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O impeachment e a violéncia no campo: duas faces da mesma luta de classes

João Pedro Stedile 12 de Abril de 2016 às 19:37

A votação do impeachment, que está em uma semana decisiva, explicita os interesses das classes dominantes e a disposição delas em reverter os prejuízos decorrentes da crise econômica mundial. É a luta de classes nos gabinetes.

O Brasil vive uma grave crise econômica, política e social, e, nesse cenário, o poder econômico quer recompor suas taxas de lucro. Mas aqueles que detêm esse poder não vão sair da crise sozinhos. Para isso, eles precisam acabar com as conquistas sociais, retirar direitos dos trabalhadores, privatizar as elétricas e o pré-sal, e implementar o projeto neoliberal.

Esse projeto das elites está sendo apresentado pelo PMDB sob a forma do que seria um futuro governo Temer. Então, o que está em jogo é se voltaremos ao neoliberalismo ou não. É para isso que eles precisam tirar a presidenta Dilma. E isso é elemento central da luta de classes, que se acirra.

Eu acredito que a sociedade se mobilizou e denunciou que o que está acontecendo é um processo político que têm motivações espúrias que nada têm a ver com o comportamento da presidenta Dilma e seu governo. E essa consciência está levando as pessoas às ruas em luta pela democracia, que é o que está em risco neste momento.

Segundo a avaliação de diversos analistas políticos que tenho acompanhado, o Governo vai perder na Comissão, mas vai ganhar no plenário da Câmara. Isso porque os promotores do processo ainda não conseguiram provar que a presidenta tenha cometido algum crime. Realizar pedaladas fiscais é um artifício contábil que todos os presidentes da República fizeram e que, dentre os atuais governadores, 24 deles já praticaram. Então, se isso for considerado um crime, também deveria ter impeachment de todos eles.

Acho que depois das votações, há apenas dois cenários possíveis. Se não houver golpe, a presidenta Dilma sai fortalecida, porém terá a missão de remontar seu governo a partir de outras bases. Remontar o ministério, agora em diálogo com as forças da sociedade, não apenas com os partidos, e retomar o programa que a elegeu em outubro de 2014. Eu espero que Lula seja o coordenador desse processo.

Se houver golpe, entraremos em um governo de crise com desfecho imprevisível, pois 80% da população não aceita um governo Temer-Cunha-Mendes, nem um programa neoliberal, que vai trazer ainda mais problemas para o povo brasileiro. Então, se houver golpe, a crise política se aprofundará, e não haverá saída a curto prazo.

Longe do Planalto, a luta de classes usa armas de fogo. Em Quedas de Iguaçu (PR), a aliança entre oligarquias e governos locais matou dois trabalhadores rurais na última quinta-feira (7), justamente no mês em que relembramos os 20 anos do Massacre dos Carajás.

O que aconteceu no Paraná foi uma provocação organizada pelo secretário da Casa Civil do Governo do Estado, que tem laços históricos, financeiros e políticos com a empresa que grila a terra que pertence à União. Ele quis mostrar serviço aos seus patrocinados e promoveu a provocação que levou às duas mortes.

Essa tragédia demonstra como as elites reagem quando se sentem impunes. Foi nesse mesmo contexto que aconteceram, há 20 anos, os massacres de Carajás, Corumbiara, sem contar os massacres nas cidades, em pleno governo FHC. Porque a vitória político-ideológica do neoliberalismo nas urnas sinalizou às elites mais truculentas de que agora se pode agir de forma impune.

De nossa parte, não nos acovardaremos, porém tomaremos todos os cuidados possíveis para não cair em provocações nem em armadilhas da violência do latifúndio. Nosso papel como MST é o de seguir a luta pela reforma agrária. Seguiremos ocupando os latifúndios improdutivos. Seguiremos ocupando as terras de políticos, empresas e fazendeiros que estão em dívida com a União por sonegarem impostos e por não pagarem empréstimos em bancos públicos.

Sabemos que há mais de 5 milhões de hectares nessas condições em todos os Estados do Brasil, e que se poderia assentar mais de 130 mil famílias. Isso é o equivalente a todos os nossos acampados. E não será necessário que o governo gaste um centavo em indenização.

Seguiremos nossa luta por uma reforma agrária popular, que significa na atualidade, além de ocupar o latifúndio improdutivo, produzir alimentos saudáveis e sem agrotóxicos para toda a população.

E, no dia 17 de abril, faremos mobilizações em todo país. Afinal, é lei! Porque o governo FHC, envergonhado do massacre que aconteceu em 1996, decretou o dia 17 de abril como Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, em um dos últimos atos de seu segundo governo. Não vai ter golpe! E vai ter Reforma Agrária.

MST ocupa estacionamento do Teatro Nacional para acompanhar impeachment

Cerca de 500 manifestantes chegaram em Brasília, mas não têm autorização para acampar no gramado. Previsão é que grupo chegue a 2 mil 

Manifestantes de movimentos sociais, como o dos Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Pequenos Agricultores (MPA), já começaram a chegar em Brasília para acompanhar a votação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A sessão está prevista para começar na sexta-feira (15/4) e deve ser concluída no próximo domingo (17). 

 


Cerca de 500 pessoas em pelo menos dez ônibus vieram de estados como Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul e ocupam a área do estacionamento do Teatro Nacional, próximo à rodoviária do Plano Piloto. Número deve chegar 2 mil nesta segunda.

O grupo não foi autorizado a acampar no gramado central nem lateral da Esplanada dos Ministérios (entre o teatro e a Via L2) e tenta uma negociação com a Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal para permanecer no local. No início da noite, parte dos manifestantes já havia montado algumas barracas na parte detrás do teatro, enquanto colchões e mantimentos ainda estavam ao lado de um dos ônibus. Banheiros químicos foram instalados. Duas viaturas da Polícia Militar fecharam a entrada do estacionamento enquanto policiais fazem a segurança da área e impedem o acampamento no gramado.

MT faz ato por morte de trabalhadores e pede fim da violéncia no campo

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promoveu neste sábado um ato em Quedas do Iguaçu, no oeste do Paraná, para protestar pelas mortes de dois integrantes do movimento em um confronto com a PM, na quinta-feira (7); ato começou por volta das 10h da manhã, e se estendeu até as 14h; além de cobrar a punição dos responsáveis pelas mortes, os manifestantes pediram o fim da violência policial contra militantes do MST


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promoveu hoje (9) um ato em Quedas do Iguaçu, no oeste do Paraná, para protestar pelas mortes de dois integrantes do movimento em um confronto com a Polícia Militar (PM) paranaense, na última quinta-feira (7). O ato começou por volta das 10h da manhã de hoje (9) e se estendeu até as 14h. Durante o protesto, além de cobrar a punição dos responsáveis pelas mortes, os manifestantes pediram o fim da violência policial contra militantes do MST.

 O protesto foi acompanhado por um policiamento reforçado. Cerca de 20 viaturas do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram deslocadas para o município. A PM não registrou nenhum incidente durante o ato.

Segundo o movimento, cerca de 6 mil pessoas participaram do ato em solidariedade às vítimas, que contou com delegações de militantes do MST de outras regiões do Paraná e de outros estados. Segundo a PM, o número de participantes foi de 1,5 mil pessoas.

 

Investigação

 O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, determinou à Polícia Federal a instauração de um inquérito para apurar a morte dos camponeses. A Polícia Civil e a Polícia Militar do Paraná também investigam o caso.

As duas pessoas que morreram são os trabalhadores rurais Vilmar Bordim, de 44 anos, e Leomar Bhorbak, de 25 anos. Ambos eram do Acampamento Dom Tomás Balduíno, localizado na fazenda da empresa de celulose Araupel. Além das mortes, sete pessoas ficaram feridas; cinco já receberam alta do hospital.

Segundo o Instituto Médico-Legal, os corpos das vítimas foram liberados ontem (8). Bordim foi enterrado hoje cedo, no município de Três Barras do Paraná. Em Francisco Beltrão, também pela manhã, foi enterrado o corpo de Bhorbak.

MST exige castigo inmediato a los reponsables por el crímen cometido contra trabajadores sin tierra

En la tarde del jueves (7/04), familias del Movimientos de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST), organizadas en el Campamento Dom Tomas Balduíno, en el municipio de Quedas do Iguaçu, región del centro del estado de Paraná, fueron víctimas de una emboscada realizada por la Policía Militar del Estado y por seguridad privada da empresa maderera Araupel.
En el cobarde ataque promovido por la Policia Militar y por la seguridad provada de Araupel, fueron asesinados los trabajadores rurales Vilmar Bordim, de 44 años, casado, padre de tres hijos, Leomar Bhorbak, de 25 años, que dejó a su esposa embarazada de nueva meses. Tambien fueron heridos mas de siete trabajadores y dos fueron detenidos para declarar, y ya fueron liberados.

El campamento, cuya ocupación tuvo lugar en mayo del 2015, posee aproximadamente 1,5 mil familias. Está localizado en el inmueble Rio das Cobras que fue apropiado fraudulentamente por la empresa maderera. La Justicia declaró, en función del fraude, que las tierras son publicas y pertenecen a la Unión, y deben ser destinadas para la reforma agraria.

Según el relato de las victirmas del ataque, no hubo contronto alguno. La emboscada ocurrió cuando aproximadamente 25 trabajadores Sin Tierras circulaban de camioneta, a 6 kilómetros del campamento, dentro del perímetro del área decretada pública por la justicia, cuando fueron sorprendidos por la política y la seguridad privada atrincherada.

Al ver que se dirigían hacia el vehículo, los trabajadores Sin tierra corrieron en dirección al campamento, para protegerse y huir de los disparos que no cesaban.
El local donde ocurrió la emboscada fue aislado por la policía, impidiendo a los familiares de las víctimas, abogados y periodistas, amenazando a las personas que se aproximaban. Tal actitud permite a la policía destruir prueba que pueden esclarecer el grave hecho.

La Policía Militar creó un clima de terror en la ciudad de Quadas do Iguaçu, tomando las calles, cercando la comisaria y los hospitales de Quedas do Iguaçu y Cascavel para donde fueron llevados los heridos, impidiendo cualquier contacto de las victimas con familiares, abogados y periodistas.

El ataque de la Policía Militar a los Sin Tierra,  aconteció días después de la visita del Secretario de la Casa Civil, Valdir Rossoni, y el representante de las cúpulas de la policía de Paraná, el día 01 de abril a Quedas do Iguaçu, donde se determinó el envió de un contingente de más de 60 policias para el municipio.

El MST está en la región hace casi 20 años, y siempre actuó de forma organizada y pacífica para avanzar en la reforma agraria, reivindicando que la tierra cumpla su función social. Solo en el gran latifundio de Arapuel fueron asentados más de 3mil familias.

El MST exige:

  •     Inmediata investigación, prisión de los policías y personal de seguridad privada, y la condena de todos los responsables –ejecutores y mandantes- por el crimen contra los trabajadores Sin Tierra.
  • El apartamiento inmediato de la policía militar y la retirada de la seguridad contratada por Araupel.
  •     Garantizar la seguridad y protección de las vidas de todos los trabajadores acampados del Movimiento en la región  
  •  Que todas las áreas fraudulentamente apropiadas por la empresa Araupel sean destinadas para la Reforma Agraria, asentando las familias acampadas.

¡Luchar construir Reforma Agraria popular!
Dirección Estadual Del MST

10 cosas que todo Brasil necesita saber

Igor Fuser

ALAI AMLATINA, 28/03/2016.- Es preciso avisar a tod@s l@s brasileñ@s, informar de una manera muy clara y objetiva para que, incluso las cataratas del Río San Francisco, se enteren que:

1. El pedido de destitución de la presidenta Dilma Rousseff no tiene nada que ver con la operación Lava Jato, ni con ninguna otra iniciativa de combate a la corrupción. Dilma no es acusada de robar centavo alguno.  El pretexto utilizado por los políticos de oposición para tratar de desplazarla del gobierno, es el llamado "maquillaje fiscal", es un procedimiento de gestión del presupuesto público de rutina en todos los niveles de gobierno, federal, estatal y municipal, y fue adoptado en los mandatos de Fernando Henrique Cardoso y Lula sin ningún problema.  Ella, simplemente, puso dinero de la Caixa Econômica Federal en programas sociales, para poder cerrar las cuentas y, al año siguiente, devolvió el dinero a la Caixa.  No obtuvo ningún beneficio personal y ni sus peores enemigos logran acusarla de algún acto de corrupción.

2. Justamente por eso el pedido de destitución es un golpe, ya que la presidenta sólo puede ser separada si se demuestra que ha cometido un crimen -y ese crimen no ocurrió, tanto que, hasta ahora, el nombre de Dilma ha quedado fuera de todas las investigaciones de corrupción, pues no existe, contra ella, ni la misma la más mínima sospecha.

3. Al contrario de la presidente Dilma, los políticos que piden la destitución están más sucios que un palo de gallinero.  Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quien como presidente de la Cámara es responsable del proceso de destitución, recibió más de R $ 52 millones tan solo de la corrupción en la Petrobras y es propietario de depósitos millonarios en cuentas secretas en Suiza y en otros paraísos fiscales.  En la comisión de diputados que analizará el pedido de destitución, con 65 integrantes, 37 (¡más de la mitad!) están en la mira de la Justicia, investigados por corrupción.  Si ellos logran deponer a la presidenta, esperan recibir, a cambio, la impunidad por las estafas cometidas.

4. Quien lidera la campaña por la destitución es el PSDB, partido opositor derrotado en las elecciones presidenciales de 2014.  Su candidato, Aecio Neves, pretende alcanzar en el escritorio el resultado político que no fue capaz de obtener en las urnas, irrespetando el voto de 54.499.901 brasileños y brasileñas que votaron por Dilma (3,4% más que los votantes de Aecio en la segunda ronda).

5. Si se consuma el golpe, la oposición aplicará todas las propuestas elitistas y autoritarias que Aecio planeaba implementar si hubiese ganado la elección.  El presidente golpista, con toda seguridad, cambiará la legislación laboral, en detrimento de los asalariados; revocará la política de valoración del salario mínimo; implementará la terciarización de la mano de obra sin restricciones; entregará las reservas de petróleo del pré-sal a las corporaciones transnacionales (como defiende el senador José Serra); privatizará el Banco do Brasil y la Caixa Econômica Federal; introducirá la educación pagada en las universidades federales, como un primer paso hacia su privatización; reprimirá los movimientos sociales y a la libertad de expresión en Internet; expulsará a los cubanos que trabajan en el Programa Más Médicos; dará luz verde al agronegocio para apropiarse de las tierras indígenas; eliminará la política exterior independiente, degradando el Brasil al papel de sirviente de Estados Unidos.  Es eso, mucho más que el mandato de la presidenta Dilma o el futuro político de Lula, lo que está en juego en la batalla del juicio político.

6. Es un engaño suponer que la economía mejorará después de un eventual cambio en la presidencia de la República.  Todos los factores que llevaron al país a la crisis actual continuarán presentes, con varios agravantes.  La inestabilidad política será la regla.  Los líderes de la actual campaña golpista pasarán a luchar cuerpo a cuerpo por el poder como pirañas alrededor de un trozo de carne.  Y Dilma será reemplazada por un sujeto débil, Michel Temer, más interesados en asegurar su futuro (sin duda una silla en el Tribunal Supremo Federal) y protegerse de las acusaciones de corrupción antes que gobernar efectivamente.  La inflación seguirá aumentando, y el desempleo también.

7. En el plano político, Brasil se sumergió en un período caótico, de fuerte inestabilidad.  El derrocamiento de una presidenta electa, sacramentada por el voto, llevará al país a que, por primera vez desde el fin del régimen militar, al frente del Ejecutivo estará un mandatario ilegítimo, rechazado por una gran parte de la sociedad.

8. El conflicto dará la tónica de la vida social.  Las tendencias fascistas, ensañadas con el golpe, se van a sentir liberadas para poner en práctica sus impulsos violentos, expresados simbólicamente, en las imágenes de muñecos colgados mostrando la gorra del MST o la estrella del PT y, de una forma más concreta, en las invasiones y ataques contra sindicatos y partidos políticos, en los ataques salvajes a personas cuyo único delito es vestir una camisa de color rojo.  El líder de esta corriente de extrema derecha, el diputado Jair Bolsonaro, ya defendió abiertamente, en una de las manifestaciones a favor del juicio político, que cada hacendado cargue consigo un rifle para matar militantes del MST.

9. Los sindicatos y los movimientos sociales no se quedarán con los  brazos cruzados ante la truculencia de la derecha y la ofensiva gobiernista y patronal contra los derechos sociales conquistados durante las últimas dos décadas.  Va a resistir por todos los medios – huelgas, ocupaciones de tierras, bloqueos de carreteras, toma de edificios, y mucho más.  Brasil se tornará un país desgarrado, por culpa de irresponsabilidad y de la ambición desmedida de media docena de políticos incapaces de llegar al poder por el voto popular.  Eso es lo que nos espera si el golpe contra el presidente Dilma se consuma.

10. Pero eso no sucederá.  La movilización de la ciudadanía en defensa de la legalidad y de la democracia está creciendo, con la adhesión de más y más personas y movimientos, independientemente de su afiliación política, creencias religiosas y de si apoyan o no la política oficial.  La opinión de cada uno de nosotros sobre el PT o el gobierno Dilma ya no es lo que importa.  Están en juego la democracia, el respeto al resultado de las urnas y la norma constitucional que prohíbe la aplicación de un juicio político sin la existencia de un delito que justifique esta medida extrema.  Más y más brasileños están percibiendo esto y saliendo a las calles contra los golpistas.  Este 31 de marzo, la resistencia democrática trabará una batalla decisiva.

Es esencial la participación de todos, en cada rincón de Brasil.  Todos precisamos salir a las calles, en defensa de la legalidad, de la Constitución y de los derechos sociales. ¡Todos juntos! ¡El fascismo no pasará! ¡No va haber golpe! (Traducción ALAI)

– Igor Fuser es profesor de relaciones internacionales en la Universidad Federal de ABC (UFABC).

 

URL de este artículo:. http://www.alainet.org/es/articulo/176376

Qual a origem da crise Politica e o que devemos fazer como movimentos e classe trabalhadora?

A crise política brasileira ganhou corpo e velocidade nas últimas semanas. A cada dia, aparecem denúncias, acusações, ameaças e hipóteses para o desfecho desta crise. Aumentam ainda as incitações de ódio e violência por parte da direita, com ameaças à militantes e organizações. No meio de tanta informação ou boatos, muitos podem se sentir perdidos ou desanimados com esta conjuntura. É importante, portanto, ter clareza do que está em jogo, quem está jogando e com quais interesses.


 1. A natureza da Crise que estamos vivendo..

         O primeiro elemento que devemos levar em conta para entender o atual momento político brasileiro é de que esta crise não é uma exclusividade do Brasil. Pelo contrário, ela é resultado ainda da crise econômica iniciada em 2008, que quebrou inúmeras empresas do capitalismo internacional, faliu países e desequilibrou a organização da economia mundial. O que está em disputa agora é justamente como organizar a economia para os próximos anos.

            O capital em todo mundo tem um projeto claro para esta saída da crise: diminuir os preços de matérias-primas (agrícolas, petróleo, etc) e reduzir os salários e direitos dos trabalhadores para garantir a sua taxa de lucro. Este é o projeto que tentam implantar em toda a América Latina e passa também por realinhar os nossos países aos Estados Unidos, por isso que o Brasil passa por ofensivas da direita semelhantes ao que já temos visto na Venezuela, Bolívia e na Argentina.

            Só que esta saída da crise põe todos os sacrifícios e perdas na conta dos trabalhadores para que o capitalismo volte a funcionar. Essa saída só aumenta a crise social, porque para ela funcionar tem que aumentar o desemprego e diminuir os direitos. Além disso, a crise econômica se desdobra em outras crises, como a crise ambiental, com a destruição irresponsável do meio ambiente como vimos em Mariana (MG) com a quebra da barragem de lama tóxica pela Samarco/Vale do Rio Doce, e pela crise dos valores, onde o que é vale é cada um por si e as mercadorias estão acima da vida humana.

            No Brasil, este projeto é bem claro. Significaria reduzir conquistas e direitos sociais como a aposentadoria (aumentando o tempo para se aposentar), baixar os salários, acabar com a carteira de trabalho (e todas as suas conquistas como férias, FGTS, 13.º salário). Significa também entregar recursos mineirais importantes como o petróleo do Pré-sal para empresas estrangeiras, assim como hidrelétricas, bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica) e suspender projetos sociais.

            O que agravou a crise econômica no Brasil é que, junto com ela, estamos vivendo uma crise política. Por um lado, nós temos um governo que foi eleito para avançar as conquistas e direitos sociais. Mas que não consegue cumprir a plataforma que o elegeu. Por outro, nós temos um Congresso que não foi eleito pela população, mas sim por grandes empresas que através de doações milionárias para as campanhas acabam decidindo quem serão os deputados e senadores e o que é que eles irão votar. Em 2015, por exemplo, todas as pautas do Congresso Nacional ião contra os direitos dos trabalhadores, mas beneficiavam as empresas: como a terceirização no lugar da carteira de trabalho, a redução da maioridade penal para os filhos dos pobres, a retirada da exclusividade da Petrobrás na exploração do Pré-sal.

           

             

            2. Averdadeira saida para a crise politica seria uma reforma politica profunda

 

A saída para esta situação seria uma profunda reforma política, através de uma constituinte exclusiva, e que proibisse a doação privada de campanha, torna-se as campanhas mais transparentes e criasse outros mecanismos de participação da população, principalmente para temas fundamentais, através de plebiscitos.

            O que alimentou a crise política foi a chamada “Operação Lava-Jato”, uma investigação justamente dos recursos doados ilegalmente por empresas para políticos e que em troca recebiam obras e contratos milionários. Políticos de todos os partidos estão envolvidos nas denúncias, mas o juiz Sérgio Moro, do Ministério Público do Paraná, só mira nos políticos ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT).

            A ação de Sérgio Moro encontra parceria em outros setores do poder judiciário e na Rede Globo, que ilegalmente tem acesso aos dados da investigação e só publica o que lhe interessa. Tanto o poder judiciário, quanto os meios de comunicação agem sem precisar prestar contas para ninguém, porque não são eleitos e não existem mecanismos de controle social na democracia brasileira para conter os abusos de poder.

            Como não ganhou nas urnas, o projeto da direita de privatizações e defesa do capital quer ganhar no “tapetão”, como se diz no futebol. Quer ganhar mudando as regras do jogo, com o jogo em andamento e sem consultar o povo. Para isso, seu primeiro objetivo é tirar a Presidenta Dilma Roussef. Por mais erros que seu governo tenha cometido, é inegável que ela foi eleita democraticamente e ainda não se provou nenhum crime ligado a sua pessoa. Logo, não existe base para um impeachment, para uma retirada da Presidenta. Só o que existe é a ação da direita para acabar com a democracia.

            Porém, não basta que a direita tire a Presidenta. A crise é de longo prazo e o projeto deles também precisa durar mais tempo. Por isso, além do impeachment, a direita trabalha para que o campo popular não tenha nenhum candidato que possa derrotá-los novamente em 2018 e por isso é importante atacar o PT e sua principal liderança, o ex-presidente Lula.

            Até agora nada foi comprovado contra a Presidenta Dilma, nem contra o ex-presidente. Mas a mídia, em especial a Rede Globo, e as redes sociais alimentam e dão grande publicidade para os boatos e mentiras, a ponto de convencer parte dos trabalhadores que os fatos realmente aconteceram.

            Como este processo não respeita a Constituição, não respeita as leis, nem as instituições, é um golpe.

Assim como os militares já haviam feito em 1964: passam por cima da população e impõem o seu direito.

            E se eles fazem isso agora com uma Presidenta legitimamente eleita, podem fazer muito pior com os movimentos populares, passando por cima também dos nossos direitos quando fizermos nossas lutas, prendendo sem justificativa lideranças, etc.

            E para criar este clima, a direita ainda incentiva setores de extrema-direita a fazerem manifestações e atacarem militantes, sedes de partidos, sindicatos e movimentos.

 

3. Os verdadeiros objetivos da direita, dos empresarios e seus portavozes na sociedade: a rede globo!

 

Na verdade como o capital enfrenta uma grave crise, que significa queda na taxa de lucro,  quebra de empresas, concorrencia com outros capitalistas estrangeiros, mais fortes.  E tambem uma concentração da riqueza no sistema financeiro,  eles precisam de ter amplos poderes para fazer as mudanças neoliberais na economia.

Para recuperar a taxa de lucro  eles precisam acabar com direitos historicos conquistados pelos trabalhadores.   Precisam elevar a taxa de desemprego, para forças os salarios para baixo.  Precisam diminuir os recursos publicos que antes iam para educação, saude, reforma agraira, e  aplicar todos esses recursos no seu modelo de investimentos.   Querem diminuir os impostos, como se fossem eles que pagam..

Precisam completar o ciclo de privatizações, com as ultimas empresas elétricas, e sobretudo do petroleo, que são fontes de riquezas e de renda extraordinaria aos capitalistas.

Mas para aplicar esse modelo neoliberal, eles nao conseguem fazer com um governo de coalizão como é o Governo Dilma.   Eles precisam ter amplos poderes.   E para isso precisam dar um golpe, tirar a Dilma, e deixar o Temer, para fazer o que eles querem.

 A fumaça da corrupção nao tem nada ver com a crise.  Ou voces acham que depois o golpe, a operação lava-jato vai mandar prender os 316 politicos arrolados como réus, como recebedores de propinas das empreiteiras?   Ou será que a Rede Globo via explicar daonde vieram os recursos da mansão ilegalmente construida na praia de Paraty?    Consta nos registros que a empresa proprietaria é a mesma que pagava as propinas dos gastos do ex-presidente FHC.

 

 

            4.Nossa missão nessa conjuntura tãodificil..

             

São tempos dificieis, mas também são tempos de luta. As tarefas que temos pela frente são grandes e não são de curto-prazo.

            Em primeiro lugar, é preciso estudar e conhecer a conjuntura. Reunir os vizinhos, os amigos e debater, conhecendo a opinião dos movimentos populares e não se deixando levar pelas informações que a grande mídia bombardeia todos os dias. É preciso saber também que a direita será mais agressiva e é importante garantirmos a segurança de todos os militantes, tomando cuidados para não cair em provocações e preservar os patrimônios que construímos.

            Segundo, e mais importante, tem que ter luta. Para barrar os movimentos da direita, só com povo na rua, debatendo com a sociedade e mostrando a nossa força organizada para que eles percebam que não podem passar por cima das leis sem nenhuma consequência, nem acabar com a democracia no país.

            Na construção destas lutas, temos que formar alianças, reunindo os partidos, sindicatos, os trabalhadores e trabalhadoras que queiram lutar. Uma ferramenta que os movimentos populares tem construído para esta batalha é a Frente Brasil Popular, que reúne militantes de diferentes organizações em torno de duas ideias: precisamos defender a democracia e ter conquistas de mais direitos sociais, com mudanças na política econômica.

            Agora, o principal é estarmos organizados e em luta. Porém, vamos precisar construir também um Programa de Medidas de Emergência, que ajudem a tirar o país da crise, sem tirar direitos dos trabalhadores, mas passando a conta para os capitalistas. Um programa que invista na construção de moradias nos centros urbanos, que melhore os atendimento da saúde, que crie mais empregos com obras necessárias, que faça a reforma agrária e melhore a situação da produção de alimentos no campo.

            A luta de classes se acirrou. O que significa que teremos que fazer mais lutas, algumas prolongadas de mais tempo. Mas é só a luta que trás conquistas e as mudanças necessárias para toda a sociedade brasileira.

 

 

DOMINGO 3 de abril a las 17:00. Sol. Ato pela Democracia, libertade y direitos sociales no Brasil.

Ato pela Democracia, libertade y direitos sociales no Brasil. El Partido de los Trabajadores de Brasil en Madrid, os invita a participar de la manifestación que junto al colectivo brasileño están organizando el 3 de abril en la Plaza del Sol a las 17:00. El motivo desde ato es para manifestar contra el golpe que están preparando contra la Presidenta Dilma. Nosotros somos contra el impeachment de la Presidenta Dilma por diferentes motivos.

 Primero: Dilma no está envuelta  en ningún escándalo de corrupción, lo que hace la oposición es mentir y ensuciar su nombre y implícala en la operación Lava jato, pero absolutamente nada indica que tenga algo a ver con todo eso;

Secundo: Dilma ha sido elegida por 54% de la populación brasileña y no podemos dejar que la oposición destruya la democracia de un país que ha luchado para sea instaurada en Brasil;

Tercero: La oposición está utilizando el judiciario a servicio de posiciones partidarias, nosotros no podemos permitir que la oposición destruya la constitución de nuestro país con mentiras.

El principal motivo de la derecha es derrumbar la izquierda ahora y gobernar sin haber sido electo por la populación, si aceptamos eso ponemos en risco toda la democracia de un país. El día 3 manifestamos principalmente contra el impeachment y como brasileña, compañera de los partidos políticos y organizaciones de izquierda de América Latina y Caribe, vengo a solicitar vuestro apoyo y presencia en este acto. Podéis llevar la bandera de vuestra organización, vuestra camisa, etc. Lo que queremos es que todos estés unidos a nuestra causa y que si vea que las organizaciones de izquierda en España apoyan nuestra lucha. La iniciativa de esta manifestación es de toda la comunidad brasileña.

en la Plaza del Sol

As ruas contra o golpe: líder Sem Terra reitera necessidade de reforma política

Diante do recente episódio envolvendo a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para depor na Polícia Federal, movimentos sociais e sindicais manifestam repúdio e devem sair às ruas "contra o golpe”, e em favor dos direitos trabalhistas. Alguns grupos avaliam que o Brasil atravessa um período histórico de grave crise e que é preciso uma profunda reforma política nos país.

Em entrevista à Adital, João Pedro Stédile, membro da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), explica que a sociedade brasileira vive uma grave crise econômica, social, política e ambiental. O dirigente defende que é preciso criar saídas, que somente serão possíveis quando as classes sociais se aglutinarem, construírem uma unidade em torno de uma proposta, apresentando um projeto para ser apoiado pela maioria da sociedade.

 

reproducao
Para João Pedro Stédile, membro da Coordenação Nacional do MST, a sociedade brasileira vive uma grave crise e é preciso construir uma unidade em torno de uma proposta apoiada pela maioria da sociedade.

"A democracia representativa foi sequestrada pelas empresas, e o povo não reconhece sua vontade política nos eleitos, pois eles são apenas representantes das empresas. Assim, temos, agora, não mais bancadas de programas partidários, mas temos a bancada ruralista, da bala, dos bancos, das empreiteiras, dos transgênicos”, reflete Stédile.

Analisando o governo da presidenta Dilma Rousseff [Partido dos Trabalhadores – PT], o dirigente do MST explica que este precisa "criar vergonha e juízo”, pois será condenado ao ostracismo, se insistir em manter a agenda neoliberal, a reforma da Previdência, os cortes de gastos sociais, a paralisia dos programas de moradia popular, da educação e da reforma agrária. "Continuará até 2018, mas de forma medíocre, sem apoio da maioria da sociedade, e, sobretudo, da base social que o elegeu”. Stédile prevê que o ex-presidente Lula e o PT tenderão a se distanciar do atual governo, como uma necessidade para não avalizarem seus equívocos, e se apresentarem com autonomia para as próximas eleições.

No tocante a cenários futuros, Stédile enfatiza que a classe trabalhadora precisa colocar energia para construir unidade entre todos os setores, debater e propor um projeto alternativo de país, que encaminhe as mudanças estruturais necessárias. O que, segundo ele, será viável somente com a retomada da luta de massas, para que a classe trabalhadora como um todo participe desse esforço. Processo este que ainda será demorado.

Sobre a coerção a Lula para depor na Polícia Federal, no último dia 05 de março, o dirigente entende como um abuso judicial e policial, com o juiz federal Sergio Moro extrapolando completamente suas funções, incorrendo em erros judiciais, segundo os juristas, e atuando claramente apenas contra o PT e a esquerda. "Se ele tivesse um pouco mais de honestidade política, colocaria o processo na direção de uma reforma política, para mudar as regras do jogo”.

Referindo-se aos recursos das empreiteiras recebidos pelos partidos, o líder do MST destaca que, em termos de volume, o Partido Progressista (PP), dos deputados Jair Bolsonaro e Paulo Maluf, foi o que mais recebeu recursos, mais de R$ 200 milhõesE lembra que o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) recebeu R$ 98 milhões, enquanto o PT obteve R$ 77 milhões para campanhas eleitorais. "E, pior, deste montante ainda teve que repartir e repassar R$ 33 milhões para o PMDB [Partido do Movimento Democrático Brasileiro], que, sendo o partido mais corporativo e negociante deste país, está passando ileso nas ações do sr. Moro. Outros personagens arrolados na [Operação] Lava Jato, que também se beneficiaram, como candidato [à Presidência derrotado] Aécio [Neves, senador pelo PSDB], ou as contribuições que as mesmas empreiteiras fazem para o Instituto Fernando Henrique, não são investigados e muito menos publicizadas no Jornal Nacional [da TV Globo]”, questiona.

Para Stédile, o juiz Sérgio Moro fez uma aliança com a Rede Globo de Televisão, com o claro intuito de criminalizar apenas os dirigentes de algumas empresas e do PT. "Na verdade, a ação do Moro-MPF [Ministério Público Federal]-PF [Polícia Federal]-Globo (que foi a única a saber, no dia anterior da operação [que deteve Lula] e, por isso, fez um Jornal Nacional de meia hora sobre o tema, para preparar a opinião pública e, depois, seus jornalistas publicaram a noticia da operação às 2h da manhã) foi uma tentativa de desmoralizar a figura publica do Lula, afetar seu prestígio nas massas e com isso evitar sua candidatura, em 2018”.

Stédile revela que, para legitimar um projeto neoliberal, precisam destruir a possibilidade da volta de Lula, e assim deixar as massas confusas e sem alternativas. "Nós já temos umas 10 candidaturas da direita postas na rua, nenhuma com viabilidade eleitoral”.

 

 
 

Mobilização da esquerda

Na visão do dirigente do MST, os últimos episódios ajudaram a dar mais unidade às mobilizações. "A ação da turma Moro-PF-MPF-Globo foi tão grave que provocou uma contradição, e motivou a militância petista e de esquerda a sair às ruas, se rearticularem e lutarem”.

Na agenda dos movimentos, foi prevista uma mobilização para este 08 de março, Dia Internacional da Mulher, intitulada "Mulheres com Lula”. No próximo dia 18 de março, haverá atos em todas as capitais, e no dia 31 cerca de 100 mil trabalhadores e trabalhadoras devem sair às ruas de Brasília.

Os eixos das manifestações mesclam os temas da conjuntura política, como: "contra o golpe”, "fora Cunha” [em referência ao deputado federal e presidente da Câmara, Eduardo Cunha – PMDB – Rio de Janeiro] e pela reforma política. Sobre os direitos da classe trabalhadora, os movimentos se posicionam contra a reforma da Previdência, não ao ajuste fiscal, não aos cortes nos investimentos sociais.

Stédile não acredita em um risco de confronto violento nas mobilizações e diz que a direita fará sua mobilização no domingo, 13 de março, centrada em São Paulo e Rio de Janeiro. "Onde temos uma pequena burguesia reacionária, que não aceita conviver com os pobres e construíres uma sociedade com menos desigualdade social. Ela quer continuar na formula colonial: Casagrande X Senzala”.

#LulaValeALuta

Em nota, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) repudia, com veemência, as últimas ações da Operação Lava Jato, na qual o ex-presidente Lula, "principal líder popular da história do país”, foi constrangido a depor coercitivamente pela PF. A entidade diz que o Brasil vive um momento decisivo, em que a democracia está em risco e os direitos fundamentais estão sendo violados.

Veja abaixo o vídeo do presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, em defesa de Lula. Para Freitas, o Brasil viveu um tempo de exclusão e, com a eleição de Lula, em 2003, houve mudanças importantes. "Veio o respeito, inclusão social, a geração de emprego e os trabalhadores sendo protagonistas das suas vidas”.

Fumiga, que algo queda: Zika, la Revolución Verde y Monsanto

Angel Calle en Diario.es

http://www.eldiario.es/ultima-llamada/Zika-Monsanto-agroecologia-soberania_alimentaria_6_492110787.html

Llueven tóxicos sobre territorios ya empapados de químicos. El caso es no tocar el sistema económico ni el de salud, e insistir en una modernización venenosa y autoritaria que beneficia solo a unas cuantas compañías como Monsanto.

Las comunidades fumigadas padecerán más contaminación de sus aguas y de sus territorios. Y por tanto, más riesgo de morir por acumulación de venenos en sus vidas.

En contra de los intereses de Monsanto, algunos relatores de Naciones Unidas por el Derecho a la Alimentación y asociaciones de médicos y campesinos, reclaman otro manejo de recursos, en clave de agroecología y soberanía alimentaria, para introducir salud en nuestros cuerpos y en nuestros territorios.

 

Videos y documentos cortos sobre el 17 de abril para difusión MST

Como todxs sabem, abril se aproxima e o Massacre de Eldorado dos Carajás completa 20 anos. Sendo assim, separamos alguns materiais audiovisuais sobre a temática para serem trabalhados nos estados. Segue o link, duração e breve sinopse do que se trata.

Eldorado dos Carajás – 10 anos- 2006 (41:00`)
Documentário realizado pelo Setor de Comunicação do MST sobre o massacre de Eldorado dos Carajás, 10 anos depois da chacina, discute a impunidade, com depoimentos de sobreviventes, estudiosos.
A luta dos sem-terras no Pará e as conquistas por justiça e soberania.
https://www.youtube.com/watch?v=FuoIKuOem8I

Memória: Massacre do Eldorado dos Carajás
Vídeo produzido pelo MST. Com depoimento do integrante da Coordenação Nacional do MST, Tito Moura, sobre o Massacre de Eldorado dos Carajás.
https://www.youtube.com/watch?v=BtSM4tXb3xA

Massacre de Carajás: a impunidade continua – Jornada de Lutas MST -2012 (04:30`)
Vídeo produzido pela Brigada de Audiovisual da Via Campesina sobre a Jornada de lutas de 2012.
https://www.youtube.com/watch?v=hFd0dyZQQX8

Massacre Eldorado dos Carajás (32:49`)

Compilados de matérias televisivas feitas na época do massacre.

https://www.youtube.com/watch?v=n59th4opL_E

Massacre 1996 – Eldorado dos Carajás (08:55`)

Matéria da telesur, entrevista com sobreviventes, imagens de arquivo (massacre, velório, enterro) e entrevista com Sebastião Salgado. (Com legenda em espanhol)
https://www.youtube.com/watch?v=IOXV7vNBagA

Massacre de Eldorado dos Carajás (Nas terras do Bem-Virá) (16:46`)

Trecho do filme Nas terras do Bem-Virá que aborda a questão do Massacre, entrevista com sobreviventes e também com Dom Thomáz Balduíno e ao fim falam do envolvimento da Vale.
https://www.youtube.com/watch?v=PlcVS_UPtdI

Documentário Curva do S: o relato de um massacre (17:10`)
https://www.youtube.com/watch?v=aYLqS05LYFk (parte 1)

https://www.youtube.com/watch?v=gO46PfbiWDg (parte 2)

A farsa da Justiça (42:50`)

Intervenção teatral da Companhia Estudo de Cena, realizada na curva do S.
https://www.youtube.com/watch?v=6mL41DCpPds

A farsa da Justiça (40:13`)

Intervenção teatral da Companhia Estudo de Cena, realizada em 2013 em Belém.
https://www.youtube.com/watch?v=FnNXz-69cFg

Fragmento 1 – A farsa: ensaio sobre a verdade (01:46`) – Companhia Estudo de Cena
Trecho da peça apresentada no acampamento da juventude, na curva do S.
https://www.youtube.com/watch?v=SVfqtAOE8nE

Fragmento 2 – A farsa: ensaio sobre a verdade (04:14`) – Companhia Estudo de Cena
Militante canta no carro de som em marcha (rumo ao cemitério onde as vítimas do massacre estão enterradas) e se emociona.
https://www.youtube.com/watch?v=jfGISfJHNa8&list=PLPnxKcwiv4jz-0X6OY6Osdh0Wui-Kslnr&index=21

Massacre Eldorado dos Carajás (01:20`)
Matéria da TVT de 2013, ato de solidariedade em São Paulo.
https://www.youtube.com/watch?v=fnHUVj9vhuA

Brasil relembra 16 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás
Matéria da Telesur relembrando os 16 anos do massacre, imagens dos atos em solidariedade.
https://www.youtube.com/watch?v=9PY_dBEfJPU

Dor e Revolta (04:07`)
Vídeo-documentário produzido pela TVColetiva sobre o Massacre de Eldorado dos Carajás
https://www.youtube.com/watch?v=PlcVS_UPtdI

Intervenção 17 de abril de 2010 no Rio Grande do Sul (06:53`)
Intervenção do grupo Levanta Favela em memória das vítimas do Massacre de Eldorado de Carajás. Esquina Democrática, Porto Alegre, 17 de abril de 2010.
https://vimeo.com/11238083

Marcha Interrompida (05:21`)
Vídeo de divulgação do livro Marcha Interrompida, romance escrito pelo jornalista Pedro César Batista, com base na história do massacre de Eldorado dos Carajás (PA).
https://www.youtube.com/watch?v=eyt3NOpJFqQ