Solidaridad con las mujeres que defienden la vida y la bio-diversidad

Represión en Río Grande do Sul – Brasil

Deseamos expresar nuestra solidaridad con las mujeres de Rio Grande do Sul-Brasil en su acción contra los "desiertos verdes". El 4 de Marzo, alrededor de 900 mujeres de Via Campesina de Rio Grande do Sul ocuparon 2 100 hectareas de la "Hacienda Tarumá" en Rosario del Sur. Las mujeres cortaron los eucaliptos y en vez de ellos plantaron arboles nativos en ese terreno inicialmente apropiado ilegalmente por la compañia de celulosa finlandesa-sueca Stora Enso. La policía atacó entonces violentamente la concentración pacífica e insultó y agredió a las 50 mujeresque se encontraban reunidas.



Esta actividad se estaba realizando junto con muchas otras más en
conmemoración del 8 de Marzo, Día Internacional de la Mujer puesto
que son las mujeres las que más fuertemente se ven afectadas por la
agricultura orientada a la exportación, modelo basado en la
explotación de los recursos naturales y la exclusión de los pequeños
campesinos por las grándes empresas transnacionales.

En varios lugares del mundo los cultivos de eucaliptos así como otros
monocultivos (desiertos verdes) destruyen el medioambiente e
impiden a los pequeños agricultores el hecho de vivir y producir
alimentos para todos.

Condenamos firmemente todo tipo de violencia contra las y los
campesinos mujeres y hombres que defienden su derecho a la vida y
la alimentación de sus comunidades en una forma social y
ecológicamente sostenible.

Los miembros de Via Campesina alrededor del mundo promueven un
modelo de agricultura campesina basada en la producción sostenible
de los recursos locales en armonía con las culturas y tradiciones.

Promovemos la equidad entre hombres y mujeres!

Promovemos la soberanía alimentaria!
    

    Henry Saragih
    Coordinador General de Via Campesina Internacional
    Jakarta, 07 Marzo 2007


Isabelle Delforge

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Communication assistant

La Via Campesina – International Secretariat:

Jln. Mampang Prapatan XIV No. 5 Jakarta Selatan, Jakarta 12790 
Indonesia

Phone : +62-21-7991890, Fax : +62-21-7993426, mobile phone: +62
81513224565

E-mail: idelforge@viacampesina.org, Website:
http://www.viacampesina.org

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Cristina Sancho Esteban
Secretaría Técnica de Plataforma Rural
Plaza de la Iglesia s/n
34429 amayuelas de Abajo, Palencia
Tfno.: 979 15 42 19
Email: plataformarural@nodo50.org
www.nodo50.org/plataformarural




Embaixador da Suíça pede desculpas a viúva de Keno

"Em nome do governo do meu país, eu quero pedir desculpas". Foi com essas palavras que o embaixador da Suíça, Rudolf Bärfuss, terminou a reunião com uma comissão de mulheres da Via Campesina ocorrida na manhã desta sexta-feira (07/04), em Brasília.  O pedido foi direcionado a Íris Oliveira, esposa de Valmir Mota de Oliveira – conhecido como Keno, morto em outubro de 2007, durante um ataque armado à area de experimento transgênico da transnacional suíça Syngenta no Paraná, ocupada pacificamente pela Via Campesina como forma de denúncia.

Emocionada, Íris entregou uma carta (anexa) ao embaixador, exigindo que o governo Suíço ajude a punir a Syngenta  pelo ato de violência e pelos crimes ambientais dos quais é acusada. "Peço que a  embaixada se mobilize para ajudar a retirar a Syngenta do país e impedir que outros crimes como o que vitimou Keno voltem a acontecer. Ele foi morto de uma maneira covarde por jagunços que chegaram atirando violentamente", disse. Em resposta, Bärfuss afirmou querer que a Justiça brasileira investigue o caso "o mais rapidamente possível. "Irei acompanhar o caso para exigir uma resposta para tal crime, pois nada justifica uma execução como essa, da forma violenta como ocorreu".

 

Para Maria da Costa, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o pedido de desculpas do embaixador não foi suficiente. "Queremos a responsabilização da Syngenta pelos crimes que ela comete no Brasil descritos na pauta de reivindicações. Em muitos lugares do país, as mulheres estão mobilizadas contra as transnacionais que massacram, violentam e assassinam homens e mulheres em todo o mundo. Queremos garantir que isto não acontecerá novamente".

 

Após o ato na embaixada suíça, as trabalhadoras seguiram para a frente da embaixada da Colômbia, onde fizeram uma vigília e entregaram ao embaixador daquele país uma carta de apoio ao povo colombiano, exigindo soberania e liberdade – principalmente "das inúmeras mulheres lutadoras mantidas como prisioneiras políticas pelo Estado ou por organismos por ele aparatados".


Por todo o país, as mulheres da Via Campesina seguem realizando ações durante a Jornada de Lutas para mostrar à sociedade a existência de um projeto alternativo de agricultura, baseado na produção familiar para o mercado interno, que respeite a biodiversidade.

 

Informações à imprensa:

 

(61) 8464 6176

 

Promotor pede prisão preventiva de Stedile

Jornal estado de sao paulo 8 de março de 08

 Acusado de participar da depredação do viveiro da Aracruz, há 2 anos, até hoje Justiça não conseguiu encontrar nem notificar o líder do MST

Elder Ogliari

O promotor de Barra do Ribeiro (RS), Daniel Indrusiak, pediu à Justiça a prisão preventiva do líder do Movimento dos Sem-Terra (MST) João Pedro Stedile, acusado de participar da organização da depredação de um viveiro de mudas e um laboratório da Aracruz Celulose, por cerca de 1.500 mulheres da Via Campesina. A invasão completa dois anos hoje. O juiz Jonatas de Oliveira Pimentel ainda não se manifestou sobre o pedido.

Indrusiak está convencido de que há uma estratégia de Stedile para frustrar o processo, porque a Justiça não consegue notificá-lo para que apresente sua defesa desde abril de 2006, quando aceitou a denúncia. Segundo o promotor, o líder do MST nunca está em seus endereços conhecidos nem compareceu a uma audiência marcada por edital em maio passado.


“Ele tem o direito de se defender, mas deve fazer isso na Justiça”, disse. “Como dificulta a citação, há condições para pedir a prisão preventiva”, explicou, ressalvando que isso não corresponde a um julgamento de culpa na depredação, apenas a submissão de Stedile ao processo.

No Dia Internacional da Mulher em 2006, mulheres ligadas à Via Campesina saíram de ônibus de diferentes lugares do Rio Grande do Sul até a Aracruz. Lá renderam motoristas e vigias, entraram na área de expedição e num laboratório e destruíram 3 milhões de mudas de eucaliptos e equipamentos. O prejuízo foi calculado em US$ 700 mil.

Em Porto Alegre, onde participava de conferência sobre reforma agrária, Stedile deu entrevistas saudando as mulheres por chamarem a atenção da sociedade para os problemas causados pela monocultura do eucalipto. Depois disse que não poderia ser condenado por expressar sua opinião num país em que há liberdade de expressão.

Depois da investigação policial, Indrusiak denunciou 37 pessoas como líderes ou organizadores da depredação. Dois anos depois, a Justiça ainda não conseguiu ouvir Stedile e outros oito acusados. O processo pode se arrastar e alguns crimes podem prescrever. Só depois da apresentação da defesa prévia de todos os réus é que começam os depoimentos das testemunhas de acusação e defesa, que são muitas e, em geral, de difícil localização. “Não tenho como dar prazo para o julgamento, mas imagino, por alto, que demorará ao menos uns dois anos”, admitiu o juiz Pimentel.

Para tentar acelerar o trabalho, o processo foi dividido. Desde o ano passado estão fora do processo principal Maria Rodrigues e Maria Leonor Batista, de paradeiro desconhecido. Em fevereiro, Indrusiak pediu a passagem de mais sete acusados para o processo secundário.

Além de Stedile, não foram localizados Manuela Bailosa, procurada em Mato Grosso do Sul e Bahia, e Oracélia Chaves, procurada no Rio Grande do Sul. Loiva Rubenich, morreu em outubro de 2006. Outros três moram no exterior. Da Indonésia, a polícia avisou à Justiça que não localizou Henry Saragyh. A República Dominicana e a Suíça ainda não responderam às cartas que pediam o interrogatório de Juana Ferrer de Sanchez e Corinne Chantal Dobler. Já as autoridades espanholas conseguiram ouvir o britânico Paul Nicholson e enviaram as respostas, que foram anexadas ao inquérito.

No segundo aniversário do ataque, a Aracruz preferiu guardar silêncio. Anteriormente, diretores já haviam deixado claro que a empresa vai pedir reparação de danos às pessoas que forem condenadas pela Justiça.

MARCO

A invasão da Aracruz é considerada um marco para a Via Campesina. Daquele dia em diante, os projetos de plantação de 400 mil hectares de eucaliptos para abastecer futuras fábricas de celulose provocam polêmicas no Rio Grande do Sul. Movimentos de pequenos agricultores, sem-terra e ambientalistas condenam o que chamam de “deserto verde da monocultura de eucaliptos” e defendem o uso das terras para a reforma agrária. O governo gaúcho, prefeitos, ruralistas e industriais defendem os projetos, alegando que poderão tirar a metade sul do Estado da estagnação econômica.

Para o frei Sérgio Gorgen, ex-deputado estadual pelo PT e uma espécie de porta-voz da Via Campesina, as mulheres que participaram da invasão da Aracruz merecem uma estátua por terem mostrado o problema da monocultura à sociedade. “Infelizmente o poder público está totalmente curvado ao capital', lamenta, citando a mobilização da bancada federal pela redução da faixa de fronteira para facilitar a aquisição de terras pela sueco-finlandesa Stora Enso.

A própria Via Campesina trata de manter vivo o tema com protestos periódicos. Depois da depredação da Aracruz, voltou à carga invadindo quatro plantações de eucaliptos de diferentes empresas por algumas horas em março do ano passado e destruindo quatro hectares da plantação da Stora Enso na Fazenda Tarumã, na terça-feira.

“Ameaças como as que temos assistido representam um retrocesso, principalmente no momento em que governo e empresários buscam superar obstáculos ao desenvolvimento sustentável do país”, argumentou em nota divulgada ontem a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). Para a entidade, ações como a destruição do viveiro da Aracruz em 2006 constituem uma “atitude criminosa de agressão e desrespeito aos direitos constitucionais”.

Via Campesina destr?i pesquisa da Monsanto

Grupo de mulheres invade área no interior de SP, rende porteiro e arrasa viveiro e campo de milho transgênico

Brás Henrique

Um grupo de mulheres da Via Campesina invadiu na madrugada de ontem uma unidade de pesquisa da empresa Monsanto, localizada em Santa Cruz das Palmeiras, município do interior de São Paulo, na região de Ribeirão Preto. Elas cortaram a cerca, renderam e amarraram o porteiro e depois destruíram um viveiro e o campo experimental de milho transgênico da empresa. Antes de sair, elas picharam as paredes da guarita de entrada com expressões como “mulheres em luta” e “transgênico mata”.

A Monsanto é uma das maiores empresas do mundo na área de biotecnologia, produção e comercialização de sementes. Em fevereiro ela e a Bayer, outra gigante do setor, haviam obtido uma importante vitória no Conselho Nacional de Biossegurança, que, depois de um longo debate, liberou para produção e venda duas variedades de sementes que vinham sendo pesquisadas em campos experimentais. Um deles era o de Santa Cruz das Palmeiras. O protesto das mulheres da Via Campesina, portanto, não foi somente contra a Monsanto. Ele mirou também as autoridades que regulam o setor de biotecnologia.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso. Em nota, a Monsanto, que não permitiu o acesso da imprensa à área de plantio, condenou o ato.

Foi a segunda vez que aquela unidade foi invadida. Em julho de 2001, integrantes do Greenpeace foram até lá e jogaram tinta vermelha na área plantada, afirmando que o cultivo de transgênicos era irregular.

A invasão de ontem, que faz parte de uma jornada de lutas da Via Campesina para lembrar o Dia Internacional da Mulher, ocorreu por volta das três horas. Foi quando as mulheres chegaram à guarita, depois de atravessar um trecho de 50 metros de mato.

“Nosso objetivo é protestar contra a decisão do conselho de ministros que liberou o cultivo de duas variedades de milho transgênico – o que pode trazer várias conseqüências aos pequenos produtores e à reforma agrária do País”, disse em Brasília a coordenadora nacional da Via Campesina e do Movimento dos Sem-terra (MST), Marina dos Santos. “O cultivo dos transgênicos tira a autonomia dos produtores brasileiros, que ficam reféns da Monsanto, que quer dominar o mercado de sementes no mundo.”

A coordenadora do MST também disse que persistem divergências entre os cientistas a respeito do impacto ambiental e os danos à saúde que as sementes transgênicas podem causar: “O Brasil teria de esperar o resultado final desse estudo.”

A Monsanto registrou boletim de ocorrência pela manhã. De acordo com o relato de Marcos Palhares, representante da área de biotecnologia, à polícia, cerca de 40 mulheres teriam invadido a área com paus e foices, danificando em seguida três experimentos e a estufa, deixando bandeiras do MST e da Via Campesina para trás.

DEPENDÊNCIA

A Via Campesina, organização internacional que no Brasil é representada principalmente pelo MST, é contrária à liberação dada pelo conselho de ministros, em fevereiro, para as duas variedades de milho transgênico (a Guardian, da linhagem MON810, da Monsanto, e a Libertlink, da alemã Bayer). Seus líderes vêem no avanço das pesquisas com transgênicos o risco de uma dependência cada vez maior dos produtores rurais diante dos grandes grupos da área da biotecnologia e do agronegócio. De acordo com nota da entidade internacional, “os transgênicos não são simplesmente organismos geneticamente modificados, mas produtos criados em laboratórios que colocam a agricultura nas mãos do mundo financeiro e industrial”.

Folha de sao paulo, 8 de março 08

Via Campesina depreda Monsanto em SP

Sem-terra destroem campo de milho transgênico em protesto contra liberação de duas variedades do grão pelo governo

Multinacional relata em boletim de ocorrência que foi invadida por cerca de 40 pessoas; movimento afirma que eram 300 manifestantes

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTA CRUZ DAS PALMEIRAS (SP)

Um grupo de manifestantes -na maioria mulheres- ligados à Via Campesina invadiu na madrugada de ontem a unidade de pesquisa da empresa norte-americana Monsanto, em Santa Cruz das Palmeiras (244 km de São Paulo), e destruiu um viveiro e um campo experimental de milho transgênico.
A Monsanto registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil da cidade, no qual relatou que um vigia da empresa, que estava na guarita, foi rendido e ficou amarrado durante 40 minutos. Ninguém ficou ferido.
No boletim, a empresa registrou que foi invadida por cerca de 40 pessoas. No entanto, um funcionário disse à Folha que foram cerca de cem pessoas. Já a direção nacional do movimento afirmou que 300 pessoas participaram da invasão.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar os crimes de dano ao patrimônio e de cárcere privado. Segundo o boletim de ocorrência, antes de amarrar o vigia, os manifestantes o renderam "com foices e paus".
Em 2001, o Greenpeace já havia realizado um protesto nessa mesma área contra o plantio de milho geneticamente modificado. Na ocasião, os ativistas cercaram uma plantação experimental e coloriram as sementes com tinta atóxica.
Na terça-feira, 69 pessoas ligadas à Via Campesina ficaram feridas durante reintegração de posse feita pela PM em fazenda da multinacional Stora Enso em Rosário do Sul (RS).
Ontem, os manifestantes chegaram por volta das 3h e derrubaram parte de um alambrado que dá acesso à empresa. Em seguida, destruíram o viveiro e o campo experimental. A ação durou cerca de uma hora. Quando a PM chegou, não havia mais ninguém no local.
A Via Campesina disse que o objetivo era protestar contra a liberação de duas variedades de milho transgênico pelo Conselho Nacional de Biossegurança. Segundo nota do movimento, "o governo Lula cedeu às pressões das empresas do agronegócio e liberou, em fevereiro, o plantio e comercialização das variedades Guardian (da linhagem MON810 da Monsanto) e Libertlink (da alemã Bayer)".
A invasão faz parte da Jornada Nacional de Lutas da Via Campesina. Uma guarita da empresa foi pichada com dizeres "Mulheres em luta", "Fora Monsanto", "MST" e "Movimento Via Campesina".
"O objetivo foi protestar contra a decisão do Brasil de produzir milho transgênico. Não existe nenhum estudo conclusivo que diga se tem ou não tem problemas para a saúde e para o ambiente", disse uma das coordenadoras da Via Campesina, Marina dos Santos.

Multinacional condena ação dos sem-terra

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTA CRUZ DAS PALMEIRAS

A Monsanto divulgou nota ontem condenando a invasão: "A Monsanto condena veementemente atos ilegais como este, inclusive desrespeitando recentes decisões do Poder Judiciário", diz. "A empresa acredita que, num regime democrático, como o que vivemos, discordâncias -ideológicas ou não- devem ser expressas por meio dos caminhos legais e de livre forma de expressão e não por meio de atentados aos indivíduos e à propriedade privada."
Segundo a Monsanto, "a biotecnologia é uma tecnologia que contribui para uma agricultura sustentável e com menor uso de agroquímicos", e foi "aprovada no Brasil com pareceres conclusivos (técnicos e socioeconômicos) emitidos pelos órgãos federais competentes". A empresa diz que "o segmento de pequenos agricultores é um dos que mais poderia se beneficiar da biotecnologia como já têm demonstrado os exemplos no Brasil e no exterior".

Via Campesina faz mobiliza??es contra o agronegócio e a monocultura

A Via Campesina Brasil realizou protestos e marchas por Reforma Agrária e contra o agronegócio, nesta quinta-feira (06/03), em diversos estados, dentro das atividades organizadas em torno da semana do Dia das Mulheres. Já aconteceram atividades em Rio Grande do Sul, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Rondônia.

"A Via Campesina está tentando ao longo dos anos, juntos com alguns movimentos de mulheres da cidade, resgatar o dia das mulheres como um período de lutas. Hoje essa luta tem crescido por causa do avanço do agronegócio no campo, que atinge principalmente as mulheres e as crianças", afirma a integrante da coordenação setor de gênero, Lourdes Vicente.

As manifestações contra a violência da Brigada Militar do Rio Grande do Sul e a denúncia de compra de terras ilegais em área de fronteira pela empresa sueco finlandesa Stora seguiram com protestos no interior do estado e audiência em Brasília. As mulheres receberam também mensagens de apoio de diversas entidades e personalidades, que condenaram a violência da polícia (veja em http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=5000).


Em Santana do Livramento, as 900 trabalhadoras rurais fizeram caminhada à Praça Binacional, na fronteira com Rivera, onde realizaram um ato político contra a Stora Enso, que descumpre a legislação brasileira e usa empresas laranja para comprar terras a menos de 150 km da fronteira, como determina a Constituição Federal.

Em Encruzilhada do Sul, 600 camponesas fizeram marcha até a Fazenda Bota, da Aracruz Celulose, para denunciar os prejuízos ambientais do plantio de pinus e eucaliptos e a violação de direitos trabalhistas dos funcionários que atuam no corte da madeira.
 
Cerca de 250 mulheres realizaram caminhada em direção à Superintendência Regional da Polícia Federal, em Porto Alegre, para cobrar informações sobre a investigação da compra ilegal de terras na faixa de fronteira pela Stora Enso.

 

Em Brasília, mulheres da Via Campesina denunciaram truculência do governo do RS e ilegalidade da Stora Enso a ministros, parlamentares e diplomatas. Em audiência com o ministro da Justiça, Tarso Genro, militantes da Via Campesina e parlamentares encaminharam no início da manhã o depoimento da militante ferida durante o conflito com a Brigada Militar Gaúcha em Rosário do Sul, Maraísa Talaska. Funcionários da Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça devem encaminhar a denúncia aos órgãos responsáveis. Durante a audiência com o ministro da Justiça, foram apresentados os documentos que comprovam a situação irregular da empresa Stora Enso no Brasil.

 

Maraísa, ainda pela manhã, também foi ao Senado Federal participar da abertura da subcomissão de "Defesa da Mulher" da Comissão de Direitos Humanos da casa. Na presença de senadores e artistas, a militante da Via Campesina mostrou em sua pele o resultado da ação violenta da Polícia Militar do Rio Grande do Sul. A senadora Ideli Salvati (PT/SC) e o senador Paulo Paim (PT/RS) se comprometeram em realizar audiências públicas sobre o tema. Na Embaixada da Suécia, a comitiva formada por integrantes da Via Campesina e parlamentares entregou o dossiê sobre a atuação ilegal da Stora Enso no país e sobre a violência contra as mulheres cometida pelo governo gaúcho. Ao receber os documentos, os secretários das embaixadas da Suécia e da Finlândia revelaram um quadro bastante preocupante para o povo brasileiro: a Stora Enso está fechando suas fábricas na Suécia para passar a atuar exclusivamente no chamado "Terceiro Mundo".  

 

Em Pernambuco, as mulheres camponesas fizeram três manifestações contra o agronegócio e a monocultura da cana-de-açúcar. Cerca de 500 mulheres da Via Campesina ocuparam a sede da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), em Petrolina, sertão de Pernambuco, em protesto contra o modelo de desenvolvimento implantado na região, que beneficia empreendimentos de irrigação de empresas do agronegócio, como o projeto de transposição do Rio São Francisco, o Pontal Sul, em Petrolina, e o Projeto Salitre, na cidade vizinha de Juazeiro, na Bahia.

 

No município de Gameleira, 600 mulheres ocuparam o Engenho Pereiro Grande da Usina Estreliana para denunciar a violência utilizada dos usineiros da região. Há dez anos, foi decretada a falência da usina por dívidas com órgãos públicos. Na cidade de Água Preta, na mata sul, foi ocupada casa grande do engenho Cachoeira Dantas. Em fevereiro, cerca de 66 famílias de trabalhadores rurais que moravam e plantavam no engenho foram despejados por decisão liminar sem possibilidade de defesa dos camponeses. Os trabalhadores foram demitidos pelo antigo proprietário e não tiveram seus direitos trabalhistas pagos.

 

Em Alagoas, 3.000 famílias de trabalhadores rurais da Via Campesina fizeram grande marcha de mulheres pelas principais ruas de Maceió e entregaram  pauta de reivindicações ao ao governo do estado e ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

 

Na Bahia, a Via Campesina promove a partir de hoje o 8º Acampamento de Mulheres com o lema: "Mulheres Sem Terra e Indígenas em defesa da soberania alimentar, contra o agronegócio e as transacionais no campo", na Escola Parque, bairro Caixa D´Água, em Salvador, com 1.500 mulheres, para debater a necessidade de mudanças nas relações de gênero no campo

 

No estado de Mato Grosso, dois encontros reúnem mulheres da Via Campesina, que discutem as conseqüências do avanço do agronegócio sob a perspectiva feminina. No município de Cáceres, região sudoeste, participam 200 mulheres e, em Sinop, na região norte, 150 mulheres. Os encontros pretendem debater .

 

"O ânimo e a determinação de luta é a marca dos encontros. Todas estamos indignadas com a ação da Brigada Militar e do governo do Rio Grande do Sul e solidárias às mulheres que mais uma vez demonstram coragem e determinação nessa nossa luta permanente contra o agronegócio e o deserto verde", diz Itelvina, da direção do MST.

 

Em Rondônia, cerca de 300 mulheres da Via Campesina fizeram marcha até as Centrais Elétricas de Rondônia S.A (Ceron), em Porto Velho, onde entregaram coletivamente as autodeclarações que garantem a Tarifa Social de energia para as famílias que consomem até 140 kwh por mês.

 

O protesto denuncia o subsídio energético dado às empresas e multinacionais pela Eletronorte, que é a principal acionista da Ceron. A Alcoa e a Vale, por exemplo, possuem indústrias de alumínio e ferro no norte do país (a Alumar e a Albrás) e, desde 1984, recebem energia subsidiada (a preço real de custo) da Eletronorte.

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Informações à imprensa

Igor Felippe (SP) – 11-3361-3866

Maria Mello (DF) – 61-3322-5035

Mariana Duque (RJ)- 21-97360-3678

 

 

La CPE y la COAG piden una moratoria europea sobre los transgénicos

Comunicado de prensa, 4 de Marzo 2008

 

La Coordinadora Campesina Europea (CPE) y la Coordinadora de Organizaciones de Agricultores y Ganaderos (COAG – Estado Espanol) llaman a una moratoria europea en todos los cultivos transgénicos desde este año. Después de la decisión del gobierno francés de activar la cláusula de salvaguardia sobre el cultivo del maíz modificado genéticamente MON 810 y de la oposición de muchos gobiernos de los países miembros a los transgénicos, una moratoria es posible en 2008. La Unión Europa ahora tiene que tomar una decisión clara.

Los campesinos y consumidores europeos se oponen de forma mayoritaria a la utilización de organismos transgénicos en la agricultura y la alimentación. Los transgénicos son utilizados por las grandes empresas para privatizar las semillas en detrimento de la soberanía alimentaria de los pueblos y de las comunidades rurales en el mundo entero. Su objetivo es controlar el acceso de los pueblos a la alimentación. Cada vez más estudios científicos prueban que los transgénicos son dañinos para la salud y el medioambiente y que, contaminando los otros cultivos, amenazan hasta la diversidad de la flora. La co-existencia entre cultivos transgénicos y cultivos libre de transgénicos es imposible.

 

El discurso según el cual podríamos elegir, gracias al etiquetaje, comer si o no alimentos transgénicos es engañoso, ya que una vez que los transgénicos están plantados en algunas parcelas, la contaminación es inevitable. Las instituciones europeas han adoptado un umbral del 0,9% por debajo del cual los consumidores no son informados de que los alimentos contengan OGM, incluidos por los productos procedentes de la agricultura ecológica. Esto demuestra que, a menos que haya una prohibición total de todos los organismos genéticamente modificados en Europa, todos estaremos condenados a encontrar OGM en nuestros campos y nuestros platos.

 

¡Urge parar la contaminación! ¡Urge que la UE decrete la moratoria!

 

Contactos:

CPE: Xosé Cendan Ramon, 0034 619 900 002

COAG: Andoni Garcia, 0034 636 451 569

 

Plantados en el suelo

Asesinatos políticos en el Brasil de hoy

Natalia Viana RebeliónTraducido por Adrián Ballester Cerezo

A las once del día 20 de noviembre de 2004, diecisiete hombres armados entraron en la hacienda Nova Alegría, en el municipio de Felisburgo, Minas Gerais. Querían “ajustarle las cuentas” a las 130 familias del Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST), que vivían desde hacía más de dos años en el campamento-asentamiento bautizado con el nombre de Terra Prometida. Los sin tierra denunciaban que una parte de la tierra había sido apropiada con escrituras de propiedad falsas y por ley debía ser expropiada. Adriano Chafik –dueño de la propiedad- y sus hombres entraron hasta el centro de la ocupación y abrieron fuego. Mataron a cinco sin tierra e hirieron a quince.

Pasaron tres años.

A las 1 del mediodía del día 21 de octubre de 2007, cuarenta hombres armados entraron en la hacienda de la multinacional Syngenta Seeds, situada cerca del Parque Nacional de Iguaçu, en Santa Tereza do Oeste, Paraná. Querían “ajustarles las cuentas” a los líde res de las sesenta familias de la Vía Campesina que instalaron allí un campamento bautizado con el nombre de Terra Livre. Los campesinos denunciaban experimentos de Syngenta con semillas transgénicas de soja y maíz, que violaban la ley que prohíbe tales prácticas en zonas cercanas a reservas naturales. Los hombres, contratados por una empresa de seguridad privada, entraron en la hacienda disparando. Ejecutaron a un líder de los sin tierra e hirieron a otros cinco.

La narración de los dos hechos asusta por la similitud. Pero también debería llamar la atención por la diferencia. Son dos historias lejanas en   el espacio y en el tiempo, involucrando a protagonistas diferentes y movidos por diferentes causas. Sin embargo, como en una novela bien ensayada, el desarrollo de los hechos es exactamente igual: Las víctimas ya habían sido amenazadas, las autoridades estaban al tanto del peligro inminente, pero ni siquiera así tomaron medidas. El desenl a ce probablemente también será el mismo. Mientras mataban a otro sin tierra en el campo de Syngenta, Adriano Chafik, preso que se declaró culpable de la masacre de Felisburgo, continuaba sin ser juzgado – y tampoco está previsto su juicio.

El libro Plantados no Chão es un grito de indignación contra estos hechos. Fue publicado en junio de 2007 y es una recopilación de más de 180 casos de militantes asesinados en los últimos cuatro años –durante el gobierno de Lula- por causa de sus ideales. Es un intento de comprender estos asesinatos, buscar establecer el patrón que siguen, porqué suceden y preguntarnos cómo siguen ocurriendo durante un gobierno que fue elegido con el apoyo de estos movimientos sociales. No hay una respuesta fácil, por lo que no pretendemos agotar el tema, pero sí iniciar un debate necesario.

Cada asesinato político no es la muerte de un militante, es un poco la muerte de la causa que éste defiende. Los asesinatos políticos hoy en día no sirven para liquidar una persona, pero sí para calmar las exigencias de un grupo que es representado por esa persona. Al permitir esta rutina violenta, nuestro gobierno permite que sean las balas quienes deciden en la democracia brasileña. No es algo por lo que estar orgulloso.

Desde el lanzamiento, nuestra intención es que el libro se pueda descargar desde internet de forma gratuita. Queríamos desde el inicio que su contenido tenga más alcance que la forma (y el precio) que un libro puede alcanzar. Queremos llevar este debate a todos los rincones posibles. Por   ello, como autora (junto con el equipo de Conrad) pedimos: descargue el libro, copie, imprima, lea, relea, critique. Al final, parafraseando a la periodista británica Jan Rocha, autora del prólogo del libro, el asesinato político no es la muerte de una sola persona; es un golpe contra la esperanza – y contra el futuro de nuestra democracia.

El trabajo iniciado con “Pl a ntados no Chão” no termina aquí. En breve estrenaremos un blog en esta página web, donde mantendremos actualizados a los lectores, no sólo en relación a los crímenes contados en el libro, sino también abriendo un espacio para nuevas denuncias.

Aproveche el libro, la página web y difunda la idea.

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Fuente: http://www.conradeditora.com.br/hotsite/plantados/download.html

 

Agricultoras feridas no RS denunciam violéncia

Na manhã desta quinta-feira (06/03), trabalhadoras da Via Campesina entregam denúncia ao Ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre as atrocidades cometidas na última terça-feira (04/03) pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul durante o despejo de 900 trabalhadoras rurais da Fazenda Tarumã, em Rosário do Sul, de área ilegal da empresa Stora Enso. A audiência acontece a partir das 9h30, no Ministério da Justiça, em Brasília.  

Durante a ação policial, cerca de 50 camponesas foram feridas por balas de borrachas e estilhaços de bombas, além de sofrerem agressões físicas pela Brigada Militar, sob ordens da Governadora Yeda Crusius e dos Comandantes Binsel e Paulo Mendes. Junto com o documento-denúncia, as trabalhadoras rurais entregarão um CD com fotos das mulheres agredidas.

 

Às 15h, a denúncia também será entregue ao Secretário Especial de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi.

 

Informações à imprensa em Brasília:

 

(61) 8464 6176

(61) 9966 4842

 

No Rio Grande do Sul, mobilizações continuam

 

As trabalhadoras rurais organizadas pela Via Campesina mantêm as mobilizações na manhã de hoje (06/03). Em Encruzilhada do Sul, a Fazenda Bota, da Aracruz Celulose, é o destino das 600 camponesas que estão acampadas desde o dia 04/03 no município. As agricultoras denunciam os prejuízos ambientais do plantio de pinus e eucaliptos e a violação de direitos trabalhistas dos trabalhadores que atuam no corte da madeira.

Cerca de 250 mulheres da Via Campesina realizam caminhada em direção à Superintendência Regional da Polícia Federal (Av. Ipiranga, 1365), em Porto Alegre (RS). As mulheres cobram informações sobre a investigação da compra ilegal de terra na Faixa de Fronteira pela empresa de celulose Stora Enso.

Em Santana do Livramento, as 900 trabalhadoras rurais deixaram o Ginásio municipal e seguem em caminhada à Praça Binacional, na fronteira com Rivera, onde realizarão um ato político.

Informações à imprensa no RS:

Encruzilhada do Sul – 54 99280490/ 54 99840624

Porto Alegre – 54 91639205

Santana do Livramento – 51 96356297

 

 

Trabajadores Sin Tierra son atacados por Pistoleros en Alagoas

 La policía detuvo al terrateniente Jorge Fortes. Él fue preso en flagrante y actuado por intento de homicidio después de haber mandado 12 pistoleros fuertemente armados a disparar contra un grupo de 70 familias de agricultores ligados al Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST). El último día 27, las familias ocuparon la hacienda Lagoa Comprida, localizada a 280 kilómetros de la capital del estado, Maceió, región nordeste de Brasil.

http://www.radioagencianp.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=4096&Itemid=39 

En la acción violenta, nueve trabajadores fueron heridos por los disparos y dos de ellos están en estado grave. La dirección estadual del Movimiento exige a la justicia punición de los responsables, además de rapidez en el proceso de desapropiación del área. La oidoría agraria de Alagoas afirma que pedirá auxilio a las autoridades oficiales para acelerar este proceso. La hacienda Lagoa Comprida es reivindicada por el MST hace aproximadamente un año, cuando fue realizada la primera ocupación.

En octubre de 2007, los trabajadores que aguardaban la desapropiación dejaron el área con la promesa de que el Instituto de Colonización y Reforma Agraria (Incra) realizaría la inspección y adquiriría el inmueble para asentar a las familias. Sin embargo, hasta ahora, el Incra no concluyó tal proceso. La propiedad tiene aproximadamente mil hectáreas. El informe de conflictos en el campo, divulgado en 2007 por la Comisión Pastoral de la Tierra (CPT), apunta que en el último año, en el estado de Alagoas, 23 personas fueron agredidas, 12 detenidas y 7 torturadas.

De San Pablo, Brasil, de la Radioagencia NP, Silvia Adoue