Archivo de la etiqueta: Artículos

[Radioagéncia NP en Español] Notícias do Brasil:

#Premiar a los agentes de la masacre de Carajás es irresponsabilidad, dice MST

#Incra decreta la retirada de la transnacional Monsanto de asentamiento en Mato Grosso       

#MST atribuye victoria política contra represión al apoyo social

#Premiar a los agentes de la masacre de Carajás es irresponsabilidad, dice MST
Los soldados que participaron de la masacre de Eldorado de Carajás, en abril de 1996, fueron promovidos a cabo por el gobierno estadual. La gobernadora Ana Júlia Carepa (del Partido de los Trabajadores) sancionó el viernes, día 26, una ley estadual que permite la promoción de policías militares que responden a procesos judiciales. La medida fue aprobada por unanimidad en la Asamblea Legislativa. Según la asesoría del gobierno, la ley pretende “corregir una desigualdad”. Lea más: http://www.radioagencianp.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=5578&Itemid=39

 

#Incra decreta la retirada de la transnacional Monsanto de asentamiento en Mato Grosso       
La empresa transnacional estadounidense Monsanto deberá retirarse de un área equivalente a veintiséis campos de fútbol, ubicada dentro del asentamiento de reforma agraria en la ciudad de Campo Verde, en Mato Grosso, región centro oeste brasileña. La decisión fue tomada por el Instituto Nacional de Colonización y Reforma Agraria (Incra). El área fue adquirida de modo ilegal por la empresa y era utilizada para la realización de experimentos con transgénicos. El Ministerio Público y la Policía Federal deben garantizar el cumplimiento de la decisión. Lea más: http://www.radioagencianp.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=5575&Itemid=39

 

#MST atribuye victoria política contra represión al apoyo social
El Ministerio Público (MP) del estado de Río Grande do Sul, en la región sur brasileña, elaboró, en diciembre del último año, un informe que exigía la disolución del Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST). El documento suponía una serie de acciones de represión por parte de la Brigada Militar, como el cierre de escuelas en los asentamientos y desalojo de trabajadores asentados. Pero, en nota divulgada a la prensa, el movimiento cree que revertió tal cuadro. Lea más: http://www.radioagencianp.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=5530&Itemid=39

Entrevista João Pedro Stédile en Jornal dos Economistas. Agosto 2008

Quem tem medo de Stedile ?

Jornal dos Economistas.  Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro, agosto de 2008.

http://www.corecon-rj.org.br/pdf/je_agosto_2008.pdf

Entrevista – João Pedro Stédile (*)

 

P: Por favor, esclareça a natureza da ação do Ministério Público do Rio Grande Sul contra o MST.

 

João Pedro Stedile: Depois da eleição do governo conservador da Yeda crusius, um grupo de promotores direitistas do MPE, comprometidos ideologicamente com as forças mais reacionárias do estado, passou a se reunir para articular diversas ações judiciais que visavam criminalizar os movimentos sociais no campo, em especial o MST e os demais movimentos da via campesina. Chegaram a fazer uma ata de uma dessas reuniões aonde combinavam que a melhor forma de destruir o MST seria abrir processos, que: impedissem a continuidade de acampamentos, pois eles seriam a nossa força organizada e mobilizável; impedissem que se realizassem marchas pelas estradas e a forma seria impedir que as famílias levassem crianças juntos, aí ficaria mais fácil a policia reprimir; tentassem fechar as três escolas que o MST mantém de formação técnica e que funcionam em convênio com escolas publicas legalizadas; cadastrassem todas as famílias já assentadas, para medir seu grau de produtividade; e instalassem processos criminais contra as principais lideranças.

A reunião se realizou, pasmem, dia 10 de dezembro de 2007, dia dos Direitos Humanos, e durante todo o ano de 2008, foram executadas várias ações judiciais a pedido desses promotores contra o MST, que resultaram em despejos ilegais de acampamentos e perseguições. E inclusive, num dos despejos realizado em março de 2007, houve prática massiva de tortura contra as mulheres acampadas, por parte da Brigada Militar.  Os fatos foram denunciados por uma promotora pública, que instaurou processos contra os comandantes da Brigada. O processo foi arquivado e a promotora, diante de ameaças de morte por telefone, teve que passar todo ano, até poucos dias, “estudando” na Espanha, a conselho de seus superiores.

Nós, na época, não entendíamos tanta perseguição, com tantos processos. Agora, passamos a compreender as verdadeiras motivações.

Essa articulação foi tão sórdida, que eles colocaram que a ata deveria se manter em sigilo de justiça. Mas um deles, por desatenção, incluiu a ata, num dos processos que tentou incriminar nossas lideranças. Com isso, o caso veio a publico, e aí se desvendou o mistério. O procurador geral do Ministério Público do estado teve que denunciar que não era a posição oficial do MPE, e que se tratava apenas de uma iniciativa isolada de alguns promotores. E como desagravo ao MST, eles promoveram inclusive uma visita pública de alguns procuradores e parlamentares a um assentamento e acampamento do MST.

Por outro lado, essa articulação dos promotores servia de base para que a Brigada Militar aumentasse sua sanha repressiva, que estava combinada com a nomeação do coronel Mendes, como comandante geral, um homem claramente identificado com as idéias fascistas, que está partidarizando a atuação da corporação. E  transformou a polícia militar num cão de guarda dos interesses das empresas transnacionais no Rio Grande do Sul. Qualquer manifestação pública, qualquer ocupação de terra, greve ou passeata de estudantes ou professores, é “exemplarmente” reprimida com uma violência descomunal, que já levou diversos companheiros à UTI e à prisão.

 

P: Como o senhor avalia esta ação? Que interesses estão por trás deste esforço do MP gaúcho?

 

R: Nossa avaliação é de que está havendo uma mudança no poder político no Estado do Rio Grande do Sul. Em anos da ditadura, o poder político da velha Arena-PP se baseava na pequena agricultura e na Igreja Católica conservadora. Depois, com a redemocratização, o PMDB teve sua base social no pequeno empresariado e na agricultura moderna. Mais tarde, o PT ganhou força baseado nos trabalhadores da cidade e do campo. E nos últimos, a economia gaúcha foi transferida para poucos e grandes grupos econômicos vinculados ao capital internacional. Na indústria, houve uma quebradeira das pequenas e médias indústrias, de consumo de massa, como calçados, vestuário, material esportivo e móveis. E predominou a grande siderúrgica, que é um monopólio do Gerdau. E as fábricas de máquinas agrícolas, todas elas vinculadas ao capital estrangeiro, mais a General Motors com sua fábrica. Na área de fertilizantes, que havia tradição no estado, tudo foi desnacionalizado, e hoje apenas três empresas transnacionais controlam todo o processo. E na agricultura, a Monsanto, a Nestlé e as papeleiras Stora Enso, Votorantim e Aracruz, tomaram conta.

O governo Yeda Crusius representa esses interesses econômicos das empresas transnacionais. Mas ela não tem nem partido, nem base social.   Então, para se eleger, se apoiou em esquemas corruptos, que envolveram o Detran, o Banrisul e as empresas, para levantar milhões e conseguir ganhar as eleições, como está documentado numa CPI e num inquérito da Policia Federal. E se mantém graças ao monopólio da mídia, representado pelo grupo RBS/Rede Globo.

Diante desse cenário, os grupos sociais que se mobilizaram continuando suas lutas foram a Federação dos Metalúrgicos, os professores e os movimentos da via campesina. Então, o governo Yeda voltou sua máquina dos promotores direitistas do Ministério Público e a Brigada Militar para reprimir esses movimentos e derrotá-los. Felizmente, a opinião pública gaúcha está recebendo as informações através de rádios comunitárias e de outras formas, e se deu conta de toda essa porcalhada que representa o governo Yeda Crusius.

Mas como estamos em descenso do movimento de massas, em geral, e com os partidos da esquerda eleitoral, como o PT e o PSOL, mais preocupados com as eleições municipais, não foi possível realizar um grande movimento de massas, que conseguisse o necessário impeachment da governadora.


P: Que providências o MST tomou ou vai tomar para se contrapor à ação?

 

R: Bem, nós estamos atuando em várias frentes. A prioridade número um é denunciar a repressão da Brigada Militar, e impedir esse processo permanente de criminalização dos movimentos sociais do estado.

Em relação ao Ministério Publico Estadual, já conseguimos barrar a ação daquele pequeno grupo de não mais do que cinco, que se articulou por motivação ideológica. Basta dizer que um deles, ao se expor na imprensa, disse que o MST, além de estar vinculado às FARC, deveria pedir socorro ao seu chefe maior, que seria o presidente Lula.

O mais oneroso, e que gasta mais energia, é que estão em curso ainda diversos processos, nos quais nossos advogados precisam atuar, embora tenhamos contado com a solidariedade de todas as entidades e da opinião pública nacional. Para que os leitores tenham uma idéia, o MPE recebeu 911 mensagens com críticas de entidades do Brasil e do exterior.

Agora, o mais grave é o processo que outra promotora pública federal se achou no direito de abrir, que enquadra oito companheiros militantes do MST na Lei de Segurança Nacional, na comarca federal do município de Carazinho. É um absurdo tentar impedir a luta pela reforma agrária enquadrando numa lei famigerada da ditadura militar. E o processo está correndo em segredo de justiça, bem aos moldes da ditadura. Nossos companheiros já foram ouvidos. Nós arrolamos 80 testemunhas para provar que a luta pela reforma agrária é um direito. Arrolamos até o Presidente da República e muitas autoridades para eles dizerem o que pensam ao juiz. E estamos contando com a solidariedade do grande jurista Nilo Batista, aí do Rio de Janeiro, que está nos defendendo como advogado neste processo.


P: Como o senhor analisa a política agrária destes cinco anos e meio de governo Lula. Onde houve avanços e retrocessos? Como é o balanço de deste governo em relação aos governos anteriores?

 

R: O governo Lula fez uma clara opção pelo agronegócio. Isso ficou evidente quando ele nomeou o Roberto Rodriguez para ministro da agricultura, mesmo tendo ele feito campanha para José Serra. Ele seria o ministro da agricultura do Serra. E agora nomeou o Stephanes, velho militante da Arena. O governo caiu na ilusão de que aumentar as exportações agrícolas do agronegócio seria benéfico ao país. Ora, nosso país passou 400 anos no modelo agro-exportador, e só produziu pobreza e desigualdade social.

Exportação de matérias primas não desenvolveu nenhum país do mundo. Ao contrario, é justamente o mecanismo que o grande capital internacional usa para espoliar nossas riquezas naturais. Basta lembrar apenas um dado: a Embraer, nossa indústria de ponta, exporta ao redor de 5 bilhões de dólares por ano. Isso é um valor superior a todas as exportações anuais de carne bovina e derivados, resultantes da exploração de 240 milhões de hectares e de um rebanho de 250 milhões de cabeças de gado!

Por tanto, o balanço é negativo para os trabalhadores rurais, porque o que avançou foi um novo modelo de produção agrícola, que é o agronegócio. O agronegócio é a aliança entre os grandes fazendeiros, capitalistas brasileiros, com as empresas transnacionais do agro, que controlam os insumos agrícolas, o mercado e os preços. E fica para os brasileiros o passivo ambiental, a super-exploração de nossa mão-de-obra e uma parte da mais valia gerada na agricultura. Mas o volume maior fica com as empresas transnacionais.

 

 

P: Que mudanças importantes aconteceram neste período que apontem para um novo modelo agrário e agrícola?

 

R: Como disse, não houve mudanças estruturais. Ao contrário, o modelo do agronegócio se fortaleceu. Para os camponeses e os pobres do campo, o governo atendeu com medidas de compensação social. Essas medidas foram basicamente levar luz elétrica para todos no campo, o atendimento da bolsa família para os mais pobres, e o aumento do volume de recursos do credito do Pronaf para os camponeses que já estão integrados no mercado, que são apenas 25% do total das quatro milhões de famílias. Também foram positivos outros dois programas governamentais, embora restritos. O Pronera, que aumentou a possibilidade de filhos de camponeses entrarem na universidade, e o programa de compra de alimentos pela Conab, embora com poucos recursos.

Mas, repito, nenhum desses programas, embora positivos, afetam a estrutura da propriedade da terra e da produção. Elas continuaram se concentrando cada vez mais, tanto a propriedade da terra, como o controle da produção pelas empresas transnacionais.

 

P: Há espaço e condições para que o grande agronegócio e a agricultura familiar prosperarem simultaneamente no Brasil?

 

R: Primeiro é preciso entender que o agronegócio é um modelo de organização da produção agrícola que representa a aliança entre os fazendeiros e as empresas transnacionais. E, portanto, como modelo de produção é incompatível com a reforma agrária e a agricultura familiar.

No entanto, nós poderemos ter uma política agrícola e agrária que priorize a reforma agrária e a organização da produção de alimentos baseados na agricultura familiar, e ter ao mesmo tempo médias e grandes propriedades rurais produzindo para o mercado interno. Mas ter médias e grandes propriedades não significa adotar o modelo atual do agronegócio, que prioriza a monocultura, a associação com as empresas estrangeiras e as exportações.

 

P: O governo Lula trabalhou intensamente para que houvesse acordo em Doha. Caso aprovado, quais seriam os impactos para a agricultura e para um projeto nacional de desenvolvimento?

 

R: Felizmente o Brasil foi derrotado, porque a proposta brasileira se resumia a abrir mais ainda o mercado brasileiro para as indústrias européias. E em troca, poderíamos aumentar as exportações de matérias primas agrícolas para a Europa. Ou seja, a proposta seria a recolonização de nossa economia. Não sei como nossa burguesia industrial é tão burra, que não reagiu. Na verdade, é porque ela já está totalmente associada ao capital estrangeiro.

E infelizmente, a política externa do governo Lula saiu chamuscada, porque se sabe que os governos da Índia, China, África do Sul, Argentina e de todo terceiro mundo saíram putos da cara com a nossa política. Ou seja, o seu Celso Amorim perdeu feio. Saiu isolado, puxando o saco dos interesses do norte. Isso é o que nos dizem nossos parceiros dos movimentos da via campesina internacional, que acompanharam as negociações.

 

P: O Presidente Lula está comprometido com o desenvolvimento da produção de etanol e age para abrir mercados para este produto no exterior. Este esforço é positivo para o Brasil? Como o senhor avalia
os investimentos de grupos internacionais na produção de etanol no Brasil?

 

R: A Via campesina é a favor da produção da agro-combustíveis como uma forma de ir amenizando os problemas da poluição do petróleo e de seu alto preço. No entanto, defendemos a política da soberania energética. Ou seja, precisamos estimular que os agro-combustíveis sejam produzidos em apenas 10% da área de cada agricultor, evitar a monocultura, não substituir os alimentos, e instalar pequenas e medias usinas de energia em todas as comunidades e municípios do interior. Assim, cada município poderá ficar soberano em energia, não depender mais do petróleo, e termos energias alternativas. Também podemos ir combinando com pequenas e médias hidrelétricas, energia solar e eólica. Mas tudo isso depende de um novo projeto de desenvolvimento do país, que o atual governo nem sonha em debater.

Quanto aos malefícios da poluição do petróleo, eles somente se resolverão quando substituirmos a atual matriz de transporte individual nas grandes cidades, pelo transporte público de qualidade, baseado em metrôs, trens e ônibus elétrico — e inclusive estímulo e apoio para o uso de bicicletas.

Produzir etanol para exportação, na base da monocultura da cana, com o controle do capital estrangeiro, como está acontecendo, é uma burrice econômica e um crime contra o meio ambiente. Desta forma, destrói-se a biodiversidade, só se consegue produzir cana com alto uso de agrotóxicos, o que a médio prazo vai afetar o clima, o aquecimento global e o meio ambiente.

 

P: A Constituição de 1988 está completando 20 anos. Em que aspecto o seu efetivo cumprimento contribuiria para o avanço da reforma agrária no Brasil?

 

R: Constituição Brasileira de 1988 foi uma conquista do povo brasileiro e foi resultado de uma correlação de forças sociais que era favorável aos trabalhadores e por isso conseguimos avançar tanto. Para todos os trabalhadores da cidade e do campo havia muitas conquistas. Depois, o governo FHC passou o tempo inteiro tentando desmanchar e conseguiu eliminar muitos direitos.

Sobre a reforma agrária, foi incluída a armadilha da proibição de desapropriar terras produtivas, levando cada fazenda desapropriada para os tribunais. Mas isso não foi um problema. O problema maior é que de um lado estamos num descenso do movimento de massas, que não consegue então ter forças para aplicar nem sequer a Constituição, e de outro lado não temos um programa massivo de reforma agrária por parte do governo.

Então, os movimentos sociais do campo ficaram sozinhos. E o que o governo está fazendo são medidas de compensação social, um assentamento aqui e outro lá, e substituindo famílias que desistiram em assentamentos antigos. Mas a concentração da propriedade da terra continua aumentando, mais do que nos tempos da ditadura, e agora com um agravante: muitas empresas transnacionais estão comprando terras. Como foi denunciado pela Folha de São Paulo, mais de 20 milhões de hectares já teriam sido desnacionalizados. Vejam que somente o testa-de-ferro do Dantas já tinha comprado 600 mil hectares no Pará. Lá no Rio Grande do Sul, três empresas papeleiras compraram em três anos quase um milhão de hectares, enquanto o Incra desapropriou apenas 130 mil hectares em 25 anos de reforma agrária.


P: Na sua avaliação, houve alguma iniciativa nos últimos anos que aponte para uma diminuição da dependência externa e do controle do capital financeiro?

 

R: Tudo ao contrário. Os economistas de todas as correntes de pensamento reconhecem que a política econômica do governo Lula é a mesma da receita neoliberal aplicada pelo FHC, com apenas algumas nuances. Na essência, o pólo central de acumulação de capital da economia brasileira continua centrado no capital financeiro, que se apropria da maior parte da mais valia produzida, através de altas taxas de juros e da compra de ações das empresas mais lucrativas. Daí as duas maiores empresas brasileiras, a Petrobras e a Vale, ambas têm seu capital social controlado por acionistas privados e estrangeiros, que, todos sabemos, na sua maioria é capital financeiro aplicado nas bolsas. E os juros que o governo paga da dívida pública interna, sempre superior a 200 bilhões de reais por ano, são um poderoso mecanismo de transferência de renda de toda população brasileira que recolhe seus impostos para a Receita Federal, e de lá vai para os bancos. E é também um poderoso mecanismo de sustentáculo do capital financeiro.

O próprio Marcio Pochmann, presidente do IPEA, tem revelado que a distribuição de renda está acontecendo apenas entre a renda dos trabalhadores. Ou seja, entre os que vivem de salário, a renda está mais bem distribuída, sobretudo porque os mais pobres melhoraram com o Bolsa Família e o aumento do salário mínimo, que é positivo. Mas a distribuição da renda na sociedade se mede pela distribuição entre a renda do capital e a renda do trabalho. E o capital está controlando mais de 60% de toda renda, nunca acontecido antes na história econômica desde a colônia.

Se olharmos para as maiores empresas, que controlam a produção e o comércio no Brasil, nossa economia está cada vez mais controlada pelas empresas transnacionais. As 200 maiores empresas controlam a maior parte de nossa economia. Na agricultura, as 50 maiores empresas controlam mais de 60% do PIB agrícola. E a maior parte delas é estrangeira. A economia brasileira está sendo recolonizada, agora sob a égide do capital financeiro e das empresas transnacionais.

 

http://www.corecon-rj.org.br/pdf/je_agosto_2008.pdf

 

(*)  Joao Pedro Stedile é economista, formado pela PUC-RS, posgraduado pela UNAM- México,  inscrito no CRE-RS, e membro da coordenação nacional do MST e da Via campesina Brasil

 

Petici?n de apoyo a los activistas que destruyeron un campo de transgénicos en el Algarve (Portugal)

FIRMA LA DECLARACION SOLIDARIA DE APOYO EN:
<http://gopetition.com/online/21252.html>

Hace exactamente un año, el 17 de agosto 2007, el Movimento Verde
Eufemia (MVE) de Portugal realizó una acción de desobediencia civil,
destruyendo en un acto simbólico menos de una hectárea del primer campo
maíz modificado genéticamente cultivado en el Algarve, declarada Región
Libre de Transgénicos por las autoridades locales. Unas 150 personas
participaron en la siega simbólica de protesta, ofreciéndose
posteriormente a sembrar toda la finca (51 has) con maíz ecológico.

El actual gobierno pro-transgénicos de Portugal ha respondido con
dureza, intentando aislar y criminalizar a los activistas del MVE y a
otras organizaciones ambientales que se oponen a los transgénicos,
calificando la acción de acto terrorista (Ver (Europol EU Terrorism
Situation and Trend Report 2008
<http://www.europol.europa.eu/publications/EU_Terrorism_Situation_and_Trend_Report_TE-SAT/TESAT2008.pdf>).

Algunas de las personas acusadas por la policía pueden tener que
enfrentarse a los tribunales.

Se ha puesto en marcha la iniciativa soliMoVe, Solidariedade com
oMovimento Verde Eufémia, una plataforma internacional para apoyar moral
y políticamente al MVE y su acción de desobediencia civil.

Desde soliMoVE se están recogiendo firmas a una declaración solidaria de
apoyo moral y político a todas aquellas personas, organizaciones o
movimientos sociales que pudieran sufrir consecuencias políticas o
personales como resultado de la acción del Movimento Verde Eufémia. La
declaración puede ser leída y  firmada en:
<http://gopetition.com/online/21252.html>*

!TU SOLIDARIDAD CON ESTA ACCION Y CON LOS ACTIVISTAS QUE LA REALIZARON
ES ESENCIAL PARA MANTENER LA LUCHA CONTRA LA LIBERACION DE OMG EN
PORTUGAL Y EN EL MUNDO!

*Para más información o para incorporarse a la plataforma de apoyo ver :
http://solimove.liveinfo.nl/
<http://solimove.liveinfo.nl/>*

Manifiesto por una nueva política agraria: El futuro de la agricultura y de la alimentación nos …

Manifiesto Por una nueva política agraria: El futuro de la agricultura y de la alimentación  nos  incumbe a todos/as

 

Una gran convulsión ha sacudido la agricultura y la alimentación a escala planetaria en el último año y medio.  El rápido incremento de los precios de las materias primas agrarias en los mercados de las materias primas agrarias, fomentado por la especulación, ha desequilibrado el conjunto del sector y de los agricultores/as del planeta, provocando inestabilidad e incertidumbres. En esta situación, la Unión Europa se encuentra inerme, sin mecanismos de regulación de mercados que le permitieran hacer frente a la crisis, puesto que previamente la había desmantelado. La ganadería europea está sufriendo en estos momentos las consecuencias de unas políticas inapropiadas.  El gran paradigma de la reforma de la PAC de 2003: “no importa dejar de producir en Europa porque nos podremos abastecer a precios más baratos en países terceros” ha resultado ser completamente erróneo y peligroso también para los consumidores y consumidoras.

Ecologistas en Acción, Amigos de la Tierra, COAG, Greenpeace, UCE, CEACCU, CECU, Xarxa de Consum Solidari, Plataforma Rural, EntrePueblos, No te comas el mundo y Veterinarios Sin Fronteras

En estos momentos se está debatiendo una nueva reforma de la PAC (“chequeo”), paralelamente a la apertura de un debate sobre la misma a partir de 2013 y a la revisión del presupuesto comunitario.  La Comisión Europea no asume en este “chequeo” la grave crisis de la agricultura y la alimentación, evidenciada en la desaparición de explotaciones del modelo social de agricultura y los altos precios de los alimentos, y propone profundizar la senda, evidentemente fallida, de la reforma de 2003.  Todo ello disfrazado de  un discurso construido sobre cuestiones medioambientales, calidad, gestión del territorio, desarrollo rural, cambio climático y energías, y contradictorio con la realidad que viven los ciudadanos/as de la Unión.

Es por ello por lo que instamos a los gobiernos de la Unión Europea a reflexionar sobre el fracaso de su política agraria y a dar un giro en sus propuestas, orientándolas hacia un marco de carácter multilateral que respete la soberanía alimentaria de los pueblos, la sostenibilidad y las necesidades reales de los campesinos de todo el mundo. 

Entendemos que es necesaria una reforma de la PAC con una nueva orientación de las políticas comunitarias, adaptada al nuevo entorno emergente y asentada sobre principios firmes y realistas.  Esto significa que Europa debe renovar su apuesta estratégica por la agricultura, garantizando un abastecimiento alimentario mínimo en el marco de la soberanía alimentaria y la preservación del medio ambiente y el medio rural. Los/as agricultores/as tienen que ver reconocida y valorada su labor, principalmente a través de unos precios justos para sus productos, lo que hace imprescindible desarrollar políticas de estabilización y transparencia de los mercados.

Las ayudas directas a la renta, cuando sean necesarias, tienen que estar vinculadas a la actividad agraria desarrollada en las explotaciones (ayuda por activo agrario), con lo que se conseguiría una redistribución de los fondos con legitimidad económica y social.  Rechazamos el desacoplamiento de las ayudas, previstas para facilitar el desmantelamiento del sector agrario, y consideramos que es fundamental mantener la actividad agraria sin que esto signifique intensificar el modelo de producción.  Los consumidores/as tienen derecho a un suministro estable, sano, variado y biológicamente diverso de alimentos a precios razonables.

Necesitamos una política agraria que defienda un modelo de agricultura social, sostenible y viable económicamente, generador de empleo y que ayude al equilibrado asentamiento de la población en el medio rural.

 

Política agraria, alimentación y mercados:  “Con la alimentación no se especula”.

La creciente liberalización del comercio mundial y la continua desregulación de los mercados agroalimentarios mediante la eliminación de mecanismos de control de la producción como los aranceles, la intervención pública, etc. está configurando un entorno en el que la permanencia de los pequeños/as productores/as es cada vez más difícil y el abandono de la actividad agraria cada vez más frecuente. Sin embargo, en un contexto de crisis alimentaria mundial,  las políticas agrarias desarrolladas durante los últimos años, basadas en desincentivar la producción y provocar el abandono de las explotaciones agrarias, se han visto totalmente superadas por los acontecimientos.

 

Estas políticas agrarias están fomentando un comercio de productos agroalimentarios que se está desarrollando con una preocupante concentración de poder en manos de las grandes empresas de distribución agroalimentaria. Estas empresas condicionan al conjunto de la cadena agroalimentaria y, especialmente a los eslabones más débiles y numerosos de la misma: productores/as y consumidores/as. El proceso de formación de los precios se caracteriza por una alarmante falta de transparencia que está provocando que el precio que pagan los consumidores sea excesivo y esté cada vez más alejado del precio que reciben los productores, que en muchas ocasiones no llega ni siquiera a cubrir sus costes de producción.

Se hace imprescindible la creación de un marco legislativo que regule la comercialización agroalimentaria de forma adecuada y que contribuya a mejorar los mecanismos de recogida de precios en virtud de una mayor transparencia en el proceso de formación de los mismos a lo largo de la cadena de valor y el establecimiento de un Observatorio de Precios eficaz y operativo, con capacidad para proponer a la Comisión Nacional de la Competencia la investigación de las prácticas contra la competencia que se detecten así como la imposición de sanciones. Sería interesante articular mecanismos de control de márgenes comerciales en la cadena agroalimentaria, mediante una Comisión de Examen de Prácticas Comerciales con la participación de todos los agentes implicados.

Además, se hace necesario que la Administración actúe eficazmente a fin de erradicar la reconocida especulación en los mercados agroalimentarios. La Comisión Nacional de la Competencia debe intervenir ante prácticas comerciales fraudulentas evidentes y eliminar la especulación con absoluta firmeza. Además, se ha de desarrollar y aplicar el artículo 13.2 de la Ley de Comercio (Ley 7/1996) que prevé que “el Gobierno del Estado, previa audiencia de los sectores afectados, podrá fijar los precios o los márgenes de comercialización (…) cuando se trate de productos de primera necesidad”, es decir, “El Estado tiene capacidad legislativa para intervenir y debe asumir sus responsabilidades”.

Consideramos de vital importancia que la Política Agraria garantice una estabilidad en los precios y el suministro de productos agroalimentarios, evitando situaciones de abuso sobre productores y consumidores, como por ejemplo la especulación, la morosidad en los pagos, el dumping o la venta a pérdidas. Igualmente, el consumidor tiene derecho a que el etiquetado de los productos agroalimentarios refleje una información objetiva, veraz, eficaz y suficiente sobre sus características esenciales y el proceso que han seguido.

A nivel europeo resulta imprescindible reforzar el control de las importaciones desde terceros países mediante el establecimiento de protocolos de garantía sanitaria (sanidad y calidad), ambiental y social adecuados y unificados. Los bienes importados deben acatar las mismas normas acerca de la calidad y los métodos de producción que la UE prescribe para sus propios productores. Debe implantarse un sistema de doble etiquetado (precios origen/precios destino), con información sobre el país de origen y el método de producción, como criterio al servicio de la información dirigida al consumidor, que propicie el conocimiento del valor real de los productos y la detección de distorsiones interesadas de precios

 

Mediante las negociaciones de libre comercio que está desarrollando, la Unión Europea está sacrificando la agricultura familiar sostenible y en consecuencia la garantía de una alimentación sana, diversa y segura.  Se quiere integrar a los productos agrarios en el proceso de liberalización comercial como cualquier otra mercancía, sin tener en cuenta el carácter estratégico de la agricultura y la alimentación para la sociedad.  Se abandona a su suerte el modelo social de agricultura que garantiza la gestión sostenible del territorio, la sostenibilidad y la economía y el empleo de las zonas rurales.  Por el contrario se ofrece a las multinacionales agroexportadoras el control de la alimentación.  La actual crisis alimentaria nos demuestra que la agricultura debe salir fuera de las negociaciones de libre comercio en la Organización Mundial del Comercio y en los acuerdos bilaterales. La PAC debe priorizar el comercio regional y proporcionar apoyo a las infraestructuras necesarias para el procesado y comercio local

 

Política agraria, empleo y medio rural

El porcentaje de ocupados agrarios en el conjunto del Estado sigue, desde hace mucho tiempo, una tendencia a la baja, lo que nos sitúa actualmente en un 4%.  Resulta urgente estabilizar el número de ocupados en el sector si no queremos comprometer la viabilidad del mimo a medio plazo, si queremos evitar pasar de la fase de reestructuración, a la de liquidación definitiva.  En muchas zonas rurales, especialmente aquéllas más alejadas de los principales ejes económicos, la agricultura constituye la actividad económica básica y su declive supone también el abandono del medio rural.

 

La política agraria desarrollada hasta el momento ha considerado la eliminación de empleo en el sector agrario como algo positivo que favorecía la competitividad de la agricultura, sin tener en cuenta las consecuencias sociales y económicas que este declive ha tenido en muchas zonas rurales.  En muchos casos esta evolución ha comprometido el desarrollo de los territorios rurales, cortando el vínculo entre agricultura e industria agroalimentaria y provocando la deslocalización de esta última.  Por otra parte, el descenso del empleo en el sector agrario no ha ayudado a la equiparación de rentas y salarios con otros sectores económicos, debido a los descensos de los precios en origen, al incremento de los costes de producción y al recorte e inequidad distributiva de las ayudas directas.

Adicionalmente, la PAC reformada sobre el eje del desacoplamiento de las ayudas directas desincentiva la actividad productiva agraria.  Se necesita una reforma de la política agraria europea que ponga el centro de atención en el activo agrario, buscando la viabilidad de las explotaciones y la creación y el mantenimiento del empleo.  Las ayudas directas deben otorgarse al activo agrario como forma de preservar el empleo y promover la equiparación de rentas en el sector agrario, tanto para los titulares de las explotaciones (autónomos) como para los asalariados.  El sector agrario conserva un gran potencial generador de empleo y riqueza, que está siendo desaprovechado debido a políticas nefastas que fomentan el éxodo agrario y la desvertebración territorial.

Para un mejor encaje de las explotaciones agrarias en las zonas rurales un instrumento imprescindible es el Contrato Territorial de Explotación (CTE), que integra en una planificación única las distintas medidas contempladas en las políticas de apoyo público europeo, estatal y autonómico.  Bajo este nuevo enfoque se conseguiría superar el actual modelo, que ha resultado ineficiente para posibilitar la viabilidad de las explotaciones agrarias del modelo social de agricultura, situando en el centro del sistema a la explotación agraria y el agricultor profesional.  En definitiva, el objetivo sería alcanzar la viabilidad económica, social y ambiental de cada explotación.

 

Política agraria, medio ambiente, cambio climático y energía

La PAC está impulsando un modelo de agricultura industrial especulativo, concentrando la producción en aquellos territorios que permiten obtener grandes volúmenes de producción estandarizada a bajo coste (deslocalización).  Normalmente estas producciones se hacen en régimen de monocultivo, algo que resulta medioambientalmente insostenible. Este modelo tiene un gran impacto ambiental y territorial, con un uso intensivo de recursos naturales e inadaptación a las posibilidades del territorio. Es importante condicionar las ayudas de la PAC a las prácticas ambientales de los agricultores y ganaderos. Aunque la Unión Europea justifica en gran medida a través de las medidas de condicionalidad la promoción del modelo industrial.

El sistema de producción industrial especulativo y deslocalizado está adaptado a la liberalización del comercio agrario a nivel mundial, acelerando así la degradación de los ecosistemas dónde se asienta y limitando las posibilidades de abastecimiento de alimentos en los países empobrecidos.

El sector agrícola y ganadero se considera un sector difuso en cuanto a la emisión de gases de efecto invernadero (GEI); determinadas prácticas como la agricultura de uso intensivo de energía, agua, fertilizantes y agroquímicos han provocado un incremento de los niveles de emisiones de estos gases.  También las emisiones de gas metano procedente de la actividad ganadera industrial contribuyen al cambio climático, no sólo de forma directa sino también a través de los cambios en los usos del suelo debidos a la creciente demanda de materias primas alimentarias por parte del sector ganadero como consecuencia del creciente consumo de carne a nivel mundial.

Por el contrario una manejo sostenible de los bosques, tierras agrícolas y otros ecosistemas agrícolas ofrece un gran potencial para reducir las emisiones de GEI con respecto a las prácticas agrarias industriales, manteniendo su capacidad de sumidero de carbono. En el caso de que se abandonen algunas de estas prácticas sostenibles, el carbono fijado se liberará a lo largo de un período de pocos años. Este riesgo es creciente ante el despoblamiento del campo, envejecimiento de la población rural y la falta de relevo generacional que dejan espacio a la gestión industrial del campo.

Se puede adaptar la agricultura para que sea no solamente un emisor de GEI mucho menor, sino también para que se convierta en un sumidero de carbono que nos ayude a revertir la contribución al cambio climático. Al mismo tiempo, esto también reduciría el resto de desastres ambientales debidos a los fertilizantes, como la eutrofización de las aguas o la explosión de poblaciones de determinadas algas en lagos y mares de todo el planeta.

La agricultura sostenible a escala local, en el marco del modelo social de agricultura, con un uso eficiente de los recursos de producción, contribuye eficazmente a la lucha contra el cambio climático. Lamentablemente, las políticas agrarias en Europa están favoreciendo un modelo de agricultura industrial deslocalizado a escala transnacional, basado en monocultivos, en el uso masivo de fertilizantes y pesticidas y en el transporte a gran escala de los productos, con el único objetivo de aumentar la competitividad para poder comerciar en un mercado global.  Es necesario reformar esta PAC de forma coherente con los objetivos de la lucha contra el cambio climático que se ha marcado la propia Europa, cayendo en contradicciones evidentes. El modelo de consumo alimentario deslocalizado está transportando los alimentos de una punta a otra del globo terráqueo, a costa de un gran coste energético, mientras se abandonan los mercados locales y se condena a la pobreza a innumerables agricultores/as y campesinos/as.

En este camino hay que huir de soluciones engañosas como la utilización de cultivos modificados genéticamente: no resolverán ninguna crisis medioambiental sino que por si mismos suponen un riesgo para el medio ambiente, para la seguridad y la salud, además de incrementar la dependencia de las agroindustrias.

Hasta ahora, la agroenergética se ha limitado principalmente a la explotación de un recurso de materia prima barata, para procurar un valor añadido extraordinario a las grandes empresas que controlan el mercado internacional de materias primas alimentarias y a las distribuidoras del petróleo que acaban haciéndose con el control de la transformación y distribución de agrocarburantes, como ya lo tienen de los carburantes fósiles, reproduciendo el mismo sistema de oligopolio especulativo a costa de productores y consumidores.  Rechazamos la política seguida actualmente por la Unión Europea en relación a la producción de agrocarburantes industriales, siguiendo un modelo industrial intensivo, con abastecimiento desde terceros países, dónde provoca graves situaciones de destrucción ambiental y desequilibrios en la producción de alimentos, siendo uno de los detonantes de la crisis alimentaria actual.

 

Política agraria y soberanía alimentaria

Defendemos el derecho a la soberanía alimentaria de todos los pueblos, en el marco de una producción sostenible, segura, nutritiva, variada y adaptada ambientalmente y culturalmente.  Los países y regiones no pueden renunciar a decidir su propio sistema alimentario y productivo, para favorecer una liberalización de los intercambios que resulta insostenible y condena a regiones enteras a la dependencia de suministros exteriores, mientras se abandonan producciones tradicionales y se potencia el monocultivo.

La liberalización del comercio agrario internacional propugnada por la Organización Mundial de Comercio (OMC), así como los Acuerdos Bilaterales Norte-Sur, es la causa principal que hace inviable la agricultura campesina y familiar tanto en el Norte como en el Sur. La gestión de la oferta y la protección de los mercados está siendo desmantelada, obligando a los agricultores y campesinos a producir alimentos por debajo de coste su coste real, generando incertidumbre e inseguridad en los mercados mundiales tal y como acontece en la actualidad.

Necesitamos una nueva política agraria en Europa que abandone el paradigma de la liberalización comercial, asumiendo su responsabilidad ante productores y consumidores en la estabilización de los mercados, defendiendo el interés general de toda la ciudadanía europea que no coincide con el de los conglomerados agroexportadores y las grandes distribuidoras y practicando una solidaridad real con todos los campesinos, especialmente los de los países del Sur, reconociéndoles el derecho a producir y desarrollar sus mercados locales.

El Gobierno español, en su ámbito competencial, debe asumir el carácter estratégico de la agricultura y la alimentación para el conjunto de la sociedad y, por tanto, desarrollar políticas de Estado para mantener un modelo social y sostenible de agricultura y alimentación.  Asuntos como la comercialización agroalimentaria, la fiscalidad, las prioridades estratégicas de producción, la investigación, los seguros agrarios, el desarrollo rural, el binomio agricultura-medio ambiente, entre otros, deben ser abordados plenamente por las administraciones públicas españolas poniendo la prioridad política en el mantenimiento y promoción del modelo social de agricultura y alimentación.

Revista del EZLN- Mexico solidariza con MST

Rebeldia año 5, no. 61, pp. 59-61, 2008.

¡Alto a la guerra contra el MST de Brasil!

Pablo Rojas

A partir de información del propio MST, a continuación publicamos un artículo sobre la situación por la que atraviesa el Movimento Dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra)- MST en su lucha por recuperar lo que por derecho le pertenece: la tierra.


Brasil es un país donde existe una de las peores distribuciones de la tierra. Concentrada en pocas manos, se habla de que existen latifundios del tamaño de Portugal. Esto ha generado una desigual distribución del ingreso, ya que, a pesar de ser uno de los países más ricos del mundo, partiendo de sus recursos naturales, la extensión de la pobreza es impresionante.

El MST, desde su surgimiento, en enero de 1985, puso el dedo en la llaga sobre el problema fundamental de ese país: la existencia del latifundio, ligado siempre a las peores causas de ese gran país, fuente de corrupción y violencia.

Por eso, ha concentrado el odio de los poderosos y de los que le hacen el juego a los poderosos.
No deja de llamar la atención que, incluso, cuando la izquierda llega al poder, el último punto que les interesa es el de la tierra, es decir el de los campesinos, es decir, muchas veces, el de las comunidades originarias. Con todos los pretextos, tanto jurídicos como políticos, se ha buscado tocar lo menos posible a esa vieja oligarquía ultra reaccionaria que ha sumido en el atraso y la marginación a millones de latinoamericanos.

Esa no ha sido la excepción en el caso de Brasil, donde, pasando por encima de sus promesas, Luis Inacio da Silva, Lula, no ha repartido la tierra que se comprometió durante su campaña electoral.
Ahora, no se trata simplemente de no repartir la tierra, sino de desatar una guerra en contra del movimiento social más importante de Brasil y uno de los más importantes del mundo. Esa es la guerra del capital en contra del trabajo por el control de la tierra, el territorio, el agua, el aire, la selva.

En una entrevista reciente uno de los dirigentes históricos del MST, Joao Pedro Stedile, identificaba con precisión a su enemigo, decía: "Para nosotros, desde Vía Campesina, es muy fácil, porque nuestros enemigos de clase son claros: los latifundios, los bancos, las empresas transnacionales, los grandes monopolios… Entonces nosotros acumulamos haciendo lucha de masas contra los enemigos de clase".

A nuestros hermanos del MST les decimos que desde acá, desde México, cuentan con nuestro apoyo y solidaridad en su lucha por conquistar la tierra y defender su territorio, libre de transgénicos y con una lógica anticapitalista.


La guerra contra el MST

La estrategia tanto del gobierno federal de Brasil como el del estado de Río Grande del Sur, de criminalizar e incluso buscar la "ilegalización" del Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST) está en uno de sus puntos más agresivos. Apenas en el mes de junio de este año, en ese estado, fueron reprimidas dos manifestaciones del MST y desalojados dos de sus campamentos en la zona.

Las acciones represivas de las autoridades, que buscaban impedir que se encontraran dos columnas de manifestantes del MST en el municipio de Coqueiros del Sur (estado de Río Grande), fueron orquestadas por el Estado Mayor de la Brigada Militar do RS, en conjunto con el Consejo Superior del Ministerio Público del Estado de Río Grande del Sur y el Ministerio Público Federal, explicó en un comunicado el MST.

El gobierno del estado de Río Grande del Sur, en Brasil, decretó y consumó el desalojo de unas 300 personas de los campamentos del MST en la región, a partir de una solicitud del Ministerio Público del estado, en la que se señala que el MST ha cometido "crímenes contra la seguridad nacional" y que se trata de una "organización paramilitar". Durante el desalojo de los campamentos del MST, en el municipio de Coqueiros del Sur, las autoridades destruyeron "viviendas, plantaciones, criaderos de animales, el puesto de salud y la escuela construida por los sin-tierra", según un reporte de Alai-Amlatina. En las acciones participaron unos 500 soldados de la Brigada Militar, quienes desalojaron a los miembros del MST de tierras legalmente ocupadas en las inmediaciones de la Hacienda Guerra.
Las autoridades de Río Grande del Sur justificaron así las acciones militares de desalojo: "No se trata de remover campamentos, sino de desmontar las bases que el MST usa para cometer reiteradamente actos criminales", en donde "están practicando violencia y nada más".

A partir de esto, el Consejo Superior del Ministerio Público Estatal de Río Grande del Sur pidió también, a través de un informe, la "disolución" del Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST), y la "declaración de su ilegalidad".

El intento de criminalización del MST por las autoridades brasileñas parte de burdas acusaciones como la difundida por dos funcionarios del Ministerio Público estatal en donde señalan que los campamentos del MST son "verdaderas bases operacionales destinadas a la práctica de crímenes e ilícitos civiles causantes de enormes perjuicios" en contra de "toda [la] sociedad", y que son  "semilleros de ilicitudes que a estas alturas no se puede tolerar más", deslizando la acusación -no de manera directa, pero igualmente torpe- de que el MST tiene vínculos con organizaciones armadas del continente. Además, en marzo de este año, el Ministerio Público, esta vez el federal, acusó al MST de intentar construir un "Estado paralelo" con la existencia de sus campamentos, y de que supuestamente estarían siendo entrenados por las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) y otras organizaciones "extranjeras".

Pero eso no es todo. También, las autoridades brasileñas a través del Ministerio Público decidieron "la intervención en las escuelas del MST con el fin de tomar medidas que serán necesarias para la reinstauración de la legalidad, en lo que se refiere al aspecto pedagógico y a la estructura de influencia externa del MST".

Ante estos graves ataques, el MST ha dicho que están "sufriendo una verdadera ofensiva de las fuerzas conservadoras en el estado de Río Grande del Sur, que no sólo no quieren ver la tierra redistribuida, como manda la Constitución, sino que además quieren criminalizar a quienes luchan por la reforma agraria e impedir la continuidad del MST".

El comunicado del MST también señala que, para intentar criminalizar su lucha, "esas fuerzas políticas que defienden en realidad poderosos intereses de los grupos económicos y de empresas transnacionales, que se están instalando en el estado para controlar la agricultura, y los latifundistas, están representadas hoy en el gobierno de la Sra. Yeda Crusius, en la Brigada Militar (policía del estado), en el poder judicial local y en el poder del monopolio de los medios de comunicación".


En otra parte de su comunicado, el MST da un dato alarmante: las acciones e iniciativas de la Brigada Militar, que fue utilizada para impedir que se encontrasen tres marchas del MST, "no ocurrían en Brasil desde que terminó la dictadura militar brasileña, por lo que atentan en contra de la Constitución Federal de 1988, que prohibió a las policías militares actuar en investigaciones judiciales de movimientos sociales y partidos políticos".

La Brigada Militar ya antes había caracterizado al MST y a Vía Campesina "como movimientos que dejaron de realizar actos típicos de las reivindicaciones sociales para orquestar actos caracterizados como acciones delictivas".

La estrategia de criminalización del MST por parte de los gobiernos federal y estatal, está avalada por informes de las fuerzas militares brasileñas y por terratenientes del estado de Río Grande del Sur. El MST denuncia que muchas de las acusaciones y de las tesis en las que se basan las autoridades judiciales, fueron elaboradas "por el propietario de la Hacienda Guerra, integrante de la organización de ganaderos FARSUL, en 2005, y ratificadas por el Coronel de la Brigada Militar, Valdir Cerutti Reis, integrante de la dictadura militar brasileña, quien actuó como agente infiltrado por un periodo de dos años en el campamento Natalino, utilizando el alias de Toninho".

Para organizaciones de derechos humanos y para el propio MST, las acciones tanto de la Brigada Militar como las de los ministerios públicos federal y municipal, son claramente violatorias de la Constitución y son absolutamente ilegales y forman parte de esa campaña que busca la extinción del Movimiento Sin Tierra.

El MST no está sólo, y así lo demuestran las miles de cartas que han llegado a las autoridades brasileñas, solidarizándose con los compañeros del MST y exigiendo el cese de las acciones intimidatorias y judiciales en contra de sus miembros.

Entrevista Gilmar Mauro »Lula não tem política de reforma agrária»

Segunda-feira, 21 de julho de 2008 Pág. 

Considerado um dos principais teóricos e segundo homem do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), Gilmar Mauro, 41 anos, entrou para o movimento ainda nos primeiros anos de existência da organização. Hoje, membro da coordenação nacional, passa a maior parte de seu tempo em São Paulo, de onde se dedica às áreas de formação e mobilizações da entidade.

Nesta entrevista ao JB, o ativista nega que a entidade mantenha qualquer relação com as Farc, mas admite que o MST atua nos "limites da legalidade". As críticas ao agronegócio são fartas. As direcionadas ao governo Lula, nunca foram tão duras.

O MST vem retirando a ênfase na questão da reforma agrária e do latifúndio e questionando o modelo de agronegócio brasileiro como um todo, promovendo inclusive ações contra empresas consideradas altamente produtivas. Por quê a mudança de estratégia?

– O MST coloca como objetivo principal a luta pela terra e reforma agrária. E não deixou de fazer essa luta. O que mudou foram as condições objetivas. Hoje a inserção do Brasil no mercado internacional passa, em grande medida, pela exportação de commodities. Grandes empresas ligadas ao capital internacional passam a investir na agricultura, principalmente com a crise do petróleo e com a introdução do etanol como fonte energética substituta. Com a crise imobiliária nos Estados Unidos, parte dos recursos financeiros internacionais passou a ser investida na Bolsa de Mercadorias e Futuros, principalmente em commodities. Então o preço internacional desses produtos está subindo porque estão especulando em cima deles.

Essa seria a conseqüência mais nociva desse modelo de agronegócio?

– Com certeza. O segundo grande aspecto é em relação à natureza. A lógica do capital é de produção de mercadorias que precisam ser vendidas. Entretanto, isso gera um impacto ambiental terrivelmente grande que só uma parcela da humanidade está se dando conta.

No caso da agricultura, um frango, do nascimento ao abate, leva hoje 38 dias, às custas de muito hormônio e antibiótico. A mesma coisa ocorre na carne bovina e suína. Despejam-se milhares de toneladas de agrotóxicos de avião. Os lençóis freáticos estão sendo contaminados. Um eucalipto, do primeiro ao sétimo ano, consome 30 litros de água por dia. Faz o cálculo. Um milhão de pés de eucalipto plantados. Ao exportar pasta e celulose, estamos exportando água. Isto está gerando desequilíbrios ambientais gravíssimos. Estudos mostram que se a humanidade toda consumisse como a classe média alta brasileira, precisaríamos de três planetas para sustentar este consumo. Se consumisse igual aos norte-americanos, precisaríamos de sete ou oito.

Mas quando o questionamento era mais restrito ao latifúndio improdutivo, aquilo tinha um apelo moral grande, era algo com base constitucional. Como o MST pretende dar a ações contra empresas produtivas o mesmo apelo?

– É muito natural esse processo. Toda a lógica da mídia e do Estado trabalha essa dimensão econômica pura e simplesmente. Não interessa ao grande capital se ele está destruindo o ambiente ou o ser humano, interessa que está produzindo. Esse é o aspecto principal destacado. Queremos questionar isso. Esse caos social e ambiental que chamam de desenvolvimento. A própria Constituição brasileira estabelece a função social da terra com três ingredientes interessantes: produção, respeito à legislação ambiental e trabalhista. Ora, no corte da produção de cana, não se respeita nem a legislação ambiental nem a trabalhista. No entanto, não se aplica a lei maior do país, que é desapropriar essas empresas por descumprirem isso.

E o governo Lula prioriza esse modelo de agronegócio?

– Com certeza. Insere o país internacionalmente com esse modelo e com isso sustenta-se a balança comercial. O governo Lula não tem política de reforma agrária. Nunca tivemos uma no Brasil. O que temos são políticas de compensação social, de assentamentos aqui e acolá. Não há política agrária que altere a estrutura fundiária brasileira extremamente concentrada. O ritmo de assentamentos é pequeno e não resolve. Você assenta 50 mil famílias mas desassenta 60 mil. O que melhorou foram os créditos, em termos de volume.

O segundo mandato de Lula, então, estaria sendo pior que o primeiro?

– O governo Lula adotou como continuidade a política neoliberal do Fernando Henrique Cardoso, com mudanças pequenas como políticas de compensação social e investimentos em determinados ramos produtivos, mas dentro dessa lógica da exportação de commodities e de construir uma infra-estrutura para o grande capital.

Mas durante muito tempo o MST caminhou junto com o PT. Não é dolorido ver o presidente chamar grandes usineiros de heróis?

– Claro. Essa declaração reflete o que é o governo Lula. Um governo violino. Agarra com a esquerda mas toca com a direita. Se tu pegar o grande projeto estratégico do PT, a construção do projeto democrático e popular, que previa medidas anti-latifundiárias, anti-monopolistas, anti-imperialistas, nenhuma dessas têm sido aplicadas. Não só o Lula, mas parte do PT abandonou esse projeto faz algum tempo. Isso não significa que não tenha dentro do PT muita gente séria e o MST obviamente mantém relações com esses setores.

Essas relações não alimentam as críticas ao governo de que ele é muito tolerante com o MST?

– Essas críticas sempre houveram, não são desse governo. De que precisa acabar com o MST, de que é fora da lei, de que desviou o rumo.

Mesmo essas ações mais recentes ainda estariam, na sua visão, dentro da lei?

– Claro, é um processo de debate com a sociedade. Nos limites da legalidade vamos indo. Tensionando. Essa é a tarefa do movimento social.

O MST tem alguma espécie de contato com as Farcs?

– Não tem nada. Há uns dez anos atrás, várias pessoas queriam que nos encontrássemos, mas nunca aconteceu a nível de direções. As realidades são diferentes. Não enxergamos as Farcs nem com simpatia nem com antipatia. Respeitamos os processos de cada povo.

Comunicado de prensa de La Via Campesina sobre la reunión mini-ministerial y bilateral de la OMC

Ginebra 22 de julio 2008

 Un charlatán y sus falsas medicinas

 Para solucionar la crisis alimentaria, la OMC presiona por una mayor liberalización: ¡más aceite al fuego! Cuarenta ministros de comercio preseleccionados, invitados a Ginebra, no tienen ningún tipo de mandato para decidir sobre el futuro de millones de personas. ¡La Via Campesina exige el abandono de las negociaciones de la OMC!

Las políticas de la OMC han destruido los mercados alimentarios y agrícolas. Han conducido a una privatización de los servicios y de los recursos naturales y han generado una burbuja especulativa sobre la cual los gobiernos nacionales no poseen ningún control. A causa de esta especulación con la alimentación, el número de personas que sufren de malnutrición ha llegado a casi mil millones de personas. La actual crisis alimentaria mundial es una consecuencia directa de la liberalización de los mercados y de las políticas alimentarias y agrícolas. No es una crisis de producción, sino una crisis de políticas. Nunca hubo tantos alimentos en el planeta, pero las ilegalidades en la distribución de los alimentos se han visto empeoradas por el alza de los precios a favor de las Corporaciones Transnacionales.

 

La liberalización del comercio está en el centro del problema. Utilizar como medicinas las mismas recetas que han fracasado, solo profundizarán las crisis alimentaria y climática. Sago Indra, uno de los líderes de La Vía Campesina en Indonesia subrayó: "Pretender resolver la actual crisis alimentaria a través de la OMC es como si estuviéramos llamando al doctor equivocado para solicitarle remedios inadecuados".

 

Durante este tiempo, las corporaciones transnacionales han reforzado su control en los mercados alimentarios, en los sectores de la producción y de la distribución. Utilizan esta crisis coma una oportunidad para aumentar sus beneficios y ampliar el alcance de sus negocios. Las personas consumidoras, el pequeño campesinado y los trabajadores rurales, son los grandes perdedores de las políticas actuales. Los altos precios en el consumo y los precios bajos para los campesinos y campesinas provocan hambre en las zonas rurales y urbanas. 

 

Un acuerdo maquillado no va a esconder el fracaso de una supuesta ronda de desarrollo que en realidad es una ronda de la crisis alimentaria. Los pequeños campesinos, los trabajadores agrícolas y los productores de alimentos, hombres y mujeres alrededor del mundo, no van a dejarse engañar. En apoyo a las numerosas luchas contra la OMC alrededor del mundo, exigimos la abolición de todas las negociaciones comerciales dentro de la OMC.

¡La alimentación no es una mercancía!

 

¡Por la defensa del derecho a producir, a alimentar y a comer!

¡La OMC fuera de la agricultura!

www.viacampesina.org

BRASIL: Intentan ilegalizar al MST

El Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) de Brasil está sufriendo actualmente un intento de ilegalización en el estado brasileiro de Río Grande do Sul. El Ministerio Público del Estado (MPE) –Fiscalía- de Río Grande do Sul ha pedido, a instancias de un informe elaborado por la “Brigada Gaucha”, la “disolución” del MST y la “declaración de su ilegalidad”. El informe no tiene problema en afirmar que el objetivo es “romper la espina dorsal del MST”. El argumento es significativo: “la defensa de la democracia”. Y la fórmula mágica es también conocida: el informe concluye que “existe vinculación entre el MST y las FARC colombianas” y que hay extranjeros en los acampamentos del MST que están realizando “entrenamiento militar”. Entre otros objetivos, la ilegalización persigue cerrar todas las escuelas del MST y desalojar todos los campamentos de campesinos sin tierra.

Lxs compas del Komité de Apoyo al MST de Madrid lo cuentan en Diagonal:
http://diagonalperiodico.net/spip.php?article6264

El MST ha elaborado un manifiesto de apoyo que está disponible para firmarse por individualidades y organizaciones.
http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=5556

Va también un artículo al respecto firmado por Miguel Stedile originalmente en el periódico Brasil de Fato y traducido al castellano por la Agencia Latinoamericana de Información (ALAI)
http://alainet.org/active/24902

Prensa de Frente ha entrevistado a Joba Alves, militante del MST:
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=ES&cod=33750

Mientras, alrededor de 400 trabajadores sem terra han iniciado el 14 de julio una marcha de más de 300 kilómetros divididos en dos columnas, y está previsto que lleguen el 30 de julio a la ciudad de Francisco Beltrâo, en el estado de Paraná, donde permanecen presos cuatro sem terra. Los jueces han dictado además orden de prisión para otros nueve miembros del MST.  El motivo de su encarcelamiento y de las órdenes de prisión dictadas tiene que ver con la ocupación de la fazenda Araçá, en el municipio de Marmeleiro, ocupada en 2007 por cien familias del MST para agilizar la creación de un asentamiento en la misma.
http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=5583

 

Las plantaciones de eucalipto de ENCE pierden el certificado FSC de uso responsable de los bosques

MADRID, 27 Jun.

Las plantaciones de eucalipto de las empresas Norfor y Silvasur,
ambas del Grupo ENCE, han perdido el certificado FSC, otorgado a
aquellas compañías que hacen un uso responsable de los bosques a la
hora de extraer productos de origen forestal como la madera, el papel
o el carbón, según anunciaron hoy organizaciones ecologistas.

El certificado FSC, otorgado por la ONG internacional 'Forest
Stewardship Council', cuenta en España con el apoyo de la sociedad
civil y los sindicatos y es, según los ecologistas, 'el certificado
elegido preferentemente por las administraciones públicas donde se han
implantado políticas de contratación pública verde'.

Greenpeace, WWF/Adena, Ecologistas en Acción, Amigos de la Tierra,
Verdegaia, la Coordinadora Ecoloxista de Asturies y la Asociación de
Recursos Naturales de Cantabria (ARCA) recibieron con 'satisfacción'
la suspensión del certificado forestal FSC, que, en algunos casos,
llevaban años solicitando.

Para los ecologistas, el 'mal' diseño de las plantaciones de ambas
empresas y la 'falta de integración de los aspectos de conservación de
hábitat y especies dentro de su modelo de gestión', son algunas de las
razones por las que se ha decidido la suspensión del certificado FSC.

Norfor y Silvasur son propietarias de algo más de 80.000 hectáreas
de plantaciones, principalmente de eucalipto, en Andalucía, Galicia,
Asturias y Cantabria. Desde octubre de 2004, dichas plantaciones
disponían del certificado FSC.

de eucalipto) dentro de espacios de valor ambiental incluidos en la
Red Natura en Galicia y Asturias. Según los ecologistas, la compañía
tiene un 'deficiente conocimiento' del valor ambiental de estos
terrenos.

Félix Romero, del Programa de Bosques de WWF/Adena instó al Grupo
ENCE a apostar por 'corregir urgentemente' las carencias identificadas
por los auditores' del FSC. Por su parte, Xosé Veiras, de Verdegaia,
esperó que la suspensión se convierta 'a corto plazo' en cancelación
si 'Norfor continúa incumpliendo estándares'.

Las mismas plantaciones de Norfor y Silvasur, cuyo certificado FSC
ha sido suspendido, mantienen el certificado forestal PEFC. El PEFC,
apoyado por los sectores industriales y algunas administraciones
autonómicas, no cuenta con el apoyo de ninguna organización
comprometidas con la conservación o la ayuda al desarrollo, de acuerdo
con los ecologistas.

'Lo que ha ocurrido con las plantaciones de eucalipto de Norfor es
impensable en PEFC, ya que este sistema no busca una mejora real de la
gestión forestal' señaló el responsable de la Campaña de Bosques de
Greenpeace España, Miguel Ángel Soto


Acci?n contra multinacional: ThyssenKrupp mata Ba?a de Sepetiba

Estimados compas, participar es tan simple cuanto importante!

ThyssenKrupp mata Baía de Sepetiba

La empresa alemana ThyssenKrupp y la empresa Vale do Rio Doce estan construyendo una mega-siderúrgica y un puerto de exportación de acero, que está destruyendo la vida en la Bahia de Sepetiba. Este complejo siderúrgico y portuário que lleva el nombre de Companhia Siderúrgica del Atlântico (CSA) está ubicado en el barrio de Santa Cruz, a las margenes de la Bahía de Sepetiba, en la ciudad de Rio de Janeiro.

Por favor, participe de esta ación de protesta. No dejes que las grandes empresas destruyan la  tierra y el mar. Envie una carta personal al presidente de ThyssenKrupp o use la carta que están en las siguientes webs:

http://www.salveaselva.org/protestaktion.php

 

Ao
Presidente da diretoria
Dr.-Ing. Ekkehard D. Schulz
ThyssenKrupp AG
Postfach 10 10 10
D-40001 Düsseldorf

E-Mail: info@thyssenkrupp.com

Dr. Jürgen Claassen
ThyssenKrupp AG
Corporate Communications and Strategy
AugustThyssenStr. 1
D-40211 Düsseldorf

juergen.claassen@thyssenkrupp.com

Prezado Senhor Dr.-Ing. Ekkehard D. Schulz

a sua empresa alemã está construindo uma siderúrgica e um porto de exportação de aço para Alemanha, com o nome Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). Mas, segundo as informações dos pescadores afetados e dos movimentos ecológicos e sociais, o seu projeto está destruindo a Baía de Sepetiba e as vidas dos mais de 8000 mil pescadores da região. Por isso eu estou muito consternado.

Em maio de 2008, o Tribunal Permanente dos Povos (TPP), em Lima, condenou a ThyssenKrupp e a Vale por crimes ambientes e violações de direitos trabalhistas e humanos na Baía de Sepetiba. Segundo o Fórum de Meio Ambiente da Baía de Sepetiba, a licença ambiental da sua CSA é absolutamente ilegal. A sua empresa destruiu uma área de manguezal durante as obras. E a pesca foi quase eliminada na região, por causa do processo de dragagem que espalhou lama e metais pesados, matando os peixes, destruindo a biota marinha e alterando o ciclo de reprodução do pescado e dos crustáceos.

A ThyssenKrupp tem a maior participação no projeto CSA. Por isso eu peço ao Senhor para paralisar esta obra e impeça a sua construção. Indenize efetivamente e corretamente as famílias de pescadores pelos prejuízos e pela destruição do meio ambiente deles. Além disso, a sua empresa precisa financiar a recuperação dos mangues e de outras destruições que ela fez.

Atenciosamente