Finaliza la Marcha por la Reforma Agraria

Síntese do que saiu na grande imprensa sobre o final da Marcha dos Sem Terra a Brasília.
 
"O governo federal acertou os ponteiros com o MST e a Marcha Nacional Pela Reforma Agrária terminou da mesma forma que começou: em paz. Não há quase menção nos jornais de hoje ao desentendimento ocorrido, na segunda-feira, entre marchantes e policiais militares. Na visão da imprensa, o MST atingiu os principais objetivos da Marcha. Depois de longa reunião com representantes do Movimento na madrugada de ontem, com interferência pessoal do presidente Lula, o Planalto anunciou um pacote de medidas que teria agradado aos sem-terra. O acordo prevê o assentamento de 400 mil famílias até 2006; o desbloqueio de parte do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário; a atualização do índice de produtividade; novas contratações no Incra; a entrega de cestas básicas para cada família de
sem-terra; e a ampliação e aumento das linhas de crédito para assentados. 

Como alguns dos pontos acordados entre as duas partes esbarram nos ministério da Fazenda e do Planejamento, as lideranças do MST teriam pedido ao ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) garantias do governo no cumprimento das promessas. O ministro assegurou o cumprimento dos acordos, mesmo salientando as _limitações orçamentárias_. Em suma, tem-se a promessa, e não a garantia. A Folha corrobora com essa teoria ao resgatar antigos acordos do governo com o MST que não foram cumpridos integralmente.

Gilmar Mauro, coordenador nacional, diz que o Movimento _voltará (à Brasília) para cobrar_ o governo, caso as promessas não sejam cumpridas, informa o Correio Braziliense. De qualquer maneira, o MST comemorou bastante o acordo que prevê a mudança no índice de produtividade de imóveis rurais, destacam Estadão e Correio Braziliense. Apesar disso, o ministro Roberto Rodrigues(Agricultura) volta à cena e afirma desconhecer qualquer tipo de acerto em torno do tema.  

A luta continua _ Apesar de demonstrar satisfação com os avanços conquistados durante a Marcha, o MST não pretende abrir mão de um dos principais instrumentos de pressão: a ocupação de terra. Gilmar Mauro, da direção do MST, reafirma a autonomia do Movimento em relação ao governo federal e garante que o MST irá _continuar lutando contra o poder econômico e o latifúndio_, relata o Estadão. A edição de ontem do Correio Braziliense já havia destacado o pedido de João Pedro Stédile, coordenador do MST, para que os sem-terra tomassem consciência da importância de se realizarem ocupações de terra na luta pela reforma agrária. Seguindo essa perspectiva, os jornais atentam hoje para a ocupação da fazenda São Bento (BA), realizada por cerca de 550 famílias do MST.
 
MST e Democracia
Demétrio Magnoli (Folha) define o MST como um Movimento apoiado nas tradições do _Cristiano original_ e do _comunismo extirpado da cidade_, ressaltando para a luta da entidade contra o capitalismo e em favor da reforma agrária. O colunista enaltece o papel _crucial (do MST) para a estabilidade de nossa democracia incompleta_ e comenta a _implacável malevolência de quase toda a imprensa_ na cobertura do noticiário do MST. 

Despedida
Com o fim da Marcha, os sem-terra desarmaram as barracas para voltar a seus Estados. Mas antes aconteceu a despedida. O Correio Braziliense relata o depoimento de sem-terra que fizeram amizades durante a caminhada rumo à Brasília. O adeus foi marcado de baixo de muita emoção. 

Goiás
O governo terá que se empenhar para melhorar a média de assentamentos no Distrito Federal e nos municípios do entorno e do Estado de Goiás. O Correio Brzaziliense informa que apenas 2,2 mil famílias foram assentadas nessas regiões durante os dois primeiros anos do governo do presidente Lula. O MST afirma que nenhuma família foi assentada nesse período. O Incra pretende assentar 4,8 mil famílias só nesse ano.

Todas estas noticias han sido extraídas de diferentes medios brasileños