Burguesia forçou o 2º turno; agora, o povo precisa se unificar em torno de Lula

Apesar de ser um crítico ácido do que grande parte da esquerda brasileira tem considerado desvios programáticos do governo Lula, o economista João Pedro Stedile, membro da coordenação nacional do MST, alerta: o que está em jogo agora é o projeto político para o país.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) – e especialmente João Pedro Stedile, membro da sua coordenação nacional -, apesar das ligações históricas com o PT não pode ser acusado de condescendência com o governo Lula. Nos quatro últimos anos, as ocupações de terra e ações do MST dobraram, partiram do movimento algumas das críticas mais ácidas à política econômica do ministro Palocci e, enquanto parte dos companheiros de luta, como os movimentos sindical e estudantil, saíram em defesa incondicional da reeleição do presidente, o MST se calou. Até agora.

Diante deste segundo turno – depois de quase ganhas as eleições no primeiro -, o que está em jogo, avalia Stédile, mais do que os nomes de Lula e Alckmin são dois diferentes projetos para o país. E o representado pelo candidato tucano definitivamente não agrada aos movimentos sociais, o que automaticamente leva à convocação das forças populares para a luta pela reeleição de Lula. Leia a seguir a entrevista de Stédile à Carta Maior

Carta Maior – Com o segundo turno, são duas as opções que se colocam para o país: Lula ou Alckmin. O que, em sua opinião, está em jogo agora? Duas visões diferentes de política, dois projetos distintos para o país, uma perspectiva distinta, dependendo do vencedor, para o avanço das lutas sociais?
João Pedro Stedile – Avalio que não se trata, neste momento, de julgar quem é o melhor nome. Trata-se de julgar que projeto interessa ao povo brasileiro. O que está em jogo agora é se as forças do capital financeiro, aliado ao capital internacional e às elites brasileiras, vão consolidar seu projeto ou não. Alckmin representa a retomada do poder pelas classes dominantes, para implementar de forma hegemônica o modelo neoliberal. Seria uma grande derrota para a classe trabalhadora e para o povo brasileiro. Lula representa uma composição de forças sociais, onde há também setores das oligarquias e da burguesia brasileira. Mas representa a possibilidade de transição para um projeto de desenvolvimento nacional. Por isso não tenho duvidas. Precisamos derrotar a candidatura Alckmin. Em relação às lutas sociais, todos conhecem a postura das elites brasileiras: sempre trataram o povo, desde o colonialismo, com o capitão do mato, na base da repressão.

CM – Na campanha deste primeiro turno, houve uma retomada do discurso conservador, que, por vezes, se caracterizou nitidamente como luta de classe. Ao mesmo tempo, pouco se debateu os projetos concretos das diversas candidaturas, para que as diferenças ficassem mais claras. Como você avalia esse fenômeno?
JPS – A disputa real dos projetos políticos se dá na sociedade, e como somos uma sociedade de classes e extremamente desigual e injusta, evidentemente que os projetos precisam representar interesses de classe. Quando eles não representam ou se confundem, o processo eleitoral vira uma disputa apenas de cargos ou de grupos. Veja a situação que vivemos. No primeiro turno não houve debate, e, na prática, as candidaturas não defenderam projetos. Mas a burguesia brasileira não nos faltou, e agiu. Foi a classe dominante que, na reta final, deu um caráter de classe para a campanha, e se unificou em torno da candidatura Alckmin, quando percebeu que poderiam derrotar o Lula. Foi essa mudança de consciência de classe da burguesia que forçou o segundo turno, e ao mesmo tempo transformou a campanha do segundo turno numa campanha totalmente diferente do primeiro: agora, as candidaturas vão representar projetos de classe, ainda que difusos. A burguesia vai se unificar em torno Alckmin, e a classe trabalhadora, o povo, precisa se unificar em torno de Lula, independe de suas propostas.

CM – O MST, ao contrário de outras entidades, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), não se pronunciou publicamente em defesa da candidatura de Lula no primeiro turno…
JPS – O MST tem como princípio manter a autonomia em relação a partidos, governo, Estado, igrejas. Isso significa que, enquanto organização, não tomamos decisões partidárias ou eleitorais. Mas como militantes sociais, temos a obrigação de participar ativamente da política brasileira, agirmos na política. A imensa maioria de nossa base e militância participou e optou individualmente pela candidatura Lula no primeiro turno. A marca dessas eleições, pelo menos no primeiro turno, no entanto, foi uma pasmaceira geral em função da falta de debate de projetos. E uma das causas desta imobilidade foi a forma como foi feita a campanha Lula: ainda privilegiou os marketeiros, a televisão, e não estimulou a participação da militância social. Por isso, pouquíssimos militantes dos movimentos sociais, e mesmo dos partidos, tiveram uma atuação ativa nessa campanha.

CM – Qual seria a relação do MST com um possível segundo mandato de Lula? O movimento apresentará propostas ou demandas de cunho programático? Por outro Lado, qual seria a estratégia do movimento caso Alckmin seja eleito? Como avalia essa possibilidade?
JPS – Não trabalho com a possibilidade da vitória de Alckmin, embora ele tenha chances reais. Mas acredito que as forças populares da sociedade brasileira, que são amplamente majoritárias, não querem a volta do neoliberalismo puro. Portanto, acho que a correlação de forças na sociedade nos favorece, apesar dos erros da campanha de Lula e dos poucos avanços que tivemos no primeiro mandato. Em relação a mais quatro anos de governo Lula, o MST manterá sua autonomia, como mantivemos ao longo do primeiro mandato. A opinião publica e a imprensa são testemunhas que aumentamos muito as mobilizações no campo, são testemunhas de nossas críticas à política econômica do governo, à timidez do processo de reforma agrária. A própria direita fustigou o governo porque não reprimia as nossas lutas. O nosso papel é seguir organizando o povo, para ter consciência, se mobilizar e lutar. E evidentemente que vamos apresentar nossas propostas de reforma agrária e de mudança de modelo econômico. Faremos nosso congresso nacional logo no inicio do ano de 2007, e nesta oportunidade apresentaremos as nossas demandas. Nós estamos debatendo essas propostas em nossa base desde meados do ano.

CM – Com o advento dos governos progressistas na América Latina, os movimentos sociais – e em especial a Via Campesina, da qual o MST faz parte -, tem aprofundado o debate sobre as relações internacionais e a integração da região, do ponto de vista da sociedade civil. Como vê as duas opções de governo nesta área?
JPS – Alckmin seria o retorno da hegemonia do governo dos Estados Unidos sobre a América Latina. Agora, o continente está num processo de transição, e em praticamente todas as eleições o povo tem votado em candidatos antineoliberais. Isso gerou três grupos de governos: um grupo de esquerda – Venezuela, Bolívia e Cuba -, um grupo de governos de caráter moderado mas em transição do neoliberalismo, e que enfrenta pontualmente a política americana – Brasil, Argentina, Uruguai, Peru e Equador -, e o grupo dos países que se colocam como fieis aliados dos americanos – Chile, Paraguai e Colômbia. Uma vitória do Alckmin, seria o desequilíbrio pró-EUA, com a ida do Brasil pro grupo dos aliados servis.

CM – Como avalia a esquerda brasileira hoje, e quais, na sua opinião, seriam as suas perspectivas? Existe algum "culpado" pela situação em que se encontra hoje? O que seria preciso para que se fortalecesse, principalmente frente ao fortalecimento do conservadorismo do cenário político desenhado nestas eleições?
JPS – Primeiro, nossa avaliação é que não houve grandes alterações na correlação de forças políticas a partir das eleições. Acho que mantivemos o mesmo quadro. Os conservadores avançaram com a eleição de alguns governadores e senadores, mas as forças populares tiveram vitórias importantes na Bahia, e poderão ainda ter no Paraná, Rio Grande do sul, Pernambuco e Pará. Na Câmara se manteve a mesma correlação de forças.
Segundo: Há um contexto histórico que é muito adverso para a classe trabalhadora e para a esquerda em geral no atual período,. Sucintamente, os 15 anos de neoliberalismo representaram uma derrota muito grande pros interesses do povo. E alteraram as classes, e a economia nacional. Tanto é que elegemos Lula para derrotar o neoliberalismo, e isso ainda foi insuficiente. Os movimentos de massa estão em refluxo. E a esquerda em geral está numa crise ideológica, de valores, de pratica política. E há uma correlação de forças extremamente adversa no uso dos meios de comunicação, nas universidades e no poder do Estado, que sempre operam contra o povo, contra os trabalhadores. Como superar esse quadro histórico adverso? Não será uma eleição, nem uma formula milagrosa; será um longo trabalho, que exige paciência histórica, que poderá aglutinar as forças populares em torno de um novo projeto para o país. E para isso precisamos retomar o trabalho de base, formar militantes, ter nossos próprios meios de comunicação e estimular todo tipo de lutas sociais, em especial com a juventude urbana. Para que de tudo isso resulte um novo período histórico de reascenso do movimento de massas, como foram nos anos de 1945 a 1964, de 1978 a 1989, e assim se altera a correlação de forças e a esquerda poderá avançar. Por isso, para que seja possível superar esses desafios, a tarefa principal é derrotar a direita, derrotar a candidatura Alckmin, pois sua vitória representaria um alongamento desse período adverso.

Los campesinos sin tierra dan la espalda a Lula

El MST reprocha al presidente no haber hecho una reforma agraria

En la vereda de un polvoriento camino de tierra que desciende hasta la ciudad de Cajamar, al norte de São Paulo, se levantan varios chamizos construidos con planchas de madera y telas donde unas 40 familias viven desde hace cinco años. El terreno donde habitan pertenece a la Compañía de Aguas del Estado de São Paulo, pero ellos tratan de transformarlo en un pueblo de pequeños agricultores al que han denominado Irma Alberta.

Son una pequeña proporción de las 180.000 familias que, bajo la dirección del Movimiento Sin Tierra (MST), ocupan terrenos por todo Brasil y echan en cara al presidente Luiz Inácio Lula da Silva que no haya realizado una profunda reforma agraria. Brasil es el país que cuenta con los mayores latifundios del mundo.

Cuando quedan tres días para las elecciones presidenciales del próximo domingo -la campaña finalizó ayer- el tema del reparto de la tierra no ha sido mencionado por ninguno de los dos principales candidatos.

Rosana Santos, de 21 años, es la "coordinadora del sector de educación" del asentamiento. Lleva tres años aquí con sus padres y un hermano y espera que dentro de poco, al igual que ha sucedido en otros sitios, el Estado termine reconociendo la situación y oficialice el asentamiento; es decir, les otorgue el derecho sobre la tierra que ocupan. "Este terreno no sólo era improductivo, sino que la compañía propietaria pensaba instalar un basurero", explica mientras recuerda que los momentos de mayor tensión se han vivido en la media docena de ocasiones en que la compañía ha tratado de expulsarlos. Desde que el MST fue fundado, en 1984, unas 350.000 familias han visto legalizada su situación.

Sin luz, sin agua corriente, sin alcantarillado ni escuela, y con un sólo teléfono instalado en una caseta bajo la bandera roja del MST, Rosana y otros vecinos del asentamiento aseguran que la vida allí es mucho mejor que la que han dejado atrás. Pero no todos han pensado igual; y de hecho a lo largo de los últimos cuatro años, varias familias han optado por cambiar de aires.

Aunque están relativamente cerca de la ciudad, y por tanto tienen accesos a los comercios, lo cierto es que la vida gira en torno a un huerto donde se cultivan desde cebollas a hierbas medicinales. "Alguna vez nos traen la Cesta Básica del Gobierno". Se trata de una ayuda que forma parte del programa de lucha contra el hambre, puesto en marcha por Lula "Pero llega a veces y tiene que quedar claro que es muy, muy básico, apenas harina y judías", subraya la joven.

"Lula ha errado en la distribución de la riqueza por tres motivos", subraya João Paulo Gonçalves, de la Dirección Nacional del MST. "En primer lugar, ha mantenido la política económica de Fernando Henrique Cardoso [presidente entre 1995 y 2002]. Ese ha sido su pecado capital. En segundo lugar, al no tener mayoría en el Congreso, y para poder aprobar las leyes, ha hecho una alianza muy complicada con sectores muy conservadores y extremadamente corruptos de la sociedad. Y en tercer lugar, no tiene proyecto para Brasil. O mejor, el proyecto de Lula es el lulismo que sólo está en su cabeza", añade.

Paradójicamente el MST coincide con la oposición socialdemócrata en acusar a Lula, no por lo que ha hecho durante su gestión, sino por las oportunidades que ha dejado pasar, aunque claro que en dirección radicalmente opuesta. "No pensamos que Lula sea un traidor; de hecho no hemos pedido a nuestros seguidores que voten contra él, pero ha dejado pasar las oportunidades. Por ejemplo no ha querido hacer como Hugo Chávez en Venezuela, que aunque haga negocios con Estados Unidos ha sido capaz de construir una alianza con una amplia base social", apunta el dirigente del MST.

Es cierto que el Movimiento Sin Tierra no ha dado consigna a sus seguidores para votar, pero no lo es menos que las posibilidades reales de que, por ejemplo, los votantes del asentamiento de Irma Alberta, acudan a las urnas el domingo son muy escasas, por no decir nulas.

Sin recursos, ni medios de transporte, se encuentran en la mayoría de los casos a cientos de kilómetros de los lugares donde fueron censados; y eso que Irma Alberta es el primer asentamiento cercano a un casco urbano. Los demás están prácticamente aislados. Aunque todas las familias que actualmente están en el asentamiento votarán al mismo candidato -y hay que descontar a los niños- apenas llegarían al medio punto porcentual del censo nacional. Resultado: el tema ya no está en el debate político.

Los moradores del asentamiento lo saben. "Las elecciones no son la solución para los problemas de Brasil. El cambio vendrá por la organización del pueblo", destaca otra joven que se encarga de controlar el acceso al lugar. Los comicios tampoco preocupan a dos hombres que rondan los sesenta y presentan un aspecto de tener noventa, ocupados en pelar unas judías pequeñas y tiernas que luego venderán en la ciudad a 8 reales (unos 2 euros) el kilo. "¿Sabe el trabajo y el tiempo que me lleva conseguir un kilo de éstas?", pregunta uno de ellos señalando un plato lleno de judías. "No me importa quien sea el próximo presidente", termina.

Conclusiones 5ª Foro por un Mundo Rural Vivo

Este pasado fin de semana (22, 23 y 24 de Septiembre de 2006) hemos estado en  Amayuelas de Abajo (Palencia) en el Foro por un Mundo Rural Vivo.

Estas son las  conclusiones que se han sacado como organización. Información de lo que ha sido el foro: http://www.mstmadrid.org/index.php?option=com_content&task=view&id=243&Itemid=68  

CONSTRUYENDO DESDE LO LOCAL LA SOBERANÍA ALIMENTARIA

PLATAFORMA RURAL / ALIANZAS POR UN MUNDO RURAL VIVO

 

V FORO POR UN MUNDO RURAL VIVO

Amayuelas de Abajo – Palencia

 

     Nos hemos encontrado en Amayuelas de Abajo los días 22, 23 y 24 de septiembre de 2006, más de 300 personas, representando a cuarenta organizaciones sociales (diversas y plurales), procedentes de todos los estados, regiones y pueblos de la Península Ibérica. Nos hemos encontrado agricultores/as, ciudadanos/as que quieren volver a los pueblos, ciudadanos/as que viven en el medio urbano y que están por un mundo rural vivo.

      El conjunto de organizaciones participantes representan a una ciudadanía que cree en otro modelo de economía, en otro modelo de desarrollo, en otro modelo de mundo rural y en otro mundo, porque es posible.

      Nos han acompañado miembros de VÍA CAMPESINA de Brasil, Chile, Inglaterra, Italia, Portugal, Bélgica y Francia.

      A TODOS NOS UNE…..

         Una generosidad expresada en nuestras múltiples y variadas militancias sociales

         Una visión del mundo rural y de la sociedad diferente a la impuesta por el modelo neoliberal

         Un proyecto alternativo que impulsamos desde nuestra apuesta por GLOBALIZAR LA LUCHA Y LA ESPERANZA.

      Hemos trabajado tres días para diagnosticar nuestra realidad campesina local y global, para reafirmar nuestro que hacer sobre lo que sabemos decir, y para intercambiar y fortalecer nuestras luchas.

      Solo tenemos un enemigo, EL MODELO NEOLIBERAL!!!

      HEMOS DADO PASOS DECISIVOS PARA CONSTRUIR LA SOBERANIA ALIMENTARIA….

         Fortaleciendo las alianzas locales para hacer otra agricultura diferente a la que nos imponen las transnacionales de la agroalimentación, para ser soberanos y mantener la biodiversidad sembrando con nuestras semillas, para producir alimentos sanos para todos los /as ciudadanos/as y no para el mercado, para mantener con nuestra presencia activa vivos nuestros pueblos.

         Fortaleciendo las alianzas en lo global para recuperar el valor espiritual y material del agua, la tierra y las semillas.

         Fortaleciendo la cultura de los pueblos, de los obreros y campesinos, que es la cultura de la solidaridad.

 
     FRENTE AL NEOLIBERALISMO Y A LA GLOBALIZACIÓN CAPITALISTA TENEMOS POR DELANTE LA CONSTRUCCIÓN DE LA VÍA CAMPESINA QUE SE EXPRESARÁ EN LOS PRÓXIMOS AÑOS EN:

         Nuestra oposición a la OMC y a la actual Política Agraria Comunitaria, oposición que se plasmará en acciones contra las grandes superficies de comercialización de alimentos, contra los paquetes legislativos que impiden la producción y transformación de alimentos de forma artesanal, contra un uso especulativo de las tierras de cultivo, contra los campos de cultivos transgénicos y la tecnología terminator.

         Nuestro compromiso de trabajar en la construcción de otro poder local, a través del ejercicio de una democracia participativa; de defender el mantenimiento y la creación de servicios públicos que mejoren la calidad de vida de las personas que vivimos en los pueblos; de construir alianzas entre productores y consumidores, y redes que favorezcan una economía alternativa; de mantener y revitalizar los modelos de agricultura campesina defendiendo el derecho a producir localmente.

         Avanzaremos en la construcción de una cultura para un mundo rural vivo a través de la Red de la Universidad Rural Paulo Freire y de la Red de Artistas Por un Mundo Rural Vivo.

         Como acción inmediata, queremos mostrar nuestra solidaridad con los compañeros ALBERT FERRÉ y JOSÉP  EAMIES, activistas antitransgénicos del pueblo catalán, a los cuales los poderes fácticos quieren juzgar.. Lucharemos con uñas y dientes para que ello no suceda! 

 
    Por último, todos/as los/as participantes al V Foro por un Mundo Rural Vivo, nos comprometimos a fortalecer la PLATAFORMA RURAL en cada uno de nuestros Estados, Comarcas y Pueblos, como el mejor instrumento para el trabajo colectivo de la diversidad de organizaciones sociales que estamos por la construcción de un MUNDO RURAL VIVO

 ¡¡GLOBALICEMOS LA LUCHA, GLOBALICEMOS LA ESPERANZA!!

 Amayuelas de Abajo (Palencia), 23 de septiembre de 2006


Solidaridad con el Pueblo Mapuche

Las asociaciones, ONG's, campañas, movimientos sociales, y personas que a
título individual firmamos el presente documento queremos manifestar
nuestra solidaridad con el Pueblo Mapuche, en concreto con el chileno, que
sufre desde hace décadas una fuerte represión a su autodeterminación.

Consideramos que el ejemplo de la comunidad Juan Paillalef y el asesinato
del Lonko Juan Collihuis Catril, que relatamos a continuación, es
representativo de la situación de este pueblo y nos hacen cuestionarnos
¿por qué motivo el gobierno chileno nunca ha querido hacerse parte de las
investigaciones a los atentados que han afectado a la comunidad Juan
Paillalef y resto de comunidades mapuches y, en cambio, sí se ha inculpado
a mapuches e incluso aplicándoles la ley antiterrorista?
En la década de los 90 una de las comunidades mapuches chilenas, la
comunidad Juan Paillalef, comienza una reconstrucción política, social,
cultural y territorial en el sector Curaco de la comuna de Cunco. Esto no
fue bien visto por los latifundistas, ya que en el sector existe una gran
riqueza natural y una gran cantidad de comunidades mapuches a las cuales
bajo presión y engaño se les obligó a ceder sus tierras y pasar a ser la
mano de obra barata de los latifundistas. Al saber que el trabajo de la
comunidad era despertar la conciencia de las demás comunidades del sector
para exigir la devolución de las tierras usurpadas y los derechos
fundamentales que hasta la fecha no son respetados, los latifundistas del
sector formaron un grupo paramilitar que, durante un periodo de 3 años,
amenazó y amedrentó a la comunidad. Así, tres veces por semana, movilizados
en camionetas y provistos de gran cantidad de armamento, atacaron la
comunidad, en especial la casa de la lonko (líder) Juana Calfunao y de
Rosita Calfunao.
Este grupo es financiado por Alvaro y Aliro Taladris, dueños del resort
Trilanqui, Alejandro Seco, quien mantiene una gran cantidad de tierra
usurpada a las comunidades de dalcahue del sector, Leonardo García Sabugal,
quien es un empresario forestal y agrícola que mantiene tierras usurpadas
en distintas comunidades de la región, y el esposo de la concejala de Los
Laureles Patricia Vargas (militante de UDI). Todos estos actos son avalados
por el reten de carabineros de Los Laureles, quienes en innumerables
ocasiones tomaron las denuncias de la comunidad en el libro de constancias.
En el año 1998 estas amenazas se hacen efectivas y la casa de la lonko
Juana Calfunao es totalmente destruida, situación que fue denunciada en el
juzgado del crimen de Temuco bajo el nº 105-333. La denuncia es por
asociación ilícita, y porte ilegal y tenencia de armas de fuego. La
denuncia nunca fue tomada en consideración.
Pero la comunidad no se dejo amedrentar y continuó trabajando por la
recuperación y el respeto de los derechos como Pueblo-Nación Mapuche. Así
se transformó en un ente fiscalizador de las gestiones gubernamentales. En
especial de la gran cantidad de denuncias que recibieron por parte de
varias comunidades por irregularidades en la compra de tierra y proyectos
que fueron aceptados y nunca ejecutados, no llegando ningún recurso a las
comunidades beneficiadas.
En mayo del 2001 la lonko Juana Calfunao, junto a Antonio Cadin (esposo de
Juana) y Waikilaf Cadin (hijo de Juana), es detenida por carabineros de
fuerzas especiales de la 2º camisería de Temuco en el Terminal rural de
esta región. Un grupo de aproximadamente 100 carabineros procedieron a
detener a los miembros de la comunidad. Producto de la detención y las
torturas que Juana Calfunao recibió dentro de los calabozos en donde se le
propinaban golpes de pie y puño y, con especial ira, en la zona de la
vagina, tuvo un aborto espontáneo de un feto de 2 meses de gestación. Los
miembros de la comunidad fueron procesados por el delito de maltrato a un
carabinero en servicio, recibiendo una condena de 2 años por este supuesto
delito. La causa esta caratulada bajo el nº 89-2000 y nº 15-000 de la
fiscalía militar de Temuco.
El 5 de mayo del 2002 la lonko Juana Calfunao, mientras se encontraba
realizando tramites de estudios de sus hijos, fue agredida de manera
cobarde por el funcionario policial de apellido Palabechino, quien en esa
época estaba a cargo de las fuerzas especiales de Temuco. Este procedió con
su radio comunicador a golpear en plena boca a Juana Calfunao, que perdió
la pieza número 9 de su dentadura. Además Juana Calfunao resultó detenida
junto a sus hijos, siendo nuevamente procesada por maltrato a un carabinero.
El día 31 de diciembre del 2002 dos miembros de la comunidad Juan
Paillalef, Sebastián y Eliseo Calfunao, fueron brutalmente agredidos por
funcionarios policiales del retén Los Laureles, quienes mantuvieron toda la
noche a los jóvenes amarrados propinándoles golpes con diferentes
elementos. Sebastián Calfunao fue trasladado al servicio de urgencia de
Cunco en estado de inconsciencia. Ambos jóvenes fueron condenados por
maltrato a carabineros de servicio, siendo condenados a firmar por dos
años. La causa esta caratulada bajo el nª RUC. Nº03100000-k R.I.T Nº 9-2003.
El día 26 junio del 2004 la comunidad es nuevamente víctima de un atentado
incendiario que destruye la casa de la lonko Juana Calfunao, resultando
muerto el lonko Basilio Coñoenao de la comunidad Juan Pichunlaf, sector
Calquinco, cuyas tierras se encuentran usurpadas por los hermanos Taladris.
Este incendio debió ser investigado por el fiscal Cristián Crisosto Riffo,
quien además contó con una dedicación preferente por más de un mes para
investigar este hecho. El fiscal, después de 8 días de perpetrado el
atentado, se hizo presente en la comunidad. Allí se le entregaron las
pruebas que la comunidad mantenía de las amenazas por parte de
latifundistas de la zona, investigación que hasta la fecha no arroja
resultados.
El día 13 de agosto del 2004, Waikilaf Cadin (hijo de Juana Calfunao),
resultó apuñalado por cuatro personas, una de las cuales dirigió todo el
procedimiento. Waikilaf Cadin terminó con tres heridas corto punzantes, una
de ellas en el dorso, una segunda en el pulmón izquierdo y la tercera en el
muslo derecho.
El 22 de julio de 2005, la comunidad Juan Paillaef fue victima de un nuevo
atentado incendiario, resultando nuevamente la vivienda de la lonko Juana
Calfunao destruida. La investigación está a cargo del fiscal Claudio Berato
y, nuevamente, hasta la fecha, no hay ningún resultado.
El día 22 de diciembre del 2005, la lonko Juana Calfunao, quien se
desplazaba en su caballo, fue baleada, quedando el caballo con impacto de
perdigón en 16 partes y Juana Calfunao con 5 proyectiles en su cuerpo.
El día 23 de diciembre del 2005 la lonko Juana Calfunao es detenida junto a
su hermana Luisa Calfunao, la cual resultó con más de 30 hematomas en su
cuerpo, producto de las torturas que recibió por funcionarios policiales.
La detención se produjo sin contar con una orden.
En el control de la detención, la jueza Luz Mónica Madariaga instruyo al
fiscal Mauricio Torres a realizar una investigación por los hematomas, la
cual no se llevó a cabo. La jueza decretó que la detención se llevo de
manera ilegal e irracional por carabineros de Chile, dejándola en libertad.
El día 4 de enero del 2006, la lonko Juana Calfunao es detenida por una
orden emanada del Tribunal de Garantía, en la cual se le acusa de
desordenes públicos graves y amenazas a los carabineros de servicio. Por
ello pasa 20 días recluida. Allí inicia una huelga de hambre y sed para
exigir su libertad. En el juicio es considerada culpable de los delitos que
se le imputan y es condenada a dos penas de 61 días.
El día 17 de agosto del 2006, se produce la detención de Walkilaf Cadin
(hijo de Juana Calfunao), en los momentos en la longo Juana Calfunao se
encontraba en Ginebra denunciando los constantes abusos de los cuales el
pueblo mapuche es víctima y en especial la comunidad Juan Paillalef ante en
el Grupo de Trabajo sobre Pueblos Indígenas de la ONU.
La detención de Waikilaf se produjo después que los integrantes de la
Comunidad Juan Paillalef se opusieran al corte de árboles por los
trabajadores de la empresa eléctrica Frontel, quienes querían instalar
postes de alta tensión en la comunidad. Cabe destacar que dicha empresa ya
ha instalado 20 postes sin el consentimiento de dicha comunidad. Waikilaf
fue arrestado bajo los cargos de: "secuestro, daños, desórdenes en la vía
pública, hurto, y porte ilegal de arma corto punzante". Durante el arresto
Waikilaf fue objeto de tratos crueles, inhumanos y degradantes por la
policía, que luego el Juzgado de Garantía de Temuco lo dejo en libertad por
falta de pruebas.
Sin embargo, la Fiscalía de Temuco apeló ante la Corte de Apelaciones de
esa ciudad, alegando la existencia de procesos pendientes en su contra,
quienes procedieron a revocar la decisión del Juzgado de Garantía y,
ordenando la prisión preventiva en contra de Waikilaf.
Encarcelado Waikilaf, su vida corre serio peligro como demuestran los
hechos ocurridos el  pasado día 7 de Septiembre cuando según la versión
policial, los reclusos de la cárcel de Temuco le arrojaron agua hirviendo
en la espalda. Si bien esta es la versión oficial de los hechos, esta
versión se pone es cuestionable dado los constantes intentos de
amedrantamiento que está sufriendo esta comunidad en su lucha por los
derechos sobre sus tierras y su autodeterminación. A su vez, queremos
denunciar que se ha negado la asistencia médica a Waikilaf a pesar de las
importantes quemaduras que sufre en su cuerpo.
A pesar de las obvias características políticas de la lucha de los
comuneros mapuche, las autoridades chilenas insisten catalogarla como actos
delictivos. Resulta irónico que ayer bajo la Dictadura Militar los presos
resultantes de este tipo de actividades eran considerados presos políticos,
mientras hoy en democracia son considerados delincuentes comunes. No menos
insensato es invocar la Ley Antiterrorista hoy exclusivamente aplicada
contra los mapuches, Ley que fuera recientemente discutida por los
legisladores chilenos, tras un compromiso de reforma después de la presión
de organismos de derechos humanos internacionales y los presos políticos
mapuches, que mantuvieran una huelga de hambre por 70 días.
El rechazo de la reforma de la Ley Antiterrorista por los legisladores
chilenos promovido por el Gobierno, sin el apoyo de su propia coalición,
causo una profunda frustración dentro del pueblo Mapuche, porque nos
demuestra la falta de cometido para honorar los acuerdo contraídos con el
Pueblo Mapuche. El partido Demócrata Cristiano, miembro de la coalición de
Gobierno, se unió con la derecha racista y anti-mapuche para prevenir la
reforma de dicha Ley, quienes tradicionalmente niegan todos los derechos
básicos del pueblo mapuche, criminalizando sus justas reivindicaciones y
encarcelan a sus dirigentes. Es la misma clase política que el 11 de Sep.
de 1973 endorsaron o apoyaron el golpe militar, que termino con la
democracia, causo la muerte de miles de chilenos y, enviaron a la cárcel y
el exilio a otros cientos de miles, son los que implementaron leyes y
practicas represivas que hoy el gobierno democrático aplican contra el
pueblo Mapuche.
La persecución política y el estado de indefensión en que se encuentran los
dirigentes y autoridades mapuches en Chile, esta ampliamente documentada
por organizaciones de derechos humanos nacionales e internacionales. Esta
situación se ve corroborada de nuevo por el asesinato del Lonko Juan
Collihuin Catril de 71 años por la policía chilena. El contingente policial
integrado por unos 14 individuos, entre uniformados y civiles, llego a la
casa de la autoridad mapuche a las 01:00 hrs. de la madrugada y sin exhibir
orden de allanamiento o detención, comenzaron a disparar
indiscriminadamente contra la familia, causando la muerte del Lonko y
dejando gravemente heridos a bala sus dos hijos, Juan y José. La agresión
se produjo el 28 de agosto pasado, en la comunidad Bollilco Grande,
Imperial, IX Región, bajo el pretexto de robo de animales.
El Lonko Juan Collihuin y la Lonko Juana Calfunao tienen un pasado común,
ambos lucharon contra la dictadura militar y por el retorno de la
democracia. Esto hizo que los latifundistas locales buscaran todos los
pretextos posibles para perseguirlos, mantenerlos encarcelados, sean
torturados, tanto ellos como sus familias, situación reconocida por las
autoridades chilenas motivo que hizo acreedor al Lonko Collihuin de los
beneficios provistos en la Ley Valesch.
Con la firma del presente documento queremos denunciar que  el Gobierno
Chileno ha sido incapaz de parar la deplorable práctica feudal que ejercen
individuos dueños del poder económico y con influencias en el poder
político, asentados en el territorio Mapuche. Los mismos que mediante la
manipulación del orden jurídico, son responsables de su quebrantamiento y
que hoy los mapuches perciban a la policía como sus guardias privado y el
estado de derecho como su herramientas para perpetrar el robo de tierras a
los mapuches, sus legítimos dueños.
Son ellos los que ordenan detener a dirigentes mapuches acusándolos de:
amenaza terrorista, incendio terrorista, organización ilícita terrorista,
robos, etc. corrompiendo a la policía y jueces para preservar tierras,
dentro del territorio ancestral de la nación Mapuche, que no les pertenecen.
Nos sumamos a la lucha del pueblo Mapuche y exigimos:
1. La puesta en libertad de todos los presos políticos mapuches que se
encuentran injustamente encarcelados por defender sus tierras ancestrales y
están acusados de delitos que no han cometido.
2. El cese de la aplicación de la ley Antiterrorista contra los detenidos
del pueblo mapuche.
3. La asistencia médica para todos los detenidos que así la requieran como
es el caso de Waikilaf, el hijo de lonko Juana Calfunao.
4. El cese de las amenazas contra los dirigentes del pueblo Mapuche y del
hostigamiento y violaciones de derechos contra las comunidades Mapuches.
5. Que se lleven a cabo las investigaciones judiciales y las detenciones
sobre todas aquellas personas que han intervenido en los abusos cometidos
contra el pueblo Mapuche, como los relatados en el presente documento.
5. La restitución de las tierras del pueblo Mapuche, el respeto de sus
derechos de pueblo y el ejercicio de su libre determinación.

19 de octubre; primer juicio en el Estado español contra un activista anti-transgénico!!

El 19 de octubre a las 10h. Albert Ferré afrontará un juicio en el Juzgado de lo Penal Nº2 de Lérida. Ha sido acusado de haber participado en la estrucción  de un campo experimental de maíz transgénico de titularidad pública. El IRTA (Instituto de Investigación Tecnológica y Alimentaria) y la Universidad de Barcelona se han presentado como la acusación particular y le piden casi 500.000 euros de indemnización, que incluyen 12 meses de pena – multa.   

La acción tuvo lugar el 3 de julio de 2003 en Gimenells, (Lérida), fue convocada  y reivindicada por la Plataforma Transgènics Fora!, y en ella y participaron más de 70 personas.

Este, pero, no es el único caso de persecución del movimiento anti-transgénico catalán. A Josep Pàmies, de la Asemblea Pagesa de Catalunya, le piden cuatro años de prisión y 50.000 euros de indemnización como resultado de una acción que tuvo lugar el 13 de septiembre de 2003. Aún no hay fecha para el juicio.

Con este e-mail queremos hacer una llamada a la solidaridad activa a todos
los colectivos y persones de los movimientos sociales catalanes, nacionales e
internacionales; especialmente a aquellos vinculados al movimiento agroecológico y
anti-transgénico. A continuación os proponemos diversas maneras de
solidarizaros y de particpar en la respuesta popular que creemos que hemos
de dar a estos procesos judiciales en concreto y a la estrategia de
criminalización y represión de la oposición organitzada a la imposición de
la agricultura transgénica en casa nuestra. Que podemos hacer?

.- adheriros al manifiesto de soporte con Albert y el Josep que hemos
elaborado desde la PTF! (encontrareis el manifiesto como documento adjunto
titulado "Llamada a la solidaridad"; las adhesiones las habéis de realizar
enviándolas a la dirección transgenicsfora@ moviments.net ).

– difundir tanto com sea posible este e-mail y los documentos adjuntos
a vuestros contactos y redes.

.- intentar que los medios de comunicación de vuestro barrio, pueblo o
comarca se hagan eco de la situación que afrontamos.

– concentración de soporte + pasacalles antitransgénico.

.- Hacer aportaciones económicas al fondo de resistencia que hemos creado
con el fin de hacer frente a los gastos en avocados, posibles
indemnizaciones,…El número de cuenta se encuentra en el manifiesto adjunto.

Adjunto también os hacemos llegar el documento "Situación de los
Transgénicos en casa nuestra", un pequeño recopilatorio de información actualizada y relevantes obre los cultivos transgénicos en nuestro territorio.

Os animamos a participar en estas actividades y os agradecemos que hagais
llegar este e-mail a todas las personas y colectivos que creais que
pueden estar interesados.

Os mantendremos informados!! Por un mundo libre de transgénicos,
*Plataforma Transgènics Fora!*

 

 

INVITACIÓN A LA SOLIDARIDAD ACTIVA CONTRA LA PERSECUCIÓN POLÍTICA I JUDICIAL DE LA OPOSICIÓN CATALANA A LOS TRANSGÈNICOS

 
El DARP (Departamento de Agricultura Ramaderia y Pesca) y el Gobierno de “izquierdas” de la Generalitat de Catalunya, de la misma forma que el anterior de CIU, se han mostrado hasta ahora totalmente insensibles e intolerantes frente a las movilizaciones de agricultores y consumidores que no queremos transgénicos ni en nuestros platos ni en nuestros campos. Su única respuesta ha sido la criminalización y la represión del movimiento popular catalán que se opone a la agricultura transgénica, efectuada mediante la persecución penal y civil de las personas que se oponen activamente a la imposición de los transgénicos en nuestra casa.

 

Actualmente están en marcha dos procesos judiciales diferentes, los primeros que se realizan en el Estado Español, contra dos personas vinculadas a la lucha contra los transgénicos en Cataluña. La Fiscalía pide prisión a una de ellas y el IRTA (Instituto de Investigación y Tecnología Agroalimentaria; que depende del DARP) y la Universidad de Barcelona una multa de unos 500.000 euros para la otra.

 

Albert Ferré, se enfrenta a una demanda civil de indemnización de 469.064 euros y a una demanda penal de quince meses de pena – multa que equivale a unos 24.000 euros más. El motivo es la acusación, en base a unas declaraciones realizadas a TV3, de participación en una acción de destrucción de un campo experimental de trigo transgénico propiedad del IRTA que no cumplía las condiciones técnicas ni las medidas de seguridad obligatorias. Esta acción, convocada y reivindicada por la Plataforma Transgènics Fora! y la Assemblea Pagesa de Catalunya y en la que participaron unas 70 personas, se realizó el 3 de julio del 2003 en Gimenells, Lérida. El juicio se celebrará el próximo 19 de Octubre en los juzgados de la ciudad de Lérida.

 

A Josep Pàmies, de la Assemblea Pagesa de Catalunya, le piden dos años de prisión por daños, dos años de prisión más por “desacato a la autoridad” y 50.000 euros de indemnización por unos hechos que tuvieron lugar el 13 de septiembre del 2003 durante una acción de protesta dirigida al Gobierno Civil de Lérida donde participaron la Assemblea Pagesa y diversos colectivos más. La acción consistió en segar un campo de maíz transgénico experimental no declarado legalmente, que la multinacional Syngenta tenía en Alcoletge y la posterior entrega de unas mazorcas y una hoja con reivindicaciones al Gobierno Civil de Lérida, donde supuestamente se produjeron los hechos que se le imputan a Josep. Actualmente está pendiente de presentar alegaciones y aún no hay fecha para el juicio.

 

Con este manifiesto queremos denunciar que estas dos acusaciones han sido el resultado de una decisión política y que, por lo tanto, nos encontramos delante de un juicio político que tiene por objetivo criminalizar y castigar de manera ejemplar la oposición a los transgénicos con tal que no se repitan este tipo de acciones.

 

Por este motivo desde la Plataforma Transgènics Fora! y la Assemblea Pagesa hacemos una llamada a todos los colectivos y entidades pidiendo soporte a los encausados y las adhesiones al presente manifiesto rellenando el boletín del píe del documento. Os convocamos también a participar en las acciones y movilizaciones previstas (os informaremos próximamente de lo que estamos preparando) y las que se vayan organizando.

 

Por otra parte, os facilitamos un número de cuenta corriente con objeto de recoger aportaciones solidarias que servirán para ayudar a pagar los abogados y, si se diera el caso, las multas e indemnizaciones que se imputan a nuestros compañeros

 

Nº de cuenta: 3025 0002 44 1433265093     Entidad: Caixa d’Enginyers de Catalunya

 

BOLETÍN DE ADHESIONES:

 

Entidad/colectivo:………………………………………………………………………………………………………………..

Identidad jurídica:……………………………………………………………………………………………………………..….

Nif: …………………..……………………………………………………………………………………………

Dirección postal:……………………………………………………………………………………………………………….…

Dirección electrónica:……….………………………………………………………………………………..

 

Para enviar manifiestos firmados o para contactar con la PTF!: transgenicsfora@moviments.net

 

 

SITUACIÓN DE LOS TRANSGÉNICOS EN NUESTRA CASA

                                                                                             

 

          La Generalitat de Catalunya es responsable directa de que Cataluña sea, juntamente con el Aragón, la región europea con más hectáreas de transgénicos conreados. El año 2005 se conrearon unas 17.000 has. de maíz transgénico en Cataluña; España y Rumania son los dos únicos estados de la UE que permiten el conreo comercial de transgénicos.

 

          También es responsable de la total inexistencia de planes de seguimiento y control, condición indispensable para la liberalización de OMG (Organismo Modificado Genéticamente) en el medio ambiente, según la propia legislación europea.

 

          El Gobierno de la Generalitat sigue una política de ocultación y negación sistemática del fenómeno de la contaminación genética. Aún así, no obstante la falta de medios y las trabas interpuestas por la administración, durante el año 2005 pudieron ser confirmados nueve nuevos casos de contaminación en Cataluña y el Aragón (“La coexistencia imposible”; Assemblea Pagesa, Plataforma Transgènics Fora! i Greenpeace; 2006). Estos casos de contaminación demuestran que la coexistencia entre cultivos transgénicos, ecológicos y convencionales es imposible productivamente, socialmente y ecológicamente. La existencia de agricultura transgénica en una región hace imposible la existencia de cualquier otro tipo de agricultura.  

 

         El Departamento de Agricultura Ramaderia y Pesca (DARP) y el Gobierno de '“izquierdas” nos amenazan desde hace más de un año con la aprobación de un Decreto de Coexistencia entre cultivos convencionales, ecológicos y transgénicos que representa la sentencia de muerte de la agricultura ecológica: su objetivo político es legalizar la imposición de la agricultura transgénica en Cataluña, su expansión desbocada y la generalización de la contaminación genética asociada.

 

          Mientras, en el resto del mundo aparecen cada vez más estudios que demuestran las alarmantes consecuencias para el medio, la salud y el conjunto de la sociedad intrínsecas a la aplicación agrícola de la ingeniería genética, el Gobierno de la Generalitat desestima sistemáticamente los informes elaborados por científicos y centros de investigación independientes que muestran las evidencias de los peligros reales y potenciales de los OMG.

 

De acuerdo con lo expuesto, la Plataforma Transgènics Fora! (y otros colectivos) exigimos que:

 

          Cataluña se declare Zona libre de transgénicos (como ya han hecho unas 80 regiones europeas), con el objeto de garantizar el derecho de productores y consumidores a una agricultura y una alimentación realmente libre de transgénicos.

 

          Dadas las condiciones de absoluta falta de seguimiento y control, exigimos que el Gobierno de la Generalitat asuma su responsabilidad y sus competencias e impida la distribución, la venta y la siembra de semillas de variedades transgénicas dentro del territorio catalán desde esta misma temporada. Así mismo, exigimos también que de las explicaciones pertinentes relativas a los numerosos casos de contaminación genética de la producción convencional y ecológica catalana que se han dado durante la última legislatura y que informe de que medidas tiene previsto implementar con tal que se cumpla la legislación europea en materia de liberalización voluntaria de OMG al medio y en materia de etiquetaje.

 

          La retirada definitiva del proyecto catalán del Decreto de Coexistencia entre cultivos transgénicos, convencionales y ecológicos ya que significaría la generalización de la contaminación genética y, en consecuencia, la desaparición de la agricultura ecológica.

 

          El  Gobierno de la Generalitat se sume a la petición de 10 años de moratoria para todo tipo de cultivos y experimentos transgénicos que ha sido elaborada por diferentes colectivos y administraciones regionales europeas y que será presentada próximamente en el Parlamento europeo.

 

          Se ponga fin a la criminalización y a la persecución judicial y política de la oposición popular catalana a los transgénicos y que se retiren inmediatamente los cargos contra Albert Ferré y Josep Pàmies.

 

Por un mundo libre de Transgénicos,

Plataforma Transgènics Fora! y Assemblea Pagesa de Catalunya   

 

ENCE abandona la construcción de su planta celulosa en Uruguay

Ayer día 21 el presidente de ENCE Juan Luis Arregui, y el consejero ejecutivo de la empresa, Pedro Oyarzábal anunciaron que ENCE renunciaba a realizar una nueva planta de celulosa en Fray Bentos Uruguay (proyecto M’Bopicuá).

El proyecto había causado importantes protestas ciudadanas en Uruguay y Argentina, y había desembocado en el mayor conflicto diplomático entre ambos gobiernos en los últimos años. La planta de celulosa debería situarse en el río Uruguay que separa ambos países, junto a otro proyecto similar promovido por la empresa finlandesa Botnia. Los impactos ambientales y sociales negativos se extendían a ambos países.

El presidente de ENCE justificó su decisión por considerar que las dos plantas (la de ENCE y la prevista de la finlandesa Botnia) están demasiado juntas y el constante transporte por las carreteras de la materia prima para su funcionamiento sería excesivo para las características de la zona.

Aunque no se reconoce públicamente el proyecto tenía también importantes problemas en su financiación, pues necesitaba los recursos de la Corporación Financiera Internacional (organismo dependiente del Banco Mundial) y del Instituto de Crédito Oficial (ICO), así como el seguro a nombre de Estado Español que puede otorgar la Compañía Española de Seguros de Crédito a la Exportación (CESCE).

La campaña “¿Quién debe a quién?”, formada por cerca de 50 organizaciones españolas, ya había denunciado, desde inicios del año 2006, que el proyecto no tenía una evaluación ambiental y social adecuada, y que causaría importantes impactos negativos en el medio ambiente y en la región.

Igualmente la campaña había solicitado que la inversión no obtuviera recursos públicos españoles (a través ICO y CESCE), habiendo logrado el compromiso por parte del Gobierno español de congelar temporalmente el posible apoyo. La falta de financiación puede haber tenido un papel destacado en la decisión final.

Por ello Ecologistas en Acción y el Observatorio de la Deuda en la Globalización no comparten las declaraciones de la Ministra de Medio Ambiente, Cristinta Narbona, en las que afirma que el “gobierno español es ajeno al conflicto”, cuando está directamente implicado en la financiación de la planta. Del mismo modo añadió que "ENCE tiene tecnología homologada por normas internacionales (de protección del ambiente) y equivalente a la mejor de la que tienen (plantas papeleras) instaladas en Argentina", lo cual entra en clara contradicción con las propias declaraciones de la empresa.

Ante la retirada del proyecto queremos señalar que los sistemas de control de impacto social y ambiental de CESCE e ICO han sido insuficientes para negar por sí mismos la realización del proyecto, a pesar de los altos impactos reconocidos como principal razón para renunciar al proyecto por el nuevo presidente de ENCE. Esto muestra que efectivamente CESCE e ICO no disponen de sistemas adecuados para la evaluación de los proyectos y deben ser revisados en profundidad, tal como se está exigiendo actualmente a través de la propuesta de Ley de Deuda Externa que está en trámite parlamentario.

Este caso muestra, una vez más, que debe exigirse corresponsabilidad a estas instituciones, con la finalidad de asegurar que no se apoyan con recursos públicos españoles proyectos ambiental y socialmente dañinos en el exterior. Por ello exigimos a los parlamentarios españoles que aprovechen la modificación de la ley de deuda para establecer los mecanismos de corresponsabilidad adecuados.

Del mismo modo se encuentra en trámite la elaboración la Ley de Responsabilidad Ambiental. Esta ley no incluye las acciones de empresas españolas en el extranjero, lo cual, según el parecer del Observatorio de la Deuda en la Globalización y Ecologistas en Acción, es una gran carencia en la misma, como se demuestra en este caso.

Ambas organizaciones se alegran de que la movilización ciudadana en Uruguay, Argentina y España hayan impedido este perjudicial proyecto en Fray Bentos.

Stédile diz que novo escândalo não mudará voto do povo em Lula

O líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, disse que o escândalo envolvendo integrantes do PT e da campanha de Lula na tentativa de compra de um dossiê contra candidatos tucanos não faz parte da pauta do movimento, que deseja distância do episódio. 


Nós não queremos entrar na pocilga. Queremos ficar no jardim, plantando idéias novas", afirmou Stédile a jornalistas, em entrevista na Associação de Correspondentes de Imprensa Estrangeira no Brasil.
 
Mesmo com o surgimento da crise na reta final da campanha eleitoral, Stédile acredita que Lula será reeleito presidente da República no primeiro turno e até torce por isso "para que ele não faça mais concessões à direita".
"O povo já tem definição. Outros escândalos eram da mesma natureza e não afetaram o cenário", argumentou Stédile, levantando uma interrogação sobre o ocorrido: "Se for verdade, bota burrice nisso. Só beneficiou os tucanos".
O líder do MST não tem tanta esperança no segundo mandato de Lula. Além de defender que a mudança social "não virá pela via governamental", acredita que, pelas alianças feitas por Lula, o segundo mandato ainda será de transição.
A opção por Lula se explica estrategicamente. Stédile diz que na composição política do governo estarão forças de esquerda, de centro e de direita, e seria possível pressionar o presidente por uma inflexão mais à esquerda, embora Stédile ache que o segundo mandato começará com uma correlação de forças pior do que no primeiro mandato.
"Se as forças neoliberais avançarem, a tendência é que o conflito social se agrave e tenhamos revoltas populares antes do que imaginamos", previu. "Mas se os movimentos sociais se organizarem e lutarem, poderemos ter uma inflexão à esquerda".
Stédile afirmou que o MST nunca tomou posição partidária, mas que 90 por cento da base social do movimento vota no Lula. "O raciocínio é de que na atual eleição não há grandes alternativas. Esta eleição não produziu debate em torno de um projeto para o Brasil", criticou.
 
"Votar no Alckmin seria aceitar o neoliberalismo. Na Heloísa Helena é um voto de protesto. Lula é o menos pior".
 
No entendimento de Stédile, no governo Lula a reforma agrária deixou a desejar e o modelo do agronegócio saiu vencedor no confronto com a agricultura familiar. O que explicaria, então, a popularidade de Lula, capaz, segundo Stédile, de vencer a eleição no primeiro turno?
"Fatores psicossociais", responde. "Lula substitui a ideologia pela empatia. Os mesmos pobres que vão votar nele votaram no Collor e no Fernando Henrique. Pobre não tem ideologia. Vota pelos benefícios que teve com o Bolsa Família e com (o programa de concessão de bolsas de estudo) ProUni. Isso é compensação social. Não muda o sistema".
Stédile afirma que quando a direita percebeu que Lula era imbatível eleitoralmente, concentrou sua estratégia em eleger governadores e senadores. "Vamos sair desta eleição com um quadro institucional mais conservador", aposta.
Com este cenário, a governabilidade de Lula sofreria novos desafios, mas Stédile não acredita que a oposição use o impeachment para derrubar o petista.
"A burguesia sabe do risco de um impeachment. Quando Getúlio se matou a massa foi para a rua e quebrou tudo. Eles vão deixar o impeachment na gaveta. Cada vez que Lula tender para a esquerda, vão utilizá-lo", avalia.

STJ concede liminar a Jaime Amorim

15/09/2006

AO Ministro Nilson Naves, do Superior Tribunal de Justiça, acaba de conceder, em liminar, habeas corpus ao integrante da coordenação nacional do MST, Jaime Amorim. A decisão anula a resolução da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco que havia negado, por dois votos a um, o pedido de habeas corpus feito a favor de Amorim.

“Essa é uma grande vitória contra a oligargia rural do estado do Pernambuco e é fruto da solidariedade de todos e todas que uniram esforços para a libertação do companheiro”, afirmou em nota o Setor de Direitos Humanos do MST.

Ele teve a prisão preventiva decretada por dano ao patrimônio público e incitação ao crime durante uma manifestação em frente à embaixada dos Estados Unidos no Recife, em novembro do ano passado. Para ele, o fato do mandado de prisão ter sido expedido no dia 04 de julho, dia da independência dos Estados Unidos, não foi coincidência, mas demonstra a histórica subserviência das elites e do governo brasileiro aos interesses estadunidenses.

“O MST não deixará de se solidarizar com as lutas internacionais e com os povos oprimidos do mundo. A solidariedade é um legado que aprendemos com a história”, acredita Amorim.

El grito de nuestra América

La coordinación continental del Grito de los Excluidos y Excluidas, reunida en el marco de la celebración del 12º Grito de los Excluidos en Brasil, hemos reflexionado sobre distintos aspectos relativos a la problemática de nuestros países y a las distintas vías que los pueblos están construyendo en su proceso de resistencia y liberación.

Nuestra América está viviendo un tiempo especial, marcado por procesos de transformación política, económica y social, donde se destacan la revolución bolivariana en Venezuela, el proceso de construcción del poder popular en Bolivia y el ejemplo histórico de resistencia y dignidad de la revolución cubana. Porque se trata de procesos y no de sociedades perfectas, estos ejemplos nos dan constancia de luchas que avanzan en el camino de la liberación de los pueblos frente a las potencias imperialistas que los someten desde hace muchos siglos. Así, son un llamado a que también en otros países, levantemos a través de nuestras luchas, la utopía por una transformación profunda de la realidad social.

Sin embargo, no podemos olvidar que el enemigo, representado por el gran capital extranjero y nacional, también se está reagrupando, reconstituyendo su poder allí donde se ha visto duramente golpeado por la acción de los pueblos en contra del neoliberalismo.

Hay ejemplos recientes de países donde la esperanza de transformación política ha sido golpeada mas no vencida, como son los casos de Perú y México, este último aun en resistencia civil contra el fraude y la democracia simulada. En Colombia, la derecha se fortalece con la reelección de Alvaro Uribe y su política belicista; en todos los países de América Central, gobiernos de derecha reafirman la profundización de políticas neoliberales. En Brasil, Argentina y Uruguay, gobiernos aparentemente progresistas, en realidad han dado continuidad a las políticas del Consenso de Washington. En Paraguay, asistimos a una creciente presencia militar estadounidense, lo que representa un riesgo para toda América del Sur. En el Caribe, Cuba está más amenazada que nunca, Haití está ocupada por una fuerza militar latinoamericana al servicio de Estados Unidos, a República Dominicana le fue impuesto un TLC, Puerto Rico, Martinica y otras islas siguen bajo un régimen colonial abierto… es decir, el panorama actual nos presenta grandes desafíos y no podemos cruzarnos de brazos creyendo que ya está todo hecho.

Asistimos, en toda la región, a un proceso de recolonización a través del saqueo de recursos naturales, de una mayor explotación de los trabajadores y trabajadoras, del mecanismo perverso de la deuda y de una irrestricta “libertad” para las transnacionales, “sacramentada” por tratados de “libre” comercio cuyas reglas se sobreponen a la soberanía de nuestros países. Cuando hablamos de imperialismo y recolonización, no estamos solo refiriéndonos a los Estados Unidos, también debemos señalar el papel que juegan en todo esto Europa y las oligarquías nacionales.

Ante esta realidad de opresión y exclusión, la esperanza resurge más fuerte que nunca. La esperanza está en la articulación y consolidación de los movimientos sociales, que encarnamos las fuerzas transformadoras hacia una humanidad libre. No nos conformemos con pequeños avances, busquemos la transformación profunda de nuestras sociedades. El pueblo debe definir su futuro, a través de su lucha constante.

Los caminos de salida vamos a encontrarlos desde los más golpeados de los golpeados, los más excluidos de los excluidos, desde el fondo de nuestros pueblos, sin necesidad de las elites intelectuales divorciadas de las luchas sociales del Norte o del Sur que nos vengan a decir qué es lo que debemos hacer. Tampoco los politiqueros y oportunistas solucionarán los problemas, ni detendrán la rueda de la transformación.

Desde el Grito, pensamos que esta lucha debe extenderse cada día más por todos los países de Nuestra América. La articulación, la organización y la formulación de proyectos y alternativas populares deben seguir orientando nuestros pasos. Asimismo, creemos que la mejor forma de participar en los procesos revolucionarios que actualmente se desarrollan en nuestro continente, es profundizando la lucha en nuestros países respectivos.

Finalmente, hacemos un llamado general a la solidaridad para con todos y todas los militantes políticos y sociales de América Latina y el Caribe, que por motivo de sus causas, ideas y luchas sufren persecución y represión por parte de los gobiernos, los ejércitos, la policía o las fuerzas paramilitares.

Continuemos adelante! Nuestros sueños se construyen cada día y son necesarios e imprescindibles para mantener viva la llama que podrá un día transformarse en una gran hoguera.

MST Informa nº 124 – 17/08/2006

Solidaridad con los pueblos indígenas

Año V – nº 123 miércoles, 16 de agosto de 2006

Queridas amigas y amigos del MST,

Queremos pedir su solidaridad. El 20 de agosto, la Funai (Fundación Nacional del Indio) entregará el informe final sobre las 18 mil hectáreas de tierras indígenas en el norte de Espírito Santo, hoy en posesión de la empresa Aracruz Celulosa. El área es originaria de los pueblos Tupiniquim y Guaraní, pero en 1967, la compañía comenzó a plantar eucaliptos indiscriminadamente y expulsó a las aldeas de la región. Antes de la llegada de Aracruz, había 40 aldeas indígenas en el estado. Hoy son apenas siete. En la misma época, la empresa también entró en las tierras de más de 10 mil quilombolas y campesinos que vivían como posseiros en el estado. Una de las responsables por la extinción de los pueblos indígenas, la Aracruz extirpa cultura y seres humanos.

En las tierras que antes eran productivas, hoy la biodiversidad prácticamente es inexistente. Donde antes había bosque nativo, la vegetación se resume a los eucaliptos, que forman un verdadero desierto verde donde los pájaros y las flores no se reproducen y ningún alimento es producido. Según relatos de los indígenas, hasta el agua ya comienza a desaparecer: un pie de eucalipto de 15 metros de altura es capaz de absorber cerca de 3,6 mil litros de agua al año, comprometiendo la sábana freática de la región.

Si los indígenas aún estuviesen en sus tierras, eso no pasaría, como señala un estudio concluido este año, que comparó la deforestación dentro y fuera de 121 tierras indígenas brasileñas, 15 parques nacionales, diez reservas de extracción y 18 florestas nacionales, entre 1997 y 2000. Según el informe, las tierras indígenas ayudan a prevenir la deforestación así como a las unidades de conservación de uso indirecto, como los parques nacionales.

Ante ese cuadro, los indígenas retomaron la movilización para recuperar las tierras y en 2005 ocuparon el área donde está uno de los cementerios de sus ancestros. El 20 de enero de este año, la Aracruz Celulosa movilizó helicópteros, bombas, armas, tractores y 120 agentes de la Policía Federal, para destruir las dos aldeas reconstruidas y expulsar los pueblos nativos. El desalojo fue violento y dejó marcas en los cuerpos y en la memoria de las comunidades.

Después del desalojo violento, el ministro de Justicia, Márcio Thomas Bastos, se comprometió a firmar el decreto delimitando el área nada más recibiese el proceso con los documentos. El informe, que será entregado el día 20, apunta que el territorio indígena en el estado es de 18.070 hectáreas, siendo que 11.009 hectáreas aún se encuentran en posesión de la Aracruz. Además, los estudios técnicos concluyeron que aquellas tierras son fundamentales para la supervivencia física y cultural de los pueblos indígenas.

Advirtiendo sobre las arbitrariedades que se acumularon y las perversas consecuencias sobre las comunidades indígenas de Espírito Santo, exigimos que por esta vez la promesa sea cumplida y los derechos humanos sean prioritarios sobre los intereses meramente económicos de la multinacional del eucalipto.

Para garantizar la demarcación de las tierras, los indígenas iniciaron una campaña de envío de correos electrónicos al ministro Márcio Thomas Bastos. Nosotros, del MST, apoyamos la iniciativa y esperamos que de alguna forma, la deuda histórica con esos pueblos sea reparada. Aclamamos a todos y todas, en nombre de los verdaderos dueños de las tierras brasileñas, a sumarse en esta corriente de solidaridad.

Para participar, escriba a: gabinetemj@mj.gov.br

Fuerte abrazo, Secretaría Nacional del MST

 

Breves

Carajás: Indemnización sale apenas para 20 de los más de 70 mutilados

Después de 10 años de la Masacre de Eldorado dos Carajás (PA), en que 19 Sin Tierra fueron asesinados, ninguno de los responsables por el crimen está preso. A principios de agosto, 20 supervivientes consiguieron una indemnización de 1,2 millones de reales. El valor es menos de la mitad de lo que había sido determinado anteriormente por la Justicia, y no será pagado hasta 2008. Según Charles Trocate, integrante de la dirección nacional del MST, esta es una pequeña victoria. El número de herido supera los 70, pero apenas 20 de ellos tienen la documentación necesaria para procesar el Estado.

Es inaugurada la biblioteca de la Escuela Nacional Florestan Fernandes

El 05 de agosto, una gran conmemoración marcó la abertura oficial de la biblioteca de la Escuela Nacional Florestan Fernandes. Cerca de 150 personas estuvieron presentes en el acto, que contó con la participación del profesor emérito de la Universidad de São Paulo, Antônio Cândido, de la profesora Heloísa Fernandes, también de la USP, y de João Pedro Stedile, integrante de la coordinación nacional del MST. Durante su exposición, Cândido destacó la importancia del libro en la vida del ser humano: “El libro mata el hambre de la cabeza, sirve para la instrucción y para la imaginación, derechos tan importantes como la alimentación”, afirmó.

Indique el MST Informa para un amigo o una amiga

Queridos amigos y amigas, continuamos con la campaña para ampliar nuestro catastro y conseguir comunicar a la sociedad los análisis y posiciones del MST. Indique por lo menos un correo electrónico más y envíe para semterra@mst.org.br con asunto “cadastro letraviva”.

Cartas

Me gustaría agradecer a todos los integrantes del MST por la lucha continua en busca de una superación de la lógica cruel del capital. Los movimientos campesinos, sobretodo en América Latina, están mostrando que la conquista de la tierra pasa por una trasformación sustancial del modo de producción capitalista. ¡Viva la lucha por la Reforma Agraria! ¡Viva el espíritu revolucionario de los movimientos campesinos latino-americanos! Michel Assis Navarro.