Hacia una Alianza por la Soberanía Alimentaria de los Pueblos

Esther Vivas (sacado de diagonal)

Grupos y redes en defensa de la soberanía alimentaria de distintos territorios del Estado español se reunieron el 19 y 20 de febrero en Vinyols i els Arcs (Tarragona) para avanzar en la construcción de la Alianza por la Soberanía Alimentaria de los Pueblos. Unas cincuenta personas representantes de colectivos impulsores de esta iniciativa en Castilla y León, Andalucía, Catalunya, Madrid, País Valencià, Castilla-La Mancha, Euskal Herria, Extremadura, Galicia y Asturias se encontraron para debatir acerca de los objetivos y del plan de trabajo a llevar a cabo.
En palabras de Paul Nicholson, del sindicato agrario EHNE y de La Vía Campesina: “La Alianza por la Soberanía Alimentaria de los Pueblos quiere ser un movimiento social. No estamos haciendo una nueva organización ni plataforma. Queremos apoyar las actividades que se dan en lo local, nunca sustituir, y construir una propuesta política de acción entorno a la soberanía alimentaria a medio y a largo plazo”.

El encuentro sirvió para intercambiar experiencias, dotarse de un marco de coordinación y de trabajo estatal, enfatizando la autonomía local, y acordar algunas temáticas clave como la lucha contra los transgénicos o la Política Agraria Común (PAC), entre otros temas, a la vez que se asumieron algunas fechas importantes de movilización como el 17 de abril, jornada internacional de lucha campesina, y un próximo encuentro en invierno del 2010.

Un movimiento desde la base

Desde su lanzamiento a finales del 2008, en el 6º Foro por un Mundo Rural Vivo organizado por Plataforma Rural, se han ido creando, poco a poco y con ritmos distintos, redes y espacios en varios territorios del Estado español con el objetivo de construir esta alianza de “abajo a arriba”. Unos marcos de trabajo que en cada lugar se han dotado de un modelo organizativo propio y han establecido unas prioridades en función de sus realidades locales, aunque hay un elemento común: todos comparten la voluntad de sumar en un mismo espacio a campesinado, grupos de consumo, ecologistas, ONGs, feministas, colectivos de comercio justo, apostando por la creación de “solidaridades” entre el campo y la ciudad y por la construcción de la soberanía alimentaria desde lo local.

Pero, ¿cuáles son las perspectivas de futuro de este proceso? Debemos de señalar que el propio lanzamiento de esta iniciativa es un paso adelante muy importante para consolidar la construcción de redes a favor de la soberanía alimentaria. Asimismo, el peso dado al trabajo y a la coordinación local es fundamental para la consolidación y el arraigo de una iniciativa de estas características, pero sin olvidar la coordinación estatal y la perspectiva global que da el marco de La Vía Campesina.

Otro elemento es la voluntad de crear “movimiento social” apoyando iniciativas ya existentes, como marcos de trabajo e intercambio entre productores y consumidores. Es necesario un movimiento social, amplio y combativo centrado en la movilización a favor de la soberanía alimentaria, en un contexto de crisis alimentaria global y de empobrecimiento del campesinado familiar tradicional, dando un peso específico a las aportaciones feministas, ya que la lucha por la soberanía alimentaria, visto el papel de la mujer en el campo y en el sistema alimentario, requiere de una perspectiva antipatriarcal.

Otro reto es la coordinación tanto territorial, entre los distintos núcleos, como sectorial, entre las redes que participan en la Alianza (ecologistas, comercio justo, mujeres, campesinos, consumidores), estableciendo convergencias con otros movimientos sociales.

Las resistencias a favor de la soberanía alimentaria de los pueblos en el Estado español han empezado a dar sus primeros pasos, pero queda mucho camino, discusiones, debates y aportaciones. El reto no es nada fácil, pero el escenario que plantea el actual contexto político, social, económico, alimentario, medioambiental urge de propuestas de este tipo.

La primera semilla: Nyeleni

Este proceso se enmarca en el llamado internacional de La Vía Campesina a crear redes regionales a favor de la soberanía alimentaria. Esta propuesta surgió del Foro Internacional por la Soberanía Alimentaria, en febrero del 2007 en Malí, con el nombre de Nyeleni, en honor a una campesina maliense. Un foro en el que participaron más de 500 representantes de organizaciones campesinas, pescadores, pastores, consumidores… de más de ochenta países y que fue impulsado por La Vía Campesina, junto con otros movimientos sociales como la Marcha Mundial de Mujeres, el Foro de los Pueblos Pescadores, Amigos de la Tierra, entre otros.

* Esther Vivas es miembro de la Xarxa de Consum Solidari y participa en el proceso de la Alianza por la Soberanía Alimentaria de los Pueblos.
**Artículo publicado en Diagonal, nº 121, http://www.diagonalperiodico.net/Hacia-una-Alianza-por-la-Soberania.html.
*** Más info en: http://www.esthervivas.wordpress.com

Camponesas lutam contra o agronegócio e a violéncia contra a mulher

8 de março de 2010

Somando-se à luta feminista durante este 8 de março, as mulheres da Via Campesina se mobilizam por todo o país para denunciar os malefícios do agronegócio contra a vida e o trabalho das camponesas. Atos, protestos e atividades de formação e estudos acontecem desde a semana passada em todas as regiões do País.

Leia o manifesto em: http://www.mst.org.br/especiais/35

A Jornada de Luta contra o Agronegócio e contra a Violência: por Reforma Agrária e Soberania Alimentar pretende resgatar a data como o Dia Internacional de Luta das Mulheres Trabalhadoras e questionar o modelo de desenvolvimento imposto pelas empresas transnacionais, pelos bancos, pelo governo e pelo Estado para o campo brasileiro. Neste ano são comemorados os 100 anos do 8 de março. “Defendemos alternativas viáveis como a agroecologia, a agricultura camponesa cooperada, a produção de alimentos saudáveis. A Reforma Agrária continua sendo uma medida democratizante e importante para a implantação destas propostas”, afirma Marina dos Santos, integrante da coordenação nacional do MST.

O atual modelo econômico não tem condições de gerar desenvolvimento e melhores condições de vida para a população, garantindo os direitos sociais e a Reforma Agrária. Segundo o Censo Agropecuário de 2006, a agricultura familiar é a responsável por 85% da produção de todos os alimentos. E é nela que trabalham 85% das pessoas do campo.

Além disso, poucas empresas no mundo controlam a produção de alimentos, desde a semente até a venda para o consumo. Em 2005, as dez maiores produtoras de semente controlavam cerca de 50% do mercado mundial. Com isto, as relações de trabalho, os direitos trabalhistas e previdenciários das mulheres e homens são violados constantemente.


A questão agrária continua sem solução: existem no Brasil 90 mil famílias acampadas e mais de quatro milhões de famílias sem-terra no País. A parcela de mulheres beneficiárias pela Reforma Agrária é baixa (12,6% em 1996; 13% em 2002 e 13,6% em 2003). Na Colômbia, esse índice chega a 45%. Segundo a FAO, somente 1% das propriedades rurais em todo o mundo estão em nome de mulheres.

Estados

Em São Paulo, a  250 mulheres da Via Campesina participam da 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres. A partir de hoje (8/3), as mulheres começam a marcha de Campinas a São Paulo com mobilizações nacionais simultâneas de diferentes tipos, formas, cores e ritmos  para marcar o centenário da Declaração do Dia Internacional das Mulheres.

No Rio de Janeiro, trabalhadoras da Via Campesina e do Comitê de Erradicação do Trabalho Escravo marcham na BR-101, rumo à Usina Capim, em Ururaí, Campos dos Goytacazes.  Em 2009, o estado liderou os índices de resgate de trabalhadores em situação análoga ao escravo. Foram 715 trabalhadores resgatados pelo Ministério Público do Trabalho, num total de 4.283 em todo o Brasil.

No Paraná, cerca de 1.000 camponesas ocupam a Usina Central do Paraná desde as seis horas da manhã na cidade de Porecatu (norte do Paraná). O ato denuncia a monocultura da cana e o trabalho escravo.

No Ceará, mais de 400 mulheres estão em frente à indústria química Nufarm, no Novo Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza. Elas fazem protesto contra a fábrica, oitava maior produtora de agrotóxicos do mundo.

Na Paraíba, 400 mulheres da Via Campesina marcham pelas ruas do município de Sousa, sertão da Paraíba. Elas denunciam o uso desenfreado de agrotóxicos pelo grupo Santana, grande empresa agrícola. Os maiores prejudicados são as famílias acampadas no pré- assentamento Isabel Cristiano.

Em Alagoas, as manifestantes acampam na praça dos Martírios, nem Maceió, em frente ao Palácio do Governo do Estado, ficando ali instaladas para as atividades da semana. Em Arapiraca, cerca de 350 trabalhadoras da Via Campesina realizam ato nesta manhã na praça Marques, Centro. Em Delmiro Gouveia, uma marcha discute a construção do Canal do Sertão, obra que deve privilegiar os grandes latifundiários, já que seu usufruto será comercial.

Em Pernambuco, cerca de 180 mulheres reocuparam, pela quinta vez, a Fazenda Uberaba, no município de Bonito, brejo pernambucano. As manifestantes montaram acampamento ontem (7/3) junto com suas famílias. Em 2004, homens armados perseguiram militantes do MST acampados próximos à fazenda. Um dos homens foi identificado como filho da proprietária da área que mantinha pistoleiros fortemente armados.

Em Minas Gerais, durante os dias 6, 7 e 8 de março, 500 mulheres se mobilizam para denunciar a situação de opressão em que vivem por causa do agronegócio, da violência e do machismo, da criminalização e acima de tudo do sistema capitalista.

Em Tocantins, mais de 800 mulheres da região Amazônica e demais movimentos populares do Estado do Tocantins farão uma caminhada em comemoração aos 100 anos de instituição do dia 8 de março. O protesto será em defesa da vida, pelos direitos humanos e pela soberania alimentar. 

As mulheres do Mato Grosso promovem uma campanha de doação de sangue em frente aos correios e a Igreja Matriz, em Várzea Grande.  As mato-grossenses estão reunidas no Encontro Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais do estado que será marcado por debates sobre a atual conjuntura, os impactos sociais, ambientais e econômicos do agronegócio e o papel da mulher na transformação da sociedade.

No Rio Grande do Sul, trabalhadoras da Via Campesina, do MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados), da Intersindical e do Levante da Juventude estão mobilizadas desde o dia 3/3. As manifestantes promoveram palestras e ocuparam a Delegacia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Porto Alegre. Elas ainda se somaram aos estudantes e trabalhadores urbanos no dia 4/3 para uma vigília na reitoria da UFRGS em protesto contra a votação do projeto do Parque Tecnológico.

Leia o manifesto em: http://www.mst.org.br/especiais/35

Informações à imprensa: Mayrá Lima – (61) 96846534
                                        Mariana Duque – (21) 97363678
                                        Assessoria de Comunicação em SP – (11) – 96903614

La FAO, contaminada transgénicamente

Pat Mooney* La Jornada, México, 6 de marzo 2010

 

Estamos atestiguando a la contaminación transgénica de la FAO. Eso es una tragedia. Todo el proceso ha contaminado a la FAO. Es sorprendente darnos cuenta que, a lo largo de los últimos meses, mil 500 organizaciones campesinas, sociales y de la sociedad civil de todo el mundo escribieron una carta al secretariado general de la FAO diciéndole: tienen que hacer algo respecto a un crimen de lesa humanidad que está ocurriendo aquí en México con los cultivos de maíz. La FAO respondió: nos encantaría ayudar, pero se trata de un asunto nacional, y nosotros no podemos intervenir en un asunto nacional.

 

 

Después, la FAO viene a México, y realiza una conferencia sobre la biotecnología en cultivos y, cuando los agricultores, los campesinos y las organizaciones de aquí, como UNORCA, le dicen a la FAO que quieren participar en ella para hablar sobre la contaminación transgénica, la FAO responde: “nos encantaría que vinieran pero, desafortunadamente, esta es una conferencia internacional y ustedes no pueden asistir”. De tal manera que, lo que atestiguamos aquí es la contaminación de la FAO a manos de las empresas trasnacionales y la cobardía de la FAO para abordar este tema como organización del sistema de Naciones Unidas, y eso es absolutamente inaceptable.

 

Si se miran los crímenes contra la humanidad, como lo es la contaminación transgénica del maíz, debemos mirar también el crimen contra la humanidad que representa la contaminación de la Organización de Naciones Unidas.

 

Hambruna

 

Hubo una vez, hace 35 o 36 años, una hambruna. Y en esa hambruna, mientras la gente moría vimos que hubo también especulación en el mercado, vimos que mucha comida desaparecía del mercado, vimos muy altos precios de los alimentos. Había sequía, altos precios del petróleo, preocupación sobre el futuro de la economía petrolera y una preocupación también porque la crisis alimentaria tal vez se quedaría con nosotros por muchas décadas. ¿Les suena familiar? ¿Habían oído hablar de estas crisis antes?

 

De manera que el mundo (o al menos nosotros) teníamos un problema. Y el problema era terminar con el hambre y asegurarnos de que los agricultores fueran tratados honorable y equitativamente mientras nos ayudaban a terminar con el hambre. Necesitábamos una reforma agraria, necesitábamos mercados justos, necesitábamos ser tratados equitativamente.

 

Teníamos un problema, pero la industria tenía una oportunidad, porque las crisis siempre crean oportunidades para alguien. La oportunidad para la industria era que enfrentaba un mercado sumamente diversificado y ese mercado diverso de insumos y productos (fertilizantes, agroquímicos y semillas) no era tan lucrativo como podía ser. Desde la perspectiva de la industria, había demasiadas empresas semilleras, demasiadas empresas químicas, todas demasiado desorganizadas, lo cual no ofrecía muchas oportunidades para generar ganancias. Y para la industria también estaba el problema de cómo convencer al sector público para que dejara de competir con el sector privado, el problema de sacarlo de la competencia. Ese fue el origen de las llamadas Asociaciones Público-Privadas (Public-Private Partnerships). Lo que las empresas propusieron fue: No se preocupen. Nosotros nos encargaremos del hambre. Todo lo que ustedes tienen que hacer es entregarnos lo que necesitamos para controlar el mercado. La industria dijo: tenemos esta tecnología nueva. Es extremadamente cara. Es muy riesgosa, en términos de nuestra inversión e investigación, así que necesitamos que el gobierno nos abra un espacio para que podamos desarrollar esta tecnología y poder así alimentar a los hambrientos del mundo.

 

Lo único que los gobiernos debían hacer eran tres cosas: 1) tenían que cambiar el sistema de patentes para posibilitar la propiedad sobre la vida, para poder tener patentes monopólicas sobre todos los aspectos de los seres vivientes, es decir, sólo cambiar las leyes un poco; en términos de regulación, los gobiernos sólo tendrían que hacerse un poco de la vista gorda, cuando las empresas comenzaran a concentrarse a través de diferentes sectores de la economía. No se preocupen por la política de competencia. Permitan que las compañías fabricantes de pesticidas adquieran empresas semilleras y permitan que las empresas farmacéuticas comprarlas a todas. 2) Que el gobierno dejara de competir con la industria privada. En esta asociación público-privada propuesta por la industria, el sector público tenía que desaparecer, para que así dejara de haber investigación financiada con recursos públicos que estuviese directamente vinculada con los agricultores, con los campesinos. La investigación pública debería estar únicamente vinculada con las empresas y nadie más. 3) Había que convencer a las pequeñas empresas en el sector privado (a las pequeñas empresas semilleras familiares y todas las pequeñas industrias) de que tampoco estaban calificadas para competir porque esta tecnología es demasiado grande y cara como para que las pequeñas empresas pudieran costearla y sobrevivir. Así que las pequeñas empresas debían rendirse y dejarse comprar. Y las empresas obtuvieron todo lo que pidieron.

 

La concentración monopólica

 

A lo largo de los últimos 35 años, después de la última gran crisis alimentaria, lo que ocurrió fue que pasamos de alrededor de 7 mil diferentes empresas semilleras en el mundo, que abastecían de semillas a los agricultores, a sólo cuatro empresas que controlan más de la mitad del mercado mundial de semillas. Y las 10 más grandes empresas controlan más de dos terceras partes del mercado mundial de semillas comerciales. Y las principales empresas químicas han pasado de ser alrededor de 65 a apenas ser nueve, que controlan cerca de 90 por ciento del mercado mundial de pesticidas. Y del mismo modo, las grandes empresas se han apropiado del mercado de la medicina veterinaria y del mercado de la genética del ganado.


Y como ustedes saben, las principales empresas fabricantes de pesticidas son las mismas principales empresas semilleras en el mundo y también son las principales fabricantes de medicamentos veterinarios y muchas de ellas se están moviendo hacia el mercado de la genética animal y el control genético del ganado. Y en todo el mundo, el sector público se marchita y muere, y aquello que queda de él, ese pequeño sector está casi enteramente al servicio del sector privado, esto es, al servicio de las grandes empresas.

 

Y, por supuesto, la gran tecnología que propusieron las empresas hace 35 años, la tecnología que resolvería los problemas del hambre en el mundo es la biotecnología, los transgénicos.

 

¿Han notado ustedes cuán exitosas han sido las empresas? En 1996 había 400 millones de hambrientos en todo el mundo. El año pasado, durante la última cumbre sobre alimentación, se contabilizaban mil millones de hambrientos en el planeta. Han tenido mucho éxito, pero nosotros todavía tenemos un problema: hambre, injusticia, la destrucción de la agricultura campesina alrededor del mundo. Ahora la ONU se vuelve a reunir, aquí en Guadalajara y lo que dice es: tenemos un problema. Tenemos una crisis alimentaria, una crisis de los combustibles fósiles, una crisis financiera, una crisis climática. ¿Qué vamos a hacer? Y la industria está aquí en Guadalajara diciendo: “No se preocupen. Tenemos una solución. Estamos yendo aún más allá de la biotecnología y hemos empezado a hablar de la biología sintética. Tenemos una nueva generación de tecnologías que resolverán sus problemas.

Según la industria, nosotros hemos estado pensando mal el problema. Hemos estado pensando en cosas como comida; hemos estado viendo a la tierra como un espacio para cultivar medicinas, o bien, como un espacio donde vivir, cuando, en realidad se trata sólo de carbohidratos. Sólo es biomasa. En realidad, según la industria, no necesitamos de los agricultores para producir alimentos; lo que necesitamos es cultivar biomasa. Y al final del día, lo único que necesitamos decidir es cómo usar esa biomasa. ¿La usaremos para alimentar nuestros automóviles? ¿La usaremos para alimentar a nuestra gente? ¿A nuestro ganado? ¿Para producir plásticos u otros bienes industriales? Sólo es biomasa.

 

El problema para la industria es, por supuesto, convencernos de que esta tecnología es en verdad la solución, de que esta nueva y extrema ingeniería genética, este nuevo nivel de la biotecnología es la solución a todos nuestros problemas. Y dicen que ésta es también la solución al cambio climático. A medida que nuestros cultivos están en un riesgo mayor mientras cambia el clima, a medida que debemos enfrentar nuevas plagas y enfermedades, necesitamos transitar por este enfoque extremo para adaptarnos rápidamente a nuevas condiciones que nunca antes habíamos experimentado. Y la industria nos dice: sólo confíen en nosotros.

 

La oportunidad para la industria

 

De manera que, nuestro problema de hambre es, nuevamente, una oportunidad para la industria. Y esa oportunidad se reduce a un simple hecho: que, para ellos, en la actualidad, menos de una cuarta parte de la biomasa terrestre anual es utilizada o, como ellos la ven, mercantilizada, es decir, como objeto de compra-venta en el mercado. Esto significa que para la industria, tres cuartas partes de la biomasa mundial todavía es susceptible de ser mercantilizada, que está ahí para ser controlada, poseída por la industria.

 

Las empresas necesitan entonces crear un nuevo mito tecnológico que les permita obtener acceso a ese 75 por ciento de la biomasa del mundo. Si ustedes son campesinos aquí en México, saben bien que no existe tal cosa como biomasa sobrante o desaprovechada. Ustedes saben que esa biomasa es usada por la madre naturaleza para mantener los ecosistemas, es usada para medicamentos o para alimentar al ganado; por supuesto que es usada como alimento, pero siempre es aprovechada, siempre tiene un lugar y una función. Es absurdo, deshonesto y una desgracia el sólo sugerir que la biomasa del mundo no es utilizada. Pero la biomasa que no es propiedad privada, que no es controlada por las empresas es vista como un crimen de lesa industria. Y quieren detener ese crimen aquí, en este país, mediante el control de los centros de diversidad agrícola y mediante el control del maíz.

 

La lucha más importante hoy es por asegurarnos de que el maíz siga siendo lo que ha sido a lo largo de la historia, que el maíz siga siendo de la tierra y del pueblo de México. Esa es la batalla más importante. Si ustedes pierden la batalla en el centro de origen del maíz, entonces perderemos los centros de origen de la diversidad agrícola en todo el mundo. No podemos ganar si ustedes pierden. Ustedes no sólo están luchando en defensa del maíz, no sólo están luchando contra Monsanto. Están luchando contra los nuevos amos de la biomasa y contra los nuevos controles que ellos proponen sobre las nuevas tecnologías. Todos dependemos de ustedes.

He visto los carteles que rezan: Sin maíz no hay país. Pero eso no es suficiente. Yo creo que sin maíz no hay humanidad. Lo necesitamos. Si ustedes pierden aquí, todos perderemos.

 

*Director Ejecutivo del Grupo ETC. Intervención en la Audiencia Los transgénicos nos roban el futuro, organizada por La Vía Campesina, la Red en Defensa del Maíz y la Asamblea Nacional de Afectados Ambientales.

Traducción: Octavio Rosas Landa

 

MST Informa nº 180 – 05/03/2010 – Na luta comemoramos os 100 anos do 8 de março

Há 100 anos, Clara Zetkin, dirigente do Partido Social Democrata Alemão, viu aprovada sua proposta de instaurar o 8 de março como Dia Internacional das Mulheres. Essa referência histórica, por si só, já seria suficiente para demarcar a data com seu sentido principal: a luta. Foi nesse caminho que as mulheres foram para as ruas em todas as partes do mundo, inúmeras vezes: pelo direito ao voto, a salários iguais, para denunciar a violência cotidiana a que são submetidas, desde a humilhação doméstica à mais brutal violência física.

Em um país com uma das piores desigualdades sociais do mundo, com concentração de terra, renda e poder não mãos de uma elite, marcado profundamente pelo latifúndio e pela exploração imperialista, os impactos recaem fortemente sobre as mulheres. De acordo com uma pesquisa da UFRJ, 80% do total de pessoas sem acesso à renda no Brasil são mulheres. E são elas majoritariamente que são submetidas a jornadas duplas ou triplas de trabalho, encarado muitas vezes como ?ajuda? e sem remuneração.

No campo, essa realidade fica ainda mais marcante. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), somente 1% das propriedades rurais do mundo estão em nome de mulheres. E na Reforma Agrária também o índice é baixo: menos de 15% das terras são registradas em nome de mulheres. Cerca de 6,5 milhões de agricultoras são analfabetas. O modelo de produção priorizado pelo Estado brasileiro ? revelado com detalhes pelo último Censo Agropecuário ? faz com que existam 15 milhões de sem-terra no país. Destes, no mínimo, 50% são mulheres. Por trás do grande número de pessoas sem acesso à terra, um dado do Censo expressa a contradição: apenas 1% dos proprietários de terras no Brasil detém 46% do território agricultável.

O agronegócio ? que recebe a maior parte dos investimentos públicos para a produção ? acumula mais um vergonhoso título para o Brasil. Depois de ser o principal consumidor de agrotóxicos, é agora o segundo país do mundo em área cultivada de transgênicos. Enquanto os países desenvolvidos seguem o caminho inverso, preocupando-se com a qualidade da alimentação, nossa população precisa se envenenar para garantir os lucros das transnacionais. Isso porque tentaram convencer o mundo que os transgênicos acabariam com a necessidade de pesticidas. Então como entender essa imensa quantidade de venenos para manter a produção transgênica? O Censo demonstrou que quase 80% dos proprietários rurais usam agrotóxico, muito mais do que o necessário. O imenso volume de herbicidas aplicados no Brasil contamina os solos, os mananciais e até mesmo o aqüífero Guarani. A contaminação chega até nós pela água que bebemos e pelos produtos agrícolas irrigados com a água contaminada.

Não faltam dados que comprovam os malefícios sobre a saúde humana dos agrotóxicos e dos transgênicos, muitas vezes sobre a mulher, como a contaminação do leite materno e impactos na fertilidade. Mas nada disso é motivo para o perverso modelo do agronegócio deixar de seguir seu rumo.

E por isso as mulheres camponesas se mobilizam, enfrentam a opressão e a exploração. Não aceitamos o silêncio. Todos os anos, assumimos a responsabilidade histórica legada pelas socialistas. Neste ano, nos organizamos na Jornada de Luta contra o Agronegócio e contra a Violência: por Reforma Agrária e Soberania Alimentar. Vamos para as ruas em todo o país colocar para a sociedade nosso projeto, nossa alternativa pela saúde, pela autonomia, pela igualdade, pelo fim da exploração. Nos somamos com as mulheres das cidades, que também travam há décadas lutas fundamentais para toda a sociedade brasileira. Sabemos que é este o único caminho possível para conquistar nossos direitos.

FAO y transgénicos: apuesta equivocada

Silvia Ribeiro*

 

Es grave e irresponsable el intento de FAO de legitimar los transgénicos como solución al hambre y la crisis climática en el tercer mundo, cuya expresión más reciente es la conferencia Biotecnologías agrícolas en los países en desarrollo (Guadalajara, México, 14 de marzo). Frente a las críticas que van en aumento, los funcionarios de FAO (Organización de Naciones Unidas para la Alimentación y la Agricultura) declararon que la biotecnología es más que transgénicos y ellos sólo plantean opciones. Pero los documentos que coordinó la FAO para la conferencia no recogen cuestiones fundamentales sobre biotecnología, como el dominio de las empresas trasnacionales sobre todo el sector. Ignoran también los resultados a la vista del uso de biotecnología agrícola: la contaminación transgénica de las variedades campesinas, el aumento del uso de agrotóxicos de esos cultivos (que empeora el cambio climático) y otros impactos sobre el ambiente y la salud de los consumidores.

Si FAO hubiera querido realizar un proceso de discusión sobre opciones, no podría haber organizado una conferencia sesgada, sin la participación de los actores fundamentales, y desechando las posiciones críticas. Ahora, lo que hace la FAO es condonar la apropiación de las semillas y la cadena alimentaria del planeta que crece por parte de unas pocas trasnacionales de transgénicos, lo cual agravará el hambre y el caos climático.

 

La conferencia partió de un proceso errado desde el inicio: no estaban –y siguen sin estar– los campesinos y agricultores familiares y sus organizaciones, que son nada menos que los que producen la alimentación de la mayoría del planeta y son la clave más importante para enfrentar la crisis climática y alimentaria. Este rol fundamental de las campesinas, pastores, pescadores artesanales y otros pequeños productores ha sido confirmado con nuevos datos en varios reportes recientes. (Por ej. ¿Quien nos alimentará? Preguntas ante la crisis climática y alimentaria, del Grupo ETC www.etcgroup.org/es/node/4952)

 

Pero la FAO no se preocupó por esta notable falta, sino que consideró que invitando a una decena de individuos de organizaciones no gubernamentales internacionales cumplía con la formalidad participativa. La mayoría de esos invitados seleccionados por FAO son de organizaciones de las trasnacionales de la industria de los transgénicos (como Croplife y Biotechnology Industry Organization, BIO) u organizaciones de grandes agricultores industriales y ONG e instituciones que son favorables o turbiamente ambiguas a los transgénicos. Como excepción, Pat Mooney, director del Grupo ETC, aceptó integrar el comité de pilotaje de esta conferencia, luego de mucha insistencia de parte del secretariado de la FAO que aseguró sería un proceso justo y neutral.

El 23 de febrero 2010, Pat Mooney, Premio Nobel Alternativo y uno de los más profundos conocedores del trabajo de la FAO desde hace 40 años, renunció públicamente a este comité, luego de constatar que en todo el proceso, la FAO nunca tomó en cuenta ninguna de sus observaciones y recomendaciones, pero sí usó su nombre para justificar ante organizaciones mexicanas que no les permitirían participar en la conferencia, pero que Mooney representaba sus preocupaciones.

 

Entre muchas otras ausencias graves en los documentos, una de las más ofensivas es el hecho de que aunque la conferencia se realiza en México, centro de origen del maíz, la FAO no se ha dignado incluir en el reporte ni pedir cuentas al gobierno mexicano sobre la contaminación transgénica de variedades nativas. Ni sobre la ya ocurrida ni la que ahora promete el gobierno con la aprobación de 24 siembras experimentales de maíz transgénico a favor de las trasnacionales Monsanto, DuPont-Pioneer y Dow.

Uno de los principales organizadores de la conferencia, Shivaji Pandey, por décadas funcionario del Centro Internacional del Investigación Agrícola sobre Maíz y Trigo (CIMMYT) ubicado en Texcoco, México y actualmente presidente del Grupo de Trabajo sobre Biotecnología de la FAO, contestó con una breve y aséptica nota a las preocupaciones que dirigieron a la FAO más de mil 500 organizaciones de 70 países demandando que la FAO debía llamar la atención del gobierno mexicano ante la escalada de contaminación y restablecer la moratoria, por ser centro de origen del maíz. Pandey contestó con su mantra de que la biotecnología incluye muchas tecnologías, que tienen mucho potencial y los transgénicos sí, algunos riesgos, pero que en definitiva era un problema nacional.

 

¿Cómo puede un funcionario de la FAO considerar el centro de origen del maíz del mundo –siendo además uno de los cuatro principales cereales bases de la alimentación de toda la humanidad– un problema nacional?

No hay en los documentos para la conferencia ninguna mención a la gravísima contaminación transgénica en centros de origen y diversidad como México. Sin embargo, los mismos funcionarios de Cibiogem que en México aprobaron en forma irresposable condonar la contaminación trasgénica pasada y aumentarla para permitir el lucro de las trasnacionales, serán ponentes en la conferencia de la FAO ¡en el tema de bioseguridad! Seguramente no mostrarán las críticas que han recibido de más de 700 científicos contra la aprobación de siembras de maíz transgénico (www.uccsnet.org).

 

Mientras tanto, afuera, en calles, plazas y centros de Guadalajara y otras partes del mundo, habrá una gran variedad de actividades de la sociedad civil y organizaciones campesinas para denunciar estas falacias y defender, realmente, las alternativas campesinas que necesitamos para enfrentar las crisis. Definitivamente, no incluyen transgénicos.

*Investigadora del Grupo ETC

 

Llamada hacia movilizaciones de la VíaCampesina: 17 de abril 2010-Día de las Luchas Campesinas

¡‘No’ Al Control de las Transnacionales sobre la Agricultura y la Alimentación!

 

Para conmemorar el Día Internacional de las Luchas Campesinas el 17 de abril de 2010, el movimiento internacional la Vía Campesina hace un llamado a sus organizaciones miembros, a sus aliados, y a quienes apoyan al movimiento a unirse contra las transnacionales quienes tratan de apoderarse de sistemas de alimentación y agricultura en todo el mundo.

 

El 17 de abril de 1996 fueron masacrados 19 campesinos brasileños quienes defendían su derecho a producir alimentos y exigían acceso a la tierra. Desde esa masacre que sucedió en El Dorado dos Carajás, todos los años hasta esta fcha se organizan movilizaciones en todo el mundo por movimientos campesinos, comunidades, grupos de estudiantes, organizaciones no gubernamentales y activistas para exigir soberanía alimentaria y el derecho campesino a producir alimentos.

El año 2009 concluyó con tres cumbres internacionales: la Cumbre sobre la Seguridad Alimentaria, organizada en Roma por la Organización Mundial de la Agricultura y Alimentación (FAO), la Conferencia Ministerial de la Organización Mundial del Comercio (OMC) en Ginebra así como la cumbre de las Naciones Unidas sobre el Clima en Copenhague. En cada uno de estos eventos las trasnacionales mostraron su convicción por controlar los sistemas alimenticios y de agricultura, los mercados, la tierra, las semillas y el agua– es decir toda la naturaleza– a escala mundial. Trasnacionales tales como Monsanto, Cargill, Archer Daniel Midland y Nestlé asistieron a estas cumbres con verdaderas armadas de grupos de presión con el propósito de crear políticas de acuerdo a sus intereses.

 

Por ejemplo, la transnacional Monsanto, basada en los Estados Unidos, quiere recibir fondos públicos para subsidiar su semilla de soja marca ‘Roundup Ready’, la cual está genéticamente modificada para ser resistente a glifosato (vendida por la misma compañía bajo el nombre de ‘Roundup’), el herbicida más común a nivel mundial. Monsanto insiste que la soja ‘Roundup Ready’ ayudará a reducir el cambio climático porque la resistencia al herbicida ‘Roundup’ significa que pueden ser cultivados sin arar la tierra (lo cual emite dióxido de carbono), técnica se conoce como “agricultura sin labranza”. Monsanto argumenta que sus semillas y herbicidas deberían ser elegibles para recibir créditos de carbono a través del Mecanismo de Desarrollo Limpio como parte de la Convención sobre Cambio Climático de la ONU (CMNUCC).

 

Sin embargo la realidad es que Monsanto y otras transnacionales son entre las entidades que más contribuyen al cambio climático y otras crisis del medio ambiente porque promueven un modelo no sustentable de agricultura industrial.

 

Las trasnacionales también aumentan la pobreza y la recesión económica en todo el mundo. Mientras que incrementan su control sobre las tierras y los mercados de productos agropecuarios, las transnacionales obligan a los campesinos a dejar sus tierras y reducen las oportunidades para encontrar empleo en áreas rurales. El resultado es que los barrios pobres de las periferias de las ciudades se llenan con más y más gente desesperada y de familias sin empleo.

 

Las transnacionales continúan a tener ganancias enormes mientras que el hambre y la pobreza siguen creciendo. Es por eso que la movilización contra las transnacionales es hoy en día una prioridad para la Vía Campesina. Nuestro movimiento tiene la visión de un mundo en el cual las trasnacionales como Monsanto, Cargill, Carrefour y Walmart, con su destrucción de la naturaleza y de humanidad dejarán de existir. Serán remplazados por miles de millones de campesinos y campesinas de pequeña y mediana escala que producen alimentos sanos para mercados locales y regionales, preservando la biodiversidad, protegiendo recursos acuíferos, manteniendo el carbono en los suelos y revitalizando economías rurales.

 

Para celebrar el 17 de abril del 2010 la Vía Campesina hace un llamado a sus miembros y aliados para unirse e incrementar la resistencia contra las nacionales y para amplificar las voces y los derechos de los campesinos y las campesinas en todo el mundo.

 

Cómo es posible involucrarse?

 

Creando conciencia sobre la destrucción causada por las transnacionales y sobre los beneficios de la agricultura campesina; organizando un evento dentro de cada comunidad, escuela, ciudad u organización. Movilizaciones posibles pueden ser protestas, debates públicos, acciones directas, presentación de películas, organizar un mercado de productos campesinos, organizar intercambio de semillas campesinas, o concursos de canciones o dibujos.

Suscribirse a la lista de la Vía Campesina sobre el 17 de abril y mantenerse informados sobre las acciones que están siendo organizadas por todo el mundo; puedes recibir nuestra guía de acción y comentar tus planes con otros que conozcas. Las suscripciones se pueden hacer aquí: http://viacampesina.net/mailman/listinfo/via.17april_viacampesina.net

por favor comunícanos lo más pronto posible que el tipo de actividades se están planeando para que se publiquen en nuestro página web: www.viacampesina.org

favor de mandar fotografías, artículos y videos después de los eventos a: viacampesina@viacampesina.org

 

International Operational Secretariat

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La Via Campesina – International Secretariat:

Jln. Mampang Prapatan XIV No. 5 Jakarta Selatan 12790,  Indonesia

Phone : +62-21-7991890, Fax : +62-21-7993426
E-mail: viacampesina@viacampesina.org ; Website: http://www.viacampesina.org
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17 de abril: MANIFESTACI?N estatal en Madrid contra los transgénicos

*Semana Estatal de Lucha contra los Transgénicos*12-17 de abril de 2010

*MANIFESTACIÓN en Madrid*17 de abril de 2010

“POR UNA AGRICULTURA Y UNA ALIMENTACIÓN LIBRES DE TRANSGÉNICOS”

 

Después de la experiencia del año pasado, en este 2010 una serie de colectivos y organizaciones promovemos bajo el lema “Por una agricultura y una alimentación libres de transgénicos” una nueva Semana estatal de lucha contra los Organismos Modificados Genéticamente -OMG- (entre el 5 y el 17 de abril, con especial énfasis en la semana del 12-17 abril). Ésta culminará con una manifestación el 17 de abril, que terminará ante la sede del Ministerio del Medio Ambiente, Medio Rural y Marino (MARM) en Madrid para mostrar el rechazo de la sociedad civil a la introducción de transgénicos en nuestra agricultura y nuestra alimentación.

El Gobierno español sigue promoviendo el cultivo a gran escala de Organismos Modificados Genéticamente (OMG), así como la importación masiva de piensos y otras materias primas agrícolas transgénicas, en contra de la mayoría social y frente a la actitud de precaución adoptada por países como Francia, Austria, Alemania, Hungría, Luxemburgo, Polonia, Irlanda, Grecia, Italia, y recientemente Bulgaria, que mantienen moratorias y prohibiciones a su cultivo. Los niveles de irresponsabilidad política en el Gobierno han alcanzado cuotas muy peligrosas. De hecho, y por primera vez, el Ministerio del Medio Ambiente reconoció el pasado mes de octubre la existencia de personas y de empresas que han sufrido los efectos de la política de transgénicos llevada a cabo por las empresas transnacionales como Monsanto y Syngenta, y el Ejecutivo español.

 

Por un lado, el MARM es permisivo al constante y agresivo lobby de las multinacionales agrobiotecnológicas, por otro lado sigue rechazando tratar los asuntos que las organizaciones ecologistas, agrarias, sociales y de consumidores llevan años poniendo sobre la mesa, tales como la falta de transparencia en los mecanismos de aprobación, evaluación y control, la ausencia de registros públicos de los cultivos transgénicos, las irregularidades en el etiquetado de los alimentos transgénicos, o los reiterados casos de contaminación, etc.

 

Desde hace una década las organizaciones de la sociedad civil denunciamos los efectos sociales, ambientales y económicos del cultivo de maíz transgénico en el país. La alimentación y la agricultura libres de transgénicos se encuentran en una situación de indefensión total y abocadas a la desaparición, de no poner una remedio inmediato a la actual situación. Frente a las 76.000 ha del maíz transgénico de Monsanto MON 810 que se cultivan en España, la agricultura y la ganadería ecológicas siguen siendo víctimas de las multinacionales y de la complicidad del Gobierno.

 

Por todo ello, la Plataforma Rural, el conjunto de sus organizaciones miembros, Transgénics Fora de Catalunya, Iniciativa por la Soberanía Alimentaria en Madrid, Greenpeace, y todos los colectivos que quieran adherirse, convocan a esta Semana Estatal de acciones y a la manifestación del 17 de abril.

 

Os pedimos la mayor difusión posible y animamos al conjunto de los movimientos sociales y la sociedad a asistir a la manifestación del 17 de abril y a organizar en el periodo entre el 5 y el 17 de abril actos, proyecciones de películas, mesas informativas, acciones creativas, debates, reuniones políticas o cualquier actividad que nos permita decir que CADA VEZ SOMOS MÁS QUIENES NOS OPONEMOS A LOS TRANSGÉNICOS.

 

Para adherirse a la convocatoria, esribe a: plataformarural@nodo50.org y isamadrid08@gmail.com (Iniciativa por la Soberanía Alimentaria en Madrid – ISAM)

 

Más información en: http://noquierotransgenicos.wordpress.com/

 

[Adjunto un breve panfleto informativo que puede servir como modelo]

¿Qué son los transgénicos? Organismos creados artificialmente en laboratorio, al introducir genes de unas especie en otras. Así se obtienen seres vivos que no existirían de forma natural. Es un experimento a gran escala con una tecnología llena de efectos imprevistos y no deseados.

 

Amenazan nuestra salud: Falta investigación para conocer todos los daños que pueden ocasionar, por lo que algunos cultivos autorizados se han prohibido posteriormente. Provocan toxicidades, nuevas alergias y resistencia a antibióticos. Varios estudios demuestran problemas de fertilidad, toxicidad en riñón e hígado, etc.

 

Deterioran el medio ambiente y la vida silvestre. Más del 80% de los cultivos transgénicos son tolerantes a herbicidas, por lo que se incrementa su uso. El resto son plantas con propiedades insecticidas que también afectan a la fauna beneficiosa y al conjunto de los ecosistemas.

Producen contaminación genética. Los caracteres transgénicos contaminan otros cultivos tradicionales o ecológicos, destruyendo la agricultura familiar. La coexistencia no es posible.

No solucionan el hambre en el mundo, lo agravan. Sólo cuatro empresas biotecnológicas controlan el 90% del mercado de los transgénicos. Los agricultores/as no pueden guardar sus semillas y pierden su autonomía y libertad. Estas empresas venden la semilla y el producto químico asociado, todo les pertenece.

 

Democracia alimentaria. Consumidore/as y agricultores/as tenemos el derecho y la responsabilidad de conocer y decidir cómo y dónde se producen nuestros alimentos y reconstruir los vínculos entre el campo y la ciudad. Muchos países los han prohibido, pero el Gobierno español sigue facilitando su expansión.

 

Más información: http://www.ecologistasenaccion.org/spip.php?rubrique277

 

-> Informe "Buenas razones para retirar las variedades de maíz MON810 cultivadas en España": http://www.ecologistasenaccion.org/IMG/pdf_Cuaderno_transgenicos_2009.pdf

Vergonha: Brasil se reafirma como maior consumidor mundial de agrotóxicos

Na safra de 2008/2009, o Brasil atingiu a marca de maior consumidor mundial de venenos agrícolas. Os agrotóxicos são feitos a partir de produtos de petróleo e de químicos não degradáveis e, portanto, depois de fabricados, permanecem na natureza.

 

Más información: http://www.mst.org.br/sites/default/files/comercializacao_2008.ppt

Matam a biodiversidade representada pela variedade de vida vegetal e animal, afetam a fertilidade natural do solo (ao acabar com bactérias e nutrientes naturais), contaminam o lençol freático e a qualidade das águas da chuva – pois os venenos secantes evaporam para a atmosfera e depois regresssam com a chuva. Afetam também a qualidade dos alimentos, que quando ingeridos sistematicamente podem causar destruição das celulas e resultar em câncer.

 

Mas tudo isso não importa. A indústrias anunciam os dados com orgulho. Afinal, a eles apenas interessa os lucros! Certamente seus gerentes buscam apenas produtos orgânicos nas gôndolas dos supermercados, enquanto o povo é obrigado a engolir seus venenos.

 

Veja e baixe, no arquivo anexo, tabela sobre o consumo de venenos por produto.  O Brasil consumiu ao redor de 700 milhões de litros de veneno.  Veja a distirbuição por produto (em torno de 629 milhões) e outros produtos mais 70 milhões de litros.    Esses 700 milhões de litros foram apliados em 50 milhoes de hectares, equivalente  a 14 litros por hectares, a maior media do mundo. 

Enviar correo de solidaridad con el MST

Ante la campaña de criminalización (podeis leer en noticias que aparecen anteriormente:

http://www.sindominio.net/mstmadrid/index.php?option=com_content&task=view&id=632&Itemid=2

http://www.sindominio.net/mstmadrid/index.php?option=com_content&task=view&id=631&Itemid=2)

que una vez más se está llevando en Brasil contra el MST os pedimos que por favor mandeis un correo con el texto mas abajo expuesto a a: 

Deputado Jilmar Tatto, relator de la CPMI: dep.jilmartatto@camara.gov.br  

E Senador  Almeida Lima, presidente da CPMI: almeida.lima@senador.gov.br

Muchas gracias!!

Si alguien quiere mas información, escribir al correo del Komite: komitemst@sindominio.net

CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DA CPMI

Aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal

e ao Poder judiciario

Fevereiro de 2010.

Prezados senhores,

O Parlamento Brasileiro instalou novamente mais uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito – CPMI (com a participação de Deputados e Senadores) para investigar os convênios firmados entre o Governo Federal e entidades e movimentos de trabalhadores rurais.

Apesar da Bancada Ruralista e da grande imprensa insistir que é uma “CPMI do MST”, o requerimento que criou a Comissão estabelece objetivos mais amplos, como explicitados na ementa: “apurar as causas, condições e responsabilidades relacionadas a desvios e irregularidades verificados em convênios e contratos firmados entre a União e organizações ou entidades de reforma e desenvolvimento agrários, investigar o financiamento clandestino, evasão de recursos para invasão de terras, analisar e diagnosticar a estrutura fundiária agrária brasileira e, em especial, a promoção e execução da reforma agrária”.

Diferente do divulgado pela grande imprensa, os reais objetivos dos autores do requerimento – Bancada Ruralista no Congresso – ao centrar as investigações apenas em convênios assinados entre o Poder Executivo e entidades populares, é criminalizar os movimentos sociais, especialmente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Esta é a terceira Comissão Parlamentar de Inquérito com o mesmo objetivo nos últimos sete anos. Em 2003, foi criada a “CPMI da Terra”, que funcionou até novembro de 2005, e nada provou contra o MST ou qualquer outra entidade agrária. Naquela CPMI, a Bancada Ruralista conseguiu rejeitar o relatório apresentado pelo Dep. João Alfredo (PSOL/CE), então relator da CPMI, e aprovou o relatório do Dep. Lupion (DEM/PR), que propôs classificar as ocupações de terra como crime hediondo.

Em junho de 2007, o Senado aprovou a criação da CPI das ONGs, destinada a investigar a utilização de recursos públicos por entidades da sociedade civil organizada. Novamente, valendo-se de tese semelhante – ou seja, que as entidades populares e movimentos sociais desviam recursos públicos -, os inimigos da reforma agrária voltaram a atacar, pedindo a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico de entidades parceiras do MST. A CPI ainda está funcionando, e o seu encerramento está previsto para fevereiro de 2010. Além de analisar a aplicação legal dos recursos, seria importante analisar os resultados dos convênios, e se os objetivos propostos foram realizados.

Agora, a Bancada Ruralista voltou a atacar os movimentos sociais rurais, especialmente o MST, com a criação de mais uma CPMI, buscando dar resposta às pressões de sua base social, e utilizando-a como um meio de barrar a atualização dos índices de produtividade. Os argumentos e a tese são sempre os mesmos: movimentos sociais e entidades populares não têm direito a acessar recursos públicos.

Por outro lado, a instalação desta CMPI, tendo como objeto de investigação a atuação de entidades no meio rural, é uma excelente oportunidade para investigar, por exemplo, a destinação dos recursos recebidos pelo Sistema S. Essa investigação é oportuna, não só pela quantidade de recursos públicos envolvidos (entre 2000 e 2009, o SENAR e o SESCOOP, entidades dominadas pelas entidades dos fazendeiros, receberam, só em recursos da contribuição obrigatória, mais de R$ 2 bilhões), mas também por fartas evidências de má versação dos mesmos. Em reiteradas decisões do Tribunal de Contas da União, por exemplo, estes recursos estariam sendo utilizados não para educar e treinar o povo do campo, mas para manter, de forma irregular, as estruturas administrativas e mordomias das Federações patronais.

Além disso, seguindo o que está proposto na ementa do requerimento aprovado, é uma excelente oportunidade para investigar a grilagem de terras publicas nos mais diversos Estados da Federação, que a imprensa denunciou e que envolve inclusive parlamentares como a senadora Katia Abreu, no estado de Tocantins, ou banqueiros sob suspeita, como é o caso da compra de 36 fazendas em apenas tres anos no sul do Pará pelo Banco Oportunity, o que foi denunciado em inquerito da Policia federal.

Ou ainda, como a compra de terras por empresas estrangeiras em faixa de fronteira. Como acontece com a empresa Stora Enso, no RS, e a seita Monn, no MS. Além da notória desnacionalização dos recursos naturais e da agricultura brasileira, que passa a ser controlada cada vez mais por empresas transnnacionais, que impõem sua lógica de lucro e afeta a soberania alimentar de nosso país.

A violência no campo (e suas causas) é outra realidade a ser investigada. Nos últimos anos, foram mortos diversas lideranças do MST e de outros movimentos agrários. Desde a redemocratizaçao, em 1985, até os dias atuais, foram assassinados mais de 1.600 lideranças de trabalhadores rurais, incluindo agentes de pastoral, advogados etc. Destes apenas 80 chegaram aos tribunais e menos de 20 foram julgados. A CPMI precisa investigar os seus responsaveis e por que o poder judiciário é tao conivente com os latifundiarios mandantes desses crimes.

Recomendamos que o parlamento brasileiro investigue porque um verdadeiro oligopolio de empresas estrangerias domina a produçao de agrotóxicos, e transformou o Brasil no maior consumidor mundial de venenos agricolas, afetando a qualidade dos alimentos e a saúde da população, sem nenhuma responsabilidade.

Entendemos que estes seriam alguns temas que esta CMPI deveria investigar, contribuindo para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática, apoiando as iniciativas populares, inclusive das organizações e movimentos que, na conquista de um pedaço de chão, produzem alimentos para a população brasileira. A restrição dos trabalhos dessa CMPI à investigação apenas de convênios de entidades parceiras do MST representará, unicamente, mais uma iniciativa parlamentar de criminalização dos movimentos sociais e não uma contribuição ao desenvolvimento e democratização do campo brasileiro.

Queremos manifestar aos senhores nossa total solidariedade ao MST e a todos os movimetnos sociais e entidades que colocam seus esforços na luta por uma reforma agraria justa e necessária. O Brasil nunca será uma sociedade democratica, nem justa, se não resolver essa vergonhosa concentração da propriedade da terra, em que apenas 15 mil fazendeiros sao donos de 98 milhões de hectares, como denunicou o ultimo censo, e que menos de 2% do total dos estabelecimetnso controlam mais de 45% de todas as terras. E quem luta pela democratização da propriedade, nao poder ser criminalizado justamente por aqueles que querem manter o monopolio da propriedade da terra.

            Atenciosamente,

Tribunal de Justiça de São Paulo manda soltar trabalhadroes rurais sem terra

SENSO DE JUSTIÇA PREVALECE CONTRA O AUTORITARISMO REPRESSOR

 

Thu, 11 Feb 2010

Após 16 dias dias presos, os trabalhadores rurais, assentados no projeto de Assentamento Zumbi dos Palmares, municipio de Iaras, interior de São Paulo, ganham a liberdade mediante concesão de medida liminar deferida  em HABEAS CORPUS, pelo Desembargador Relator LUIZ PANTALEÃO, da 3ª Camara Criminal do TJ/SP.

A liminar determina seja expedido alvará de soltura em favor de ROSEMEIRE PAN' DARCO DE ALMEIDA SERPA, MIGUEL DA LUZ SERPA, CARLOS ALBERTO DA LUZ SERPA, MAXIMO ALVINO DE OLIVEIRA, ANSELMO ALVES VILLAS BOAS e PAULO ROGERIO BERAL, bem como, seja expedido contra-mandado de prisão face a PAULO COSTA DE ALBUQUERQUE, MARCIO JOSE DOS SANTOS, AVELINO RODRIGUES DE OLIVEIRA, CLAUDETE PEREIRA DE SOUZA, ROMILDO PEREIRA, WILLIAN MIRANDA CABEÇONO, ELIZETE SOUZA DA SILVA, JEFERSON DIEGO GONÇALVES, IVALDO OLIVEIRA CINTRA, JESSISAI MARQUES DAS NEVES, ANDREIA DO CARMO PIO FERNANDO APARECIDO DOS SANTOS e CRISTIANO GUEDES PAREIRA.

 

Os trabalhadores rurais tiveram prisão temporária decretada, prorrogada e, após, convetida em prisão preventiva, posto que, segunto entendimento da Juiza da Comarca de Lençois Paulista/SP, ANA LUCIA GRAÇA LIMA AIELLO, se soltos colocariam a ordem pública em desassossego, não deixariam correr normalmente a colheita de provas e, se condenados fossem, não possibilitariam a aplicação da lei penal.

 

Em sua decisão, o Desembargador ressaltou a inexistência de denúncia criminal contra os traballhadores. Também, entendeu que não havia necessidade das prisões, estando o decreto prisional totalmento avesso aos pressupostos e requisitos que possibilitam a prisão preventiva (art. 312 do Código de Processo Penal), e, ainda, encontrava-se o decreto prisional contrário ao princípio constitucional da presunção da inocência. Considerando, portanto, injustificado o decreto constritivo exarado pela Juiza da única Vara Criminal da Comarca de Lençois Paulista.

 

A concessão da medida liminar sinaliza que prevaleceu o senso de justiça do Desembargador contra os interesses do agronegócio, do latifundio e dos empresários contrários ao desenvolvimento da reforma agraria na região, que aplaudiram os ilegais decretos de prisão contra os trabalhadores rurais naquela região.

 

Roberto Rainha, advogado da REDE SOCIAL DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS