoral de 2.002, especialmente a partir daCarta aos Brasileiros – documento em que Lula ofereceu aos credoresinternacionais e ao “mercado”brasileiro ( leia-se ao“establishment”capitalista) garantia de cumprimento doscompromissos firmados por FHC.

Ao aceitar esse compromisso, o PTrenunciou o projeto de transformarão socialista e converteu-seem mais um partido da ordem estabelecida. No elenco desses partidos,seu governo diferencia-se unicamente por uma sensibilidade socialmaior do que os demais. Em outras palavras: o governo do PT, uma vezgarantida a estabilidade financeira exigida pelo imperialismo e pelomercado, destina os recursos sobrantes no orçamento do Estadoa mitigar os sofrimentos do povo.

Isto é muito pouco e nãodá conta de atalhar o acelerado processo de “barbarização”do país. Todas as tentativas feitas nestes dois anos paraavançar além do assistencialismo esbarraram no veto doimperialismo e do mercado. Confirma-se, assim, a tese de FlorestanFernandes: o capitalismo brasileiro não tem mais nenhum papelcivilizatório no Brasil.

4. A conclusão desta análiseé que as massas populares perderam a “cabeça deponte” que haviam conseguido fincar em solo inimigo. Dito de outromodo: o socialismo, enquanto proposta alternativa representada peloPT, foi excluído da disputa política institucional.Não, obviamente, no sentido de que foi considerado ilegal,como aconteceu com as ideologias de esquerda após 64, mas nosentido de que a posição dos socialistas enfraqueceu-setanto na correlação de forças políticasque, hoje, seu posicionamento não afeta em nada o resultadodas decisões políticas.

A decorrência lógicadesta conclusão é que os socialistas, não tendocomo avançar na esfera da política institucional – dadoque o PT foi cooptado pela ordem estabelecida – precisa construiruma estratégia que lhes permita avançar no “andar debaixo, ou seja, crescer por fora do atual sistema de tomada dedecisões do Estado. Seu espaço de atuaçãovoltou a ser a esfera da pressão social direta e dadoutrinação política.

5. As tarefas do momento sãoportanto:

aproveitar a legalidade para mobilizarsetores populares na reivindicação de direitos;aproveitar as brechas e divisões da elite para realizar atosde desobediência civil;
denunciar o sistema,

articular os grupos socialistasdispersos pelo país;
realizar um sério trabalho dereflexão sobre a trajetória do socialismo no mundo e dopaís; formar quadros.

Se essas tarefas forem cumpridas, serápossível reconquistar a posição perdida e montaruma nova ofensiva na linha da trajetória para o socialismo,assim que houver uma nova onda de assenso de massas.

Tudo indica que seja possívelapostar nessa nova onda, embora não se possa fazer nenhumaprevisão acerca da data da sua eclosão.

6. O MST e a conjuntura

O MST assumiu nestes 20 anos umaposição impar no quadro político brasileiro. Eleé um movimento social mas com uma grande influência naesfera da política.

No primeiro momento do processo deassenso de massas, o Movimento cresceu como os demais, no bojo daonda popular. Diferenciou-se apenas por um grau de radicalidademaior, inerente ao tipo de embate que trava com a elite, pois areforma agrária afeta diretamente o instituto da propriedade,enquanto os demais impactam somente os fluxos de renda do capital.

No segundo momento, quando CUT, CEBS ePT perderam o ímpeto, o MST ficou sozinho na posiçãode enfrentamento com o “establishment””. Era natural, portanto,que se tornasse a grande referência de todos os gruposengajados na luta pela transformação social.
 
Paradoxalmente, essa posiçãode liderança sofreu sério golpe com a eleiçãode Lula.

Como era de se esperar, a populaçãorural e os setores populares urbanos que votaram em Lula contavamcertos com a reforma agrária. Mas a resposta do governo foipífia e, até agora, não deu sinais de melhora,não só por causa das restriçõesorçamentárias, mas porque fica dia a dia mais claro quea política adotada é realizar assentamentos rurais semcontrariar o lobby do latifúndio e do agronegócio.

Em razão disso, o MST enfrentaatualmente um dilema: radicalizar a pressão pela reformaagrária ou moderá-la?

Se radicalizar, perderá o apoiode Lula e terá de enfrentar sozinho a violência dolatifúndio, correndo ainda o risco de que essa violência,não sendo contida pelo Estado, amedronte a populaçãorural, com graves conseqüências para o avanço daluta camponesa.

As ações mais recentes dolatifúndio dão a impressão de que a direitapercebeu o dilema do Movimento e decidiu pressionar o governo paraque este passe a impedir policialmente as ocupações.CPI da Terra; massacre de Felizburgo; assassinato da IrmãDorothy; eleição de Ronaldo Caiado para presidir aComissão de Agricultura da Câmara são sintomasdessa escalada.

7.No quadro político brasileiro,o MST não é apenas um movimento social que expressa umareivindicação “corporativa”(no sentido de demandade um segmento da população) . A importanciaestratégica da reforma agrária torna o movimento,automaticamente, uma força política diretamenteenvolvida na política. Além disso, o MST tem uma claraopção ideológica: trata-se de uma forçasocialista, ainda que somente seus quadros tenham feitoexplicitamente esta opção.

Por ser uma força política– e a única que ficou em posição de lutaaberta contra o sistema nestes últimos dez anos – o MSTadquiriu um grande poder convocatório e agregou em torno de sigrupos socialistas dentro e fora do PT.

A crise que se desenvolve no interiordo PT e que abrange todo o movimento socialista brasileiro cria umnovo dilema para a organização: continuar ligado ao PTou afastar-se dele?
 
Parcela significativa dos militantesmais aguerridos já abandonou o partido; outra parcelacolocou-se em dissidência aberta contra a direçãopartidária. Mais dia, menos dia, o PT será denunciadopelos dissidentes como uma força contrária aosinteresses do povo. Qual deverá ser a posição doMST diante dessa situação?

Uma estratégia possívelconsiste em manter-se alheio à disputa; utilizarpragmaticamente a legenda petista para eleger deputados saídosde suas fileiras ou simpáticos à sua luta; e realizarparalelamente um esforço discreto de expansão do seubraço político: a Consulta Popular.

Do ponto de vista de sua base rural, parece nãohaver dificuldade na execução desta estratégia,pois a popularidade de Lula entre os sem terra continua muito grande;mas, do ponto de vista da liderança que o Movimento tem naesquerda e da contribuição que pode fazer para o avançodo socialismo no país, não será fácilpoupar o PT e manter-se na vanguarda.

A posição oposta, deafastamento e denúncia do PT, implica rompimento com o governoe isolamento na disputa com o latifúndio.

A gravidade da constataçãodesse dilema é que não se vê sinais de que hajapossibilidades concretas de avanço da luta socialista emoutros setores da massa popular.

Nunca talvez em outro momento davida nacional foi tao importante – e tão difícil –cumprir as três tarefas do militante socialista, tal comoFlorestan Fernandes as formulou: “não se deixar cooptar; nãose deixar liquidar; conseguir vitórias para o povo”.

Marcha Nacional pela Reforma Agrária chega à Brasília

Há 13 dias na estrada, os marchantes chegaram hoje ao seu destino, a cidade de Brasília. Acampados próximos ao Zoológico, eles ainda caminharão amanhã mais 10 quilômetros até o estádio Mané Garrincha, onde ficam alojados. Neste final de semana, mais trabalhadores e trabalhadoras rurais, além de muitos apioadores do MST, se juntaram à mobilização.A Marcha começou cedo. Por volta de 6h30 as fileiras já estavam montadas. O teólogo Leonardo Boff, que ontem participou das atividades de formação do Movimento, carregou a faixa de abertura. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) se juntou ao grupo no final do percurso.Na metade do trajeto, os trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra da Paraíba, estado que conduziu a Marcha hoje, realizaram uma mística. Cerca de 30 pessoas se reuniram no canteiro que separa as faixas da rodovia para dançar quadrilha, dança típica da região nordeste.Durante a caminhada, muitos carros que passavam pela rodovia buzinaram e apoiaram a mobilização. Nos pontos de ônibus por onde a Marcha passava, a recepção também foi calorosa.Na chegada, a rádio Brasil em Movimento, que acompanhou toda a Marcha, animando e formando os Sem Terra, passou a ser ouvida em todo o município.

Noticia obtenida de www.mst.org.br

Declaración Final del IV Encuentro Hemisférico de Lucha contra el ALCA

A TODOS LOS PUEBLOS DE NUESTRA AMERICA

El primero de enero de este añoel mundo amaneció sin que la Organización Mundial deComercio (OMC) adquiriera nuevos poderes sobre el destino del planetay nuestro continente se despertó sin la calamidad de un Áreade Libre Comercio de las Américas (ALCA), como lo teníanplaneado y nos pretendían imponer las grandes corporacionestrasnacionales, el gobierno de Estados Unidos y sus gobiernossubordinados en la región. Quizás no se ha valorado losuficiente el significado de este traspie para los planes imperialesy el que se haya podido detener, al menos por ahora, estas verdaderasamenazas para todos los pueblos de América. Esto ha sidoposible por la emergencia en la región de gobiernos que sedistancian de la hegemonía norteamericana y, sobre todo,porque estos mismos se deben a la creciente resistencia y el impulsodel movimiento social que se extiende incontenible por toda AméricaLatina, frustrando los proyectos de los poderosos y poniendo en sulugar a quien, beneficiándose primero de él, le daluego la espalda. Después de años de lucha contra elproyecto del ALCA celebramos aquí, desde Cuba, TerritorioLibre de América, esta primera victoria.

 

Pero el imperio no duerme. La plaga delmal llamado "libre comercio" -esa divisa de laglobalización neoliberal que busca abrir a nuestros paísesal saqueo indiscriminado y les niega su derecho al desarrollo- seexpande por todas partes y en todas las formas que le es posible. Sibien en Cancún se descarrilaron las negociaciones de la OMC,las grandes potencias vienen trabajando para someter a sus reglas ysus intereses aspectos vitales para la humanidad como la agricultura,la biodiversidad y los servicios básicos para la educación,la salud y la seguridad social. El próximo mes de diciembre,la OMC tendrá una nueva cumbre en Hong Kong. Ahíintentarán sellar las negociaciones que excluyen y atentancontra los pueblos del mundo. No lo permitamos! Debemos salir aluchar nuevamente a escala global para frustrar esas negociaciones,pra impedir que la OMC adquiera más poderes, para detener laagenda corporativa. Además de acompañar desde elcontinente a quienes se movilizan en todo el mundo contra la OMC,estaremos luchando en Hong Kong como lo hicimos antes en Cancún.

 

Tampoco podemos decir todavíaque la victoria sobre el ALCA es definitiva. Las negociaciones delALCA pueden estar entrampadas, congeladas, pero el ALCA no ha muerto.Estados Unidos puede intentar revivir ese "cadaver" encualquier momento, especialmente si no consigue avanzar sus interesestodo lo que desea en los escenarios globales o bilaterales. Pero aunsi lo consiguiese, Estados Unidos no renunciará tan facilmentea su objetivo estratégico de colocar las piezas delrompecabezas de su dominación en el marco de una sola áreahemisférica bajo su hegemonía. Debemos mantenernosvigilantes y movilizados continentalmente contra El ALCA, y exigir alos gobiernos que se precian de ser dignos e independientes el noceder a las presiones norteamericanas y no poner en juego, asísea con mediaciones, el futuro y el derecho al desarrollo de nuestrasnaciones.

 

Pero el escenario más grave queenfrentamos se encuentra actualmente en CentroAmérica, elCaribe y la región andina. Al ver frustrado el proyectooriginal del ALCA, Estados Unidos giró inmediatamente suestrategia para avanzar por la vía de los hechos en tratadosbilaterales o subregionales de libre comercio. La tesis es que si lamayor parte del continente está bajo tratados de librecomercio con Estados Unidos, el advenimiento del ALCA serásólo un trámite, o los países que se resistanqueden aislados. Así, Estados Unidos se ha dedicado apresionar a los países centroamericanos y a RepúblicaDominicana en el Caribe, así como a los países andinos,para que se sometan a tratados de libre comercio leoninos, injustos,expoliadores, que los subordine definitivamente a los intereses delas grandes corporaciones norteamericanas y cancele para siempre susposibilidades de desarrollo independiente. Centroamérica yRepública Dominicana representan el paso siguiente aconsolidar por parte del imperio. Falta la ratificación deCosta Rica, Nicaragua, RepúblicaDominicana y El propioCongreso de Estados Unidos. Ahí, en Centroamérica y laregión andina está hoy el principal campo de batallacontra los planes de dominación del imperio. Si logran pasarestos tratados de libre comercio, el ALCA estará máscerca de hacerse realidad. No lo podemos permitir! Los pueblos deCentroamérica y la región andina estánresistiendo, movilizándose, librando duras batallas y haciendonuevos sacrificios para detener esta amenaza. Así estásiendo en Guatemala, donde la represión ha vuelto a aparecercobrando la primera víctima mortal en nuestra lucha contra ellibre saqueo por parte del imperio. Desde aquí rendimoshomenaje al compañero Juan López, hermano guatemaltecoasesinado por el terrible crimen de luchar por la soberanía desu país (pedimos un minuto de silencio en su memoria) (pedimosahora un minuto de aplausos a su lucha).

 

Todos los pueblos de Américadebemos unirnos para apoyar la resistencia de nuestros hermanos yhermanas de Centroamérica y la región andina contra lostratados de libre saqueo! Esta es hoy nuestra prioridad en estalucha!

 

Y los tratados de libre comercio no sonlas únicas amenazas que seguimos enfrentando. Todos los días,sin esperar a los tratados, las trasnacionales y sus "socioslocales" trabajan para privatizar lo que todavía no hanterminado de adueñarse. Ahora van sobre la energía, laeducación, la salud y la seguridad social, la biodiversidad,el agua, la privatización de la vida. Y junto a los intentosprivatizadores, sigue pendiendo sobre nuestros países el pesoy el chantaje de la deuda, cuando la hemos pagado tantas veces quemás que deudores somos acreedores y nuestras naciones deberíanser compensadas. Lo más ominoso, sin embargo, es que paraempujar esa agenda, para imponer sus planes, Estados Unidos es cadavez más intervencionista, más colonialista, másbelicista y, bajo el mando –ratificado desafortunadamente para elmundo– de George Bush, busca imponer ahora la visión deseguridad del imperio como si fuese la seguridad de todo el mundo,pretendiendo subordinar a los países del hemisferio a su mandotambién en este terreno, además de promover y apoyar lamilitarización de regiones enteras. No partimos, sin embargo,de cero en la resistencia a todas estas amenazas y calamidades. Enlas diferentes regiones del continente se libran cada vez másluchas, muchas veces con éxito, contra la privatizacióny entrega de la energía, del agua, de la educación, dela salud; crece la oposición al pago de la deuda y laresistencia a la militarización; se lucha contra el perversomodelo de "libre comercio", por la tierra y la soberaníaalimentaria; cada vez en más países nuestros pueblos,por su voluntad, ponen y deponen gobiernos. Bajo este impulso, porprimera vez en muchos años, el surgimiento de gobiernoslatinaomericanos no serviles a Washington está contradiciendoy complicando sus proyectos colonialistas. Se perfila cada vez másla idea de una integración distinta, de bloques del sur depaíses en desarrollo para encarar juntos el poderío ylas ambiciones desmedidas del norte. Por supuesto, no basta con otraintegración, la del sur con el sur, sino que es indispensableque ésta esté basada en un modelo radicalmente distintode desarrollo e intercambio, para que realmente redunde en beneficiode nuestros pueblos y naciones.

 

Y precisamente el nivel y la unidad quehan alcanzado las luchas de nuestros pueblos nos permite y nos exige,sin abandonar las luchas de resistencia, pasar cada vez más aproponer y construir desde abajo una visión propia deintegración y desarrollo, alternativa al neoliberalismo y el"libre comercio", que ponga por delante lacomplementariedad de las naciones antes que la competencia; que pongapor delante los derechos humanos, sociales, ambientales y de género;que parta de reconocer las desigualdades y asimetrías; quereconozca el derecho de las naciones a proteger y desarrollar susrecursos estratégicos y naturales, las áreas vitalespara su sobreviviencia; que haga posible, en fin, otra Américamás justa, libre y verdaderamente democrática.

 

El nivel y la unidad que han alcanzadonuestras luchas a escala hemisférica nos exige dar un paso másen los procesos de articulación y en nuestra agenda. Por todoesto es que desde aquí, desde esta ciudad de La Habana,convocamos a la Tercera Cumbre de los Pueblos de América, arealizarse en noviembre en Mar del Plata, Argentina. Ahí, losdías 4 y 5, estará reunida la IV Cumbre de lasAméricas, a la que asistirán los 34 presidentes de lospaíses miembros de la OEA –de la que está excluídahonrosamente Cuba–, incluyendo al conocido terrorista George. W.Bush. Más allá de la simulación de buenasintenciones y de la retórica oficial de la Cumbre de lasAméricas, convocamos a nuestros pueblos a encontrarse en supropia cumbre, para enterrar de una vez por todas al ALCA, para decirya basta de tratados de libre comercio y de privatizaciones, parahacer oir su voz y sus reivindicaciones, para pasar a un nivelsuperior de unidad en la lucha.

 

Convocamos a encontrarnos tambiénen el Foro Social Mundial que tendrá lugar en Caracas,Venezuela, primera línea de la dignidad y la resistencia a losplanes imperiales, en enero del año entrante, para avanzar enla construcción de nuestra agenda y alternativas al modeloneoliberal.

 

Hermanas y hermanos de toda América,

 

Con enormes esfuerzos y grandessacrificios, estamos avanzando. No es la hora de desmayar, sino deredoblar nuestra organización y nuestras luchas. Convocamos amovilizarnos:

 

* Contra los TLC de Centroaméricay la región andina

 

* Contra la OMC

 

* por enterrar definitivamente El ALCA

 

* contra las privatizaciones, la deuday la militarización

 

* por una alternativa desde los pueblosa la globalización neoliberal.

 

Convocamos a encontrarnos en la IIICumbre de los Pueblos de América en Mar del Plata en noviembrede este año y en El Foro Social Mundial de Caracas en enerodel año entrante.

 

Seguros de que por este camino iremos,

 

Hasta la victoria siempre!

 

Otra América es posible

 

LA HABANA, 30 DE ABRIL DEL 2005

17 de abril. Dia de la lucha campesina

El 17 de abril de 1996 la Policía Militar del Pará recibió ordenes para desalojar a cualquier precio la carretera que habían ocupado 1.800 trabajadores del campo que marchaban para reivindicar expropiaciones de tierras en el sur del estado. La policía salió preparada de su cuartel sin identificación en el uniforme. Sin registro de armas y munición. Eran órdenes superiores. 19 muertos. 46 heridos. La policía militar cumplía órdenes expresas del gobernador del estado, Almir Gabriel, del Partido de la Socialdemocracia Brasileña al que pertenecía el anterior presidente de Brasil, Fernando Henrique Cardoso.

Vía Campesina Internacional, declaró entonces el día 17 de abril, Día Internacional de Lucha Campesina. Todos los años, en un número creciente de países, las organizaciones campesinas realizan luchas y movilizaciones, en la lucha por la reforma agraria y en la defensa de sus derechos.

Este año 2005, la mayor movilización se realizó en el lugar donde ocurrieron hace ya nueve años los asesinatos, en Eldorado dos Carajás, donde se juntaron casi 5000 campesinas y campesinos de todo el estado de Pará. Actos semejantes se dieron a lo largo de todo Brasil. A lo largo de todo el mundo se han repetido estas protestas y manifestaciones de apoyo a la lucha campesina. Desde la India hasta el mismo Washington. En el estado español, en  Barcelona, Euskadi, Córdoba, Madrid, Asturias y Galicia los comités de apoyo al MST han realizado diversos actos para conmemorar este día y también para mostrar el apoyo a la marcha que el MST realiza desde el 1 de mayo y que llegará hasta Brasilia. 

Marcha por la Reforma Agraria (Artículo Diagonal)

El MST camina otros 300 kilómetros por la reforma agraria y por un cambio en la política económica

Desde el pasado 1º de mayo que partieron de Goiana y haciendo una media de 20 kilómetros diarios la impresionante columna de casi 11.000 campesinas y campesinos venidos de 23 Estados de Brasil caminan para llamar la atención de la sociedad brasileña sobre la grave situación de pobreza y desigualdad en el campo y para exigir al presidente Luiz Inacio Lula da Silva la aceleración de la reforma agraria y cambios en su política económica.

En el circuito de Anápolis, en uno de los múltiples actos que plagan la marcha, frente a casi 12.000 personas Joao Pedro Stédile, coordinador del MST, reclamó al gobierno de Lula que abandone la "línea conservadora" que lleva a cabo y que de una vez cumpla lo prometido respecto a la Reforma Agraria.

Así las mujeres, hombres, y niños (entre los que se encuentra Luis Beltrane, de 97 años) convocados por el MST, y las agrupaciones Vía Campesina y Grito de los Excluidos, van recorriendo los más de 300 kilómetros que separan la capital del estado de Goias y Brasilia por las carreteras brasileñas escuchando en directo los programas de Voces da Terra, la radio que se realiza en directo desde la marcha.

Llevan a sus espaldas todo lo que necesitan, tiendas para dormir, víveres, y hasta sus propias cocinas, queriendo con esta marcha hacer frente a la presión que el gobierno recibe día a día por parte de grupos como la burguesía del campo, pero también organismos internacionales como el Banco Mundial y el Fondo Monetario Internacional. Stédile, recordó que "mientras esta política neoliberal continua, cientos de miles de familias sin tierra viven en condiciones muy precarias, con problemas para alimentarse y acceder a servicios básicos, como la educación".

A la vez que reclaman este acceso a la educación, el MST ha sabido construir una alternativa, y son capaces de ofrecer clases a las niñas y niños que están participando en la marcha, para que no pierdan el ritmo de sus compañeras que se han quedado en los asentamentos y ocupaciones. Pero el MST reclama una reforma agraria integral, que incluya la cuestión de la
tierra, políticas para incentivar la producción, asistencia técnica, el fomento de las comunidades locales y del campo y otros aspectos como el mencionado acceso a la educación.

El coordinador del MST recordó también al gobierno Lula que "hicimos un acuerdo en noviembre de 2003, en el cual se comprometió a asentar 430.000 familias en sus tres años de mandato que todavía le restaban". Ha pasado casi un año y medio, y las cifras no le cuadran al gobierno Lula: hasta ahora ha asentado a menos de 60.000 familias. Faltan veinte meses de mandato y 370.000 familias a ser asentadas.

Pero las campesinas y campesinos que participan de la marcha saben que la reforma agraria no es suficiente para transformar el Brasil y reclaman un cambio en la política económica que en la actualidad está en manos de "los mismos pajarracos del Ministerio de Hacienda y del Banco central que manejaban el país hace ocho años, en el gobierno de Fernando Enrique
Cardoso". Así reclaman que los 60 billones de reales del superávit primario que el gobierno Lula se jacta de haber creado "para aplicarlos en inversiones que garanticen empleo para todos". Emplearlos en educación, en la universidad, en incrementar el salario mínimo, que se dejen de pagar las enormes deudas que ya se han pagado con infinitos intereses.

Por todas estas razones, más de diez mil personas están caminando, descalzas muchas de ellas, por las carreteras brasileñas, para acercar a Lula a esa tierra que pisan, a esa tierra por la que luchan, a esa tierra por la que en muchas ocasiones mueren.

Información diaria de la marcha en:
http://www.mst.org.br/informativos/especiais/marcha/home.htm

MST Informa nº 89 Edición Especial

Lunes, 02 de mayo de 2005

Lo que es necesario hacer para cambiar la vida del pueblo brasileño

Queridos amigos y amigas del MST,
El 2 de mayo, 12 mil trabajadores y trabajadoras dejaron la ciudad de Goiania rumbo a Brasilia para, reunidos, caminar, protestar y llamar la atención de la sociedad brasileña sobre la grave situación de pobreza y desigualdad en el campo. Llegados de 23 estados, estos hombres, mujeres y niños recorrerán a pié, durante 17 días, los 200 kilómetros que separan las dos ciudades. Entre ellos, el señor Luís Beltrane, de 97 años, que realiza su 3ª marcha a la capital federal. Será un sacrificio colectivo, poniendo el propio cuerpo como herramienta de lucha en busca de una vida digna para los brasileños.

Representan a las más de 200 mil familias acampadas y 350 mil asentadas en Brasil. Representan a los desempleados, a los pequeños agricultores, a las mujeres campesinas, a la juventud, a los estudiantes, a los profesores, a los indígenas, a los movimientos sociales y a todos aquellos que claman por transformaciones y exigen cambios concretos para mejorar la vida del pueblo brasileño. Es la Marcha Nacional por la Reforma Agraria, fruto de la solidaridad nacional e internacional.

Todos los días se comenzará a caminar a las 5h00. Durante la mañana, antes de que el sol caliente, nuestros compañeros y compañeras caminarán casi 20 kilómetros. En la mochila cargarán libros y cartillas para estudiar por la tarde. Dentro de sí, cada marchante carga los valores de la generosidad y de la voluntad de llegar.

Por la noche la marcha deja paso a las actividades culturales que elevarán el nivel de conciencia de nuestro pueblo.

Vamos a Brasilia a exigir la Reforma Agraria, cambios en la política económica y a denunciar la esclavitud del trabajador y de la trabajadora rural producida por el agro-negocio.

En noviembre de 2003 llegamos a un acuerdo con el gobierno, que se comprometió a asentar a 400 mil familias en tres años de mandato. Casi un año y medio después, menos de 60 mil familias han sido asentadas y el presupuesto para la Reforma Agraria sufrió un recorte de dos mil millones de reales. El dinero fue destinado al superávit primario, para pagar los intereses de las deudas externa, interna y a los bancos.

Presentamos a continuación el documento con propuestas políticas que se entregará a los tres poderes cuando la Marcha llegue a Brasilia el día 17 de mayo.

Esperamos contar con la participación, el apoyo y la solidaridad de todos y todas.

Un fuerte abrazo,

Secretaría Nacional del MST.

Lo que es necesario hacer para cambiar la vida del pueblo brasileño

Propuestas de los movimientos sociales al Gobierno Lula

– En el medio rural, en la agricultura campesina y en la Reforma Agraria

1- Cumplir la meta de asentar a 430 mil familias sin tierra, hasta el final del mandato, de acuerdo con lo prometido en el Plan Nacional de Reforma Agraria.

2- Implementar un programa de instalación de agroindustrias en los asentamientos y un nuevo crédito especial para la Reforma Agraria.

3 – Defender la Amazonia y la biodiversidad brasileña contra los intereses transnacionales e impedir el proceso de privatización del agua.

4 – Garantizar el principio de precaución impidiendo la liberación del plantío comercial de cualquier semilla transgénica antes de tener la investigación completa sobre sus consecuencias para el medio ambiente y la salud de las personas.

5 – Punir de forma ejemplar a todos los hacendados responsables de violencia contra los trabajadores. Pasar a la justicia federal el juicio de los casos de asesinato. Aprobar inmediatamente la ley de expropiación de las haciendas con trabajo esclavo.

6 – Demarcar inmediatamente todas las áreas indígenas, según determina la Constitución, así como apoyar y valorar la cultura de los pueblos indígenas. Legalizar todas las tierras quilombolas (tierras cultivadas durante generaciones por quienes fueran esclavos y sus descendientes).

– En la política económica

7 – Aplicar los 60 mil millones de reales del superávit primario anual, que es dinero del pueblo recogido mediante impuestos, en inversiones que generen empleo para todos. Aplicarlo en vivienda popular, salud pública y en EDUCACIÓN gratuita para todos los jóvenes. Implementar el programa para erradicar el analfabetismo de nuestra sociedad.

8 – Bajar los tipos de interés real (SELIC) hasta el mismo nivel usado en los Estados Unidos y en los países vecinos como Venezuela y Argentina; o sea, el 2,5% anual, y no el 19,25% cobrado actualmente, que únicamente consiguen los bancos.

9 – Doblar el valor real del salario mínimo y el valor de la jubilación hasta 454 reales mensuales en mayo de 2005 y hasta 566 reales en mayo de 2006, con el objetivo de distribuir renta y mejorar las condiciones de vida de los más pobres. Honrando también, de esta manera, el compromiso asumido por el gobierno de doblar el poder de compra del salario durante su mandato.

10 – Recuperar el control gubernamental y público sobre el Banco Central y sobre la política monetaria. Impedir la autonomía del órgano, como quieren la banca y el FMI.

11 – No firmar el acuerdo del ALCA. No aceptar reglas de la OMC que afecten profundamente toda la economía brasileña. Mantener tan sólo acuerdos comerciales que puedan beneficiar al pueblo.

12 – Realizar una Auditoria Pública de la deuda externa, como determina la Constitución Federal, y renegociar su valor, puesto que el coste de la deuda ya ha sido varias veces. A partir de ahí, redireccionar estos recursos hacia la educación, de acuerdo con la propuesta de la CNTE (Confederación Nacional de los Trabajadores de la Educación). Renegociar la deuda pública interna, alargando los plazos para su pago sin perjudicar el presupuesto de la Unión.

– En la política en general

13 – Movilizar a los parlamentarios del Congreso Nacional para aprobar la reglamentación del Plebiscito Popular, proyecto de ley (nº 4718/2004) presentado por la OAB (Orden de los Abogados de Brasil) y CNBB (Conferencia Nacional de los Obispos de Brasil) con el objetivo de que el pueblo pueda decidir sobre las cuestiones fundamentales que le atañen.

14- Democratizar el uso de los medios de comunicación masivos del país. Revisar las concesiones políticas y autorizar el uso de las radios y televisiones comunitarias.

15- Condenar en todos los organismos internacionales la política de guerra y de violación de derechos humanos del gobierno Bush, exigiendo la retirada de las tropas estadounidenses de Irak. Retirar inmediatamente las tropas brasileñas de Haití.
16- Promover un verdadero debate nacional en el que, junto a la sociedad, se defina un proyecto de desarrollo para todo Brasil que garantice la soberanía nacional y defina como prioridad la garantía de trabajo para todos y todas, el combate a la desigualdad social y una verdadera democracia política.